Ballroom e Youkoso – ep 8 – Realidade e Objetivo
Olá pessoal. É um, é dois, é hora de Ballroom e Youkoso!!!
Antes de mais nada devo dizer que a animação nas danças não teve grandes melhoras, mas o episódio também focou mais em outros aspectos que nas danças em si e, sendo assim, vou dar um desconto e me focar no que o enredo nos apresentou nesse oitavo episódio.
A frustração do Tatara ao ser impedido de fazer uma variação mais elaborada pelo Sengoku foi algo interessante, pois isso colocou o personagem contra a parede e o faz questionar suas próprias limitações. Ele não ter condicionamento físico para uma competição longa por ser novato e nenhum pouco atlético era algo esperado, o problema foi o Sengoku não ter pensado nisso antes, mostrando que como professor ele ainda não consegue ajudar um aprendiz em todos os aspectos. Na verdade, tenho para mim que ele é mais um “guia” que mestre em si.
O garoto lamentar não ter conhecido a dança mais cedo enquanto se desfaz em lágrimas é uma bela cena, mas foi o Kiyoharu ter apontado que a Shizuku é a sua verdadeira rival a parte mais interessante da primeira metade. Como seu senpai aponta, bater o Gaju em seu estado atual seria impossível, e é aí que entra a sacada certa para a situação. Não se trata de um embate entre os dançarinos, mas de um confronto entre o que cada parceira é capaz de oferecer para o Gaju em uma parceria.
Para conseguir “vencer” a Shizuku a Mako precisa se superar e ser mais que uma dançarina pragmática e tediosa como Gaju aponta em um flashback da garota – o que aliás justifica um pouco da sua atitude ríspida quanto ao par deles. Entendendo verdadeiramente a condição imposta pelo Gaju a tomada de decisão certa para a situação é o Tatara trabalhar a dança deles em função da Mako, retomando o que falei anteriormente sobre a parceira não ser só um complemento, mas alguém que é totalmente capaz de “sair debaixo da asa” de seu líder.
O Kiyoharu ter falado que a Shizuku era aquela a ser batida na frente da própria não ajudou em nada a resolver as coisas entre os dois, mas ela querer mostrar para ele do que é capaz como dançarina – querer mostrar a ele que merece dançar ao seu lado – prova que ela ainda acredita nesse par e que quer lutar por ele. Mesmo que indiretamente, resolver as pendências dançando, mostrando o que se sente e o que se quer me parece uma forma mais honesta de reconciliar um par. Isso inclusive também serve para a Mako e o Gaju já que é no salão que eles vão ter que recuperar a paixão por dançar um com o outro que um dia se perdeu.
Novamente o ponto alto do episódio foi as interações fora do salão. O conflito central do arco foi abordado do ponto de vista de diferentes personagens, indicando um caminho para a resolução do problema e definindo o que cada um tem que fazer visando seus próprios interesses. Usar o Kiyoharu para “destravar” a situação enquanto o conectava ao problema foi uma boa sacada da história, pois assim fica mais fácil de definir como esses pares acabarão.
Alguém vai ficar sobrando já que são cinco para dois pares. Será o Tatara que vai ficar sozinho ou será o Hyoudou a “pagar o pato”? Teremos que ver os próximos episódios para descobrir! O importante agora é que as coisas ficaram mais claras para todos e que as danças tendem – espero eu – a ganhar importância e volume nessa reta final. Falta só a parte técnica “segurar o piano”, pois agora é a hora da dança – em um anime de dança – mostrar o seu valor!
A Mako e o seu líder se esforçaram tanto para chamar a atenção dos jurados que conseguiram! Ver isso sendo confirmado pelo anfitrião é bom e já dá uma certa base para que não pareça abrupto ou forçado caso seja algo decisivo para a resolução da situação. Outra coisa interessante foi a Marisa-sensei que pode não ter interferido significativamente na trama central, mas deu um certo ar de novidade e requinte para o episódio. Deposito grandes expectativas nessa personagem – até porque ela parece estar se interessando no “diamante bruto” que é o protagonista.
Por fim, só posso dizer que adorei o título do próximo episódio, “A Flor e a Moldura”, já que o pano de fundo da cena que conclui esse tem a pintura de uma flor bem atrás dos personagens. Acredito que uma mensagem reforçada pelo aspecto visual tende a facilitar a assimilação por parte de quem a vê além de mostrar o cuidado da autora em aliar o conteúdo à forma do que quer expressar. Seguindo o conselho do Kiyoharu e o pedido da Mako para fazê-la florescer, o Tatara tem que se tornar uma moldura para que ela – que seria a flor – desabroche e alcance o seu objetivo. É uma analogia simples, mas que casou bem com o que a situação pedia.
Esse episódio para mim se sobressaiu nos diálogos e no bom desenrolar da trama, tanto que não vi nenhum ponto negativo digno de nota além das já recorrentes danças econômicas. Para o próximo episódio espero mais agitação no salão, quero me sentir impelido a dançar como me senti ao ler o mangá!
Por hoje é só! Valsa, Tango, Foxtrot Lento e Quick-step, aqui vamos nós!