Gakuen Basara – ep 11 – As eleições pegam fogo, “vote no Johnson”!
E cá estamos nós no penúltimo episódio dessa série doida que finalmente voltou ao seu eixo inicial. Em um episódio bem intenso, os samurais encaminham suas bocas de urna e propagandas eleitorais de uma forma inusitada, cômica e até meio arriscada.
Deixo claro que apesar de saber que Oda era perigoso, confesso que não esperava que ele tentasse matar os alunos tão descaradamente e contando com o apoio dos outros. Não sei se o pior é ele se considerar um bom diretor se guiando desse modo, ou se são os outros professores concordando e assistindo a toda essa sandice de perto e plenos.
Exercícios de treinamento para emergências em escolas, tendem sempre a colocar pequenas situações que simulam possibilidades futuras, usando os meios necessários para transmitir a realidade, mas sem comprometer a integridade de seus estudantes e funcionários no processo.
Oda parece desconhecer esse conceito e mais uma vez, ameaçou a academia inteira com seu desejo de tirá-los de sua comodidade e felicidade cotidiana.
Apelando para as coisas mais loucas e assassinas, ele testa os limites de todos e devo dizer que se não fosse a mãozinha de Hideyoshi lá nos 45 do segundo tempo, eles com toda certeza não teriam ido muito longe – ponto para o gorilão, que até então não tinha uma boa fama -.
O que ficou bem marcado nessa primeira esquete foi o poder de ação dos que concorrem a eleição: Mitsunari e Tokugawa. Como bons futuros líderes, eles agem rápido e em prol dos alunos que estão desorientados, evidenciando suas boas qualidades a todos e movendo aqueles que ainda não sabiam a quem apoiar.
Normalmente eu diria que teve um “merchan” básico no que aconteceu, mas dava pra notar que tinha uma preocupação real da parte deles em fazer com que todos saíssem sãos e salvos do jeito que fosse possível.
Essa preocupação fez com que Yukimura e Masamune percebessem o ideal que estava por trás de cada um, e assim fizessem suas escolhas decidindo por Mitsunari e Tokugawa, respectivamente.
Mantendo o foco e amarrando os acontecimentos anteriores, a segunda metade do episódio já trabalha em cima das propagandas de horário eleitoral dos candidatos e seus aliados. Cada um optou por uma aproximação que casasse com sua personalidade e ideias e acho que foi isso que deu o “tchan” do episódio.
Me chamou a atenção a personalidade mais condescendente de Tokugawa, pois pra alguém que almeja o posto de líder ele deveria ser um pouco mais firme e incisivo, agindo contrariamente a isso. Masamune simplesmente domina a cena e coordena tudo o que será feito ignorando seu apoiado, o que definitivamente não foi ruim, visto a receptividade que alcançaram com as maluquices dele.
Em oposição ao colega, Mitsunari não parece saber bem o que faz e seu jeito tosco também não ajuda muito, cabendo aos demais fazer alguma coisa. E no lado B dessa eleição, Sakon e Otani se mostram uma combinação venenosa, os dois são nitroglicerina pura, aliando uma mente traiçoeira e sem restrições, com outro que tem a capacidade pra executar os planos sem pensar muito.
Apesar de estarem concorrendo e tendo que expor propostas de governo, criando aquela coisa mais monótona e séria como manda o figurino, eles trabalham apenas na atração de eleitores pela macacagem, como alguns aqui no mundo real também fazem.
Assim como as pessoas fazem no Youtube, postando memes, videos de gente fazendo alguma palhaçada e afins, é interessante que eles realmente sacam o que o “povo” quer ver, não se limitam e jogam com artilharia pesada pra conseguir seguidores.
O episódio também joga com algo bem comum em eleições, que é aquela regrinha que quase todo político cumpre: “se quer melhorar sua imagem, suje seu seu inimigo”. O sucesso crescente de Tokugawa e o empenho de Otani em destruí-lo negativando a imagem de seu porta voz Masamune – apelando até pra o “crossdressing” -, mostram isso.
Se dependesse de mim, eu votaria em Tokugawa por causa do desafio “Yes, we can!”, que apesar de não dizer nada concreto foi uma ideia ótima pra reforçar a campanha do “tudo é possível” e a cada vídeo eles conseguiam elevar o nível de diversão – não a toa ele sempre ficava a frente de Mitsunari nas pesquisas de visualização -.
No próximo capítulo dessa competição chegaremos ao clímax e ponto final, será que alguém vai levar mesmo essa eleição? Laços ou poder individual?
Eu acho que vai continuar tudo no 0 x 0 pros samurais e quem vai ganhar mesmo é o Johnson – sei que a série é outra, mas a piada foi propícia e eu tô com a Rochelle -.
Até a próxima loucura samurai e VOTEM NO JOHNSON!