Já se perguntou o que acontece após os créditos finais de uma história? Os mocinhos vencem, o vilão é derrotado e todos vivem felizes para sempre? Esta é a premissa de Endro~!, mostrar para nós os eventos que sucedem ao End Roll – daí o título do anime. Porém, infelizmente os 12 episódios de 24 minutos fazem com que a animação fique inflada e perca seu foco, resultando em episódios inúteis em meio a uma ideia muito boa.

Endro~! começa exatamente na batalha final entre um grupo de aventureiras e um Lorde Demônio, mas o final do combate termina de maneira peculiar, onde a falha de um feitiço faz com que todos voltem para o início sem suas memórias. A partir disso, as aventureiras precisam voltar para a escola e o Lorde Demônio se transforma em uma professora fofa. É aqui que a história de verdade começa.

Desde o começo é possível notar que o anime conta com diversas referências a jogos de RPG. As protagonistas interagem com NPCs, lutam com inimigos que ficam mais fortes quando mudam de cor e precisam explorar masmorras para conseguir baús. Além disso, existe a clássica rixa entre Herói e Lorde Demônio que é vista em muitos animes. O mais legal de tudo é que esses elementos são tratados como paródia, são feitas piadas de como seria estranho todas essas coisas fora de um jogo. Um dos exemplos mais divertidos é quando elas encontram um NPC parado em frente a uma torre fazendo nada o dia inteiro.

Como eu vejo

Outro ponto interessante do anime é que ele foge um pouco do clichê dos animes “garotas fofas fazendo coisas fofas”. Enquanto a maioria se passa nos dias atuais e acompanha um grupo se divertindo no colégio, aqui temos quatro aventureiras lutando contra monstros. As cenas de ação não chegam perto de outros animes do gênero, mas ainda é divertido ver a tentativa de criar algo novo.

A protagonista de Endro~! é Yulia, uma heroína que quer derrotar o Lorde Demônio a todo custo. Porém, ela não tem atitudes muito heroicas, contando com uma personalidade distraída e tendo a sorte ao seu favor na maioria das vezes. O que ela não sabe é que o tal Lorde Demônio voltou como uma loli fofa chamada Mao-sensei. Isso mesmo, ela é professora da nossa protagonista. Sem dar muitos spoilers, essa relação de aprendiz e mestre é muito interessante de ser acompanhada, pois são duas inimigas mortais que precisam seguir seus destinos, mas estão se dando bem. O detalhe é que Yulia não sabe que Mao é o Lorde Demônio, mas Mao sabe sobre Yulia é a Heroína, resultando em diversas tentativas da professora atrapalhar a protagonista e impedi-la de derrotá-la de novo.

Obs: a Mao-sensei fica muito fofa com essa roupa de Lorde Demônio

Quem completa o quarteto da heroína são suas três melhores amigas. Fai é uma guerreira comilona e boa com os punhos. A elfa Seira é o cérebro do grupo e usa um machado como arma principal, pois não enxerga bem o suficiente para atirar com arcos. Já Mei é fascinada por Cartadas, cartas mágicas que possuem raridades e habilidades diferentes. Infelizmente, as três ganham bem menos destaque que a protagonista, se destacando apenas em seus episódios individuais, que não acrescentam nada à trama principal. Para completar, ainda temos a princesa Rona, uma fã da Heroína que passa a acompanhar o grupo.

Um dos principais problemas de Endro~! é sua falta de foco. O anime conta com uma ótima ideia, mas conta com episódios demais, o que acaba não sustentando o plot. Com isso, temos episódios muito legais, mas, em meio a eles, aventuras inúteis e desinteressantes. No fim, o saldo ainda é positivo, mas que poderia ser resumido em um longa, por exemplo. Portanto, vou indicar abaixo os episódios que realmente importam:

  • Episódio 1 – Ainda é cedo para os créditos finais~!
  • Episódio 5 – Minha heroína~!
  • Episódio 6 – Um quarto de seis tatames, Lorde Demônio incluso~!
  • Episódio 8 – É minha Heroína~!
  • Episódio 11 – Final Dead End
  • Episódio 12 – O que vem após os créditos finais…

Endro~! passa por altos e baixos durante sua temporada, mas ainda vale a pena conferir o anime. Sempre é ótimo acompanhar histórias que tentam fazer algo diferente e, mesmo que não tenha dado 100% certo, fica como aprendizado para outras animações no futuro.

  1. Olha, acho que você interpretou mal, o anime nunca teve nenhuma pretensão ou ambição desde o início. Ele AINDA É no fim das contas, um CGDCT, e não tenta disfarçar isso em nenhum momento, por isso a “falta” de foco. Quanto ao Chibi, o anime deu 2 pistas da sua verdadeira identidade, então não foi bem um Deus ex Machina.

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