Ficamos duas semanas longe de Irozuku e parece que as coisas avançaram bastante em relação aos problemas. Provavelmente as coisas tiveram uma mudança bem grande no sexto episódio, porém não sabemos ainda o que pensar disso, já que acreditávamos que a Hitomi enfrentaria um obstáculo maior para chegar onde chegou nesse último episódio.

O quinto episódio foi um pouco diferente, já que parece que o foco da história mudou para os personagens mais secundários, no caso o Show e a Asagi. É claro para qualquer um que a Asagi gosta do Shou e que, provavelmente ele também gosta dela – basta apenas perceber como ele simplesmente deixou a Hitomi para trás e seguiu a Asagi, sem nem mesmo se despedir corretamente dela -, mas depois da suposta visão da Kohaku ela pareceu ficar bem abalada com o que seu futuro poderia apresentar. 

É engraçado pensar que, provavelmente, a Asagi se sentiu um pouco ameaçada pela Hitomi, quando no final das contas a maioria das pessoas estão torcendo para que a personagem principal fique com o Yuito – vulgo salvador das cores -. Não sabemos muito bem se a história irá desenvolver um pouco mais essa parte, ou se foi apenas para dar um pouco mais de vida e contexto para esses dois, porém eles formam um belo casal.

Ver a Hitomi trabalhar em uma loja onde as cores são algo praticamente essencial é algo engraçado e ao mesmo tempo um pouco angustiante já que a grande característica da magia que é vendida naquele lugar é justamente ter vários elementos de diferentes cores. Parece certo que muitas pessoas se sentiram meio mal por ela ter que se virar naquele momento, mas sua inteligência não nos decepcionou. Ainda bem que existe um manual com a numeração para cada tipo de pó, mas ainda assim deve ser bem frustrante não poder enxergar todas aquelas diferentes cores e ver como a loja é algo tão bonita com aqueles diferentes frascos brilhando.

Apesar do quinto episódio ter tido um grande foco nos personagens secundários, ainda tivemos algumas cenas do nosso casal principal. A Hitomi está evoluindo aos poucos a sua magia e provavelmente isso tem alguma relação com o final do episódio seguinte. Talvez ela esteja amadurecendo de alguma forma e deixando de ser uma pessoa tão solitária e apática.

Foi engraçado assistir a cena dela tentando repetidas vezes fazer o pó mágico e falhando, mas claro que no final as coisas tinham que dar certo – apesar de que em um certo momento, quando o Yuito usou o seu presente, que pareceu que tudo iria dar errado -. Uma questão que surgiu foi se o fato dela provavelmente ser muito boa na magia influenciou no peixe que apareceu para o Yuito, ou se isso foi apenas o destino, já que o peixe foi justamente ele quem desenhou. No final a parte mais engraçada disso tudo foi ver a enorme quantidade de material jogada no lixo com as várias tentativas falhas da Hitomi. Provavelmente as duas tiveram bastante trabalho para arrumar aquilo tudo. Ela precisa treinar muito para se tornar uma boa cozinheira.

No sexto episódio foi possível ter uma idéia do que as cores podem representar. Conforme a Hiromi vai se entrosando com o Yuito, mais informação conseguimos e uma delas é que a cena colorida que a Hiromi vê é sempre a mesma. Desde o primeiro episódio ela vê o mesmo peixe e, aparentemente, no mesmo cenário. O cenário pintado é aquele do primeiro episódio onde ela introduz a deficiência dela de ver cores e os fogos de artifício.

É engraçado que aprendemos que ambos o peixe e o cenário tem um peso bem significante no passado dos dois e que esses personagens possuem boas lembranças do passado. Em termos de felicidade, o passado tem um certo peso em ambos. Para Hitomi significa o fato dela poder enxergar as cores e se sentir normal, enquanto para o Yuito a não sabemos ainda, mas tem algo com uma grande importância e que ainda não foi revelado. Essa afirmação é justificada quando ele meio que fica bravo – algo bem estranho considerando que ele é bem calmo -, quando a Hitomi tenta perguntar mais do passado dele.

Até agora foi interessante ver que talvez a avó mandou a Hitomi para o passado não só para resolver o problema dela. Digo, com todas essas pistas é possível que talvez não é só a Hitomi que tem problemas a serem resolvidos e que, de alguma forma, a avó acha que tanto o problema do Yuito e da Hitomi podem ser parecidos e resolvidos juntos.

Em termos de simbolismo, algo que mencionamos nos artigos anteriores, esse episódio deu algumas pistas e deixou mais claro o que o anime quer passar usando as cores. Infelizmente ainda é cedo pra dizer o que elas significam, e a esse ponto do anime, não temos certeza se as cores realmente simbolizam algo. Talvez as cores estejam sendo usadas para resolver os problemas e não para definir alguma mensagem, porém o que deu a entender é que o que pesa mais no anime é o passado dos dois do que as cores em si.

Outro ponto que dá a impressão que as cores talvez não sejam tão importante assim é o fato da Hitomi já ter “resolvido” a deficiência dela. Não é certeza que ela consegue ver cores, mas pela cara dela aparentemente isso é verdade. Por causa disso, parece que o fato dela não poder ver cores é mais por alguma coisa que aconteceu com ela, quando ela era pequena, do que um problema genético ou mágico. Também tem todo o drama dele falando com a mulher lá da exibição. O que dá a entender que algum ponto da vida dele a vontade de pintar dele acabou diminuindo ou morrendo, mas é cedo demais para concluir algo do Yuito, já que nesse episódio é onde a gente realmente aprende algo dele.

Por fim, decidimos que o fato da Hitomi voltar a enxergar cores foi meio repentino demais pra ser convincente. O ritmo do anime dava a impressão que estávamos indo em direção da solução da Hitomi, porém ir tão rápido assim foi algo inesperado. É engraçado que até a avó dela ficou surpresa. O último episódio foi focado principalmente na relação da Hitomi com o Yuito e acabou resolvendo provavelmente o maior problema que o anime tinha para oferecer. No geral, isso é algo bom, mas é meio preocupante porque o anime está na metade ou perto da metade e isso nos deixa questionando o que vai acontecer de agora em diante.