Ore Monogatari – Ep 13 – Uma sucessão de desilusões amorosas
[sc:review nota=4]
Uma das coisas que aprendi depois de acompanhar Bakuman e Gekkan Shoujo é que existem algumas formas padrão de se mexer com as estruturas ou calmaria de uma história. Duas das mais populares são: a adição de um novo personagem, ou o retorno de um antigo. Podem analisar que isso acontece em todas as demografias e gêneros, e quase sempre esse acontecimento marca o início de um novo e interessante conflito. Observado isso, dá pra entender o meu entusiasmo quando Ore Monogatari resolveu fazer as duas coisas ao mesmo tempo, né?
É o aniversário de Suna (e sim, as semanas voam na história), então Takeo e Yamato agem de forma muito mais estranha do que o normal para tentar agradá-lo. Passeios, lanches, tudo por conta do trabalhador nem tão temporário assim Takeo. Pela cara de confusão do loiro não precisava ser um gênio pra sacar que ele havia esquecido do próprio aniversário – simplesmente um cabeça de vento ou um cara que não se importa com isso? Eu votaria no segundo caso. Anyway, eles comemoram e riem como o trio de bobos alegres que são, o Suna fica todo emocionado com o presente do Takeo, e depois (ou seria em outro dia) Yamato e Suan finalmente vão visitar o trabalho dele. Claro que nossa fofíssimo pequena tarada fica toda quente ao vê-lo trabalhando sério, pena ela não ter falado nada sobre o uniforme dele, hehe. O clima ameno é interrompido quando um cara desconhecido se senta à mesa deles e encara Suna, assim, sem nenhuma explicação. Tudo fica daora quando Takeo vêm em seu socorro como um mastim fiel, e ainda mais daora quando Ai irrompe porta adentro e sequestra o garoto pra fora dali. Tá confuso? Vamos por partes: o garoto se chama Hayato, estuda com Ai e está apaixonado por ela. Quando soube que ela já gostava de alguém, aproveita que ela veio ver o irmão e a segue pra conhecer o tal fulano, mas o confunde com Suna por alguns segundos, sem querer acreditar que a paixão de sua garota é, digamos… O Takeo. Ofensivo, mas compreensível, sejamos honestos. Ah, Suna havia esquecido de que sua irmã viria visitá-lo, mas vindo de alguém que nem notou que estava ficando mais velho, isso é o de menos.
Agora, na real, qual seria a necessidade da presença do Hayato na história? Para os personagens, nenhuma, visto que apenas o Suna sabe que a Ai é apaixonada por Takeo ao mesmo tempo em que ela não pretende contar pra ele. E, como ela já dispensou seu pretendente, o fato de ele continuar perseguindo-na só faria com que ela gostasse cada vez menos dele, né? Sim. Mas não é só isso. Hayato e Ai são opostos em muitos aspectos, mas o mais marcante é que, enquanto ela cora à qualquer menção de Takeo, ele não tem pudores em revelar que gosta dela e foi dispensado. Aliás, é essa cara de pau que deixa o personagem divertido e causa tanto conflito entre os dois. Ele é o tipo de cara paciente que espera uma oportunidade perfeita para investir em seu alvo – e, se a oportunidade não aparecer, ele a criará. Acompanhemos a evolução.
Takeo recebeu seu salário e quer gastá-lo com a namorada em um parque de diversões, mas Yamato recusa o convite. Acuado, ele vai pedir socorro (como sempre) ao amigo e acaba recebendo uma mão amiga de Ai… De novo. Esses Sunakawas que não resistem ao desespero do Takeo-kun, rsrs. Como da última vez, era um problema simples que eles poderiam ter resolvido entre si se não fossem tão bobos: há um boato de que os casais que vão ao tal parque juntos acabam se separando. Como proceder? Vai todo mundo junto, ué. A ideia vem do mui solícito Hayato, que tá mais do que cheio de terceiras intenções mas olha só, o garoto é muito mais esperto do que eu esperava. Após analisar a situação, os integrantes, o casal de namorados e o coração de sua pretendida, ele toma uma decisão inteligente: diz a Ai que, no passeio, separará Yamato e Takeo. Mas não definitivamente, apenas por um tempo, para que ela tenha a oportunidade de se confessar pra ele, ser rejeitada e finalmente seguir em frente. Ó, eu não disse que ela ainda gostava dele? Se não houver uma rejeição clara, mesmo que a outra pessoa esteja namorando, fica muito mais difícil e demorado, e ele, mesmo tendo acabado de entrar na história, foi o único que percebeu isso. Claro, há o lado negativo da história, de que a confissão pode afetar o relacionamento dos dois e blaá blaá blá… Mas Ai está sofrendo. E, para uma pessoa apaixonada, ver o sofrimento de quem se ama é a pior coisa. Ainda pior do que ser rejeitado por ela. Se a Ai dará uma chance ao Hayato depois disso é uma incógnita, e meio improvável até, mas ele continuará ali, ao lado dela. Pelo tempo que precisar.