Mais um episódio onde nada acontece, mas onde a vida escolar sem nexo e a falta de ocupação dos samurais ainda nos permite tirar um bom passatempo. Para os saudosistas de plantão ainda teve um brinde, com direito a retorno no mundo original da era Sengoku e boas cenas de ação pra quem queria matar a vontade.

A primeira esquete é bem bobinha e não explora nenhum acontecimento relevante por mais maluco que fosse, na verdade fiquei com a sensação de que tinha tão pouca coisa acontecendo que passou até rápido. Tokugawa teve a brilhante ideia de fazer um concurso de coral pra renovar o espírito da escola Basara, aí vem aquela velha e batida premissa de cada um querer pôr o que lhe convém e gerar aquela guerrinha básica.

Diferente do que normalmente acontece, aqui senti que esse clichê da história não funcionou tão bem quanto em algumas outras oportunidades, talvez porque o cenário de encaixe não tenha feito tanto sentido.

Dada a largada pra competição de melhor hino pra o coral, cada um apela pra estilos musicais diferentes nível extremo e letras mais absurdas ainda. Imaginem que eles saíram do rap do decapitem o Ieyasu, ao pop com o grupo B de idols da escola – porque todo mundo precisa de um plano B né -.

Apesar do movimento que se tenta criar, essa primeira parte não impressiona e nem chega a lugar nenhum. A única coisa que ganhou minha atenção foi a boa performance de Motochika, que fora o autocentrismo da letra, foi de longe o melhor cantor do dia com os seus cachorros – não dava pra esperar menos do rival de Mori, os do contra são recalque puro -.

E o Emmy do Gakuen Basara vai pra ele!

A segunda esquete é onde mora a saudade, aqui todos tiveram oportunidade de se deleitar por 11 minutos e esses definitivamente valeram a pena porque elevaram o nível do conjunto.

Akechi em mais uma participação ativa na série (pelo menos entre os professores), cria alguma coisa no laboratório maluco dele que resulta num líquido, e ele põe o mesmo na bebida de Yukimura e Masamune.

Passado esse evento, nossa dupla de dois é “levada” ao mundo original deles e foi aqui onde conseguiram trazer a série um brilho nostálgico. Como o universo da escola é de fato um mundo paralelo ao que todos conhecem, então presume-se que independente de serem as mesmas personagens, possuírem as mesmas características e pano de fundo, eles não vão sacar o que ocorre na sua outra linha temporal.

Quem vê pensa que ele tá tentando abrir um portal do tempo

Seguindo a noção normal de isekai, os samurais então são lançados lá e tem que se adaptar a realidade do momento. Já que tempo não é um privilégio do mundo dos animes, Masamune e Yukimura depois do susto inicial, absorvem rápido os acontecimentos daquela época e já partem pra porradaria gratuita contra Oda.

Teve pontos que foram expostos nessa segunda metade com a presença de Akechi, Oda e Itsuki. Após ter encarado seus alunos, o professor mostrou que tinha memórias de seu feito e inclusive afirma que tinha o objetivo de divertir a três pessoas – além dele mesmo, claro -. A julgar pelos ocorridos, fica explícito que além de ter tomado sua experiência pra se divertir, ele deu a Oda um golinho também, sendo esse o terceiro elemento consciente no outro mundo.

Itsuki por sua vez assume um papel de confirmação, nos fazendo pensar que a aventura deles não foi necessariamente um sonho como ficou parecendo, mas realmente uma experiência isekai quando eles acordam na sala de aula com uma lembrancinha dela do outro período.

Na batalha “final” as cenas de ação ficaram bem legais, faltou um pouquinho de riqueza nos detalhes em uns pedacinhos da animação, mas de modo geral ficou tudo bem executado, somado as insanidades engraçadas pelo meio – tipo os cavalos que sobem muros e o palácio de Oda repaginado com pouca verba-.

Se dependesse só da primeira parte eu ficaria com um saldo negativo e me preocuparia com o rumo restante da história, mas a segunda veio pra fechar bem e salvar o público amém Senhor. Nos vemos na próxima loucura samurai!

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