Kanata no Astra – O espaço é encantador e traiçoeiro – Primeiras impressões
Um anime que trabalha com viagens espaciais! É um tema que eu acho muito interessante, foi daí que criei motivações para resenhar os episódios deste anime, e espero ter a chance de cobrir os próximos episódios. Esta escolha não é somente baseada na questão das viagens espaciais. Quanto mais eu descubro coisas sobre o universo, mais dúvidas e fascínio eu crio, e aqui tenho a oportunidade de ver uma ficção com diversificados mundos, o que me enche de emoção.
Em Kanata no Astra (ou Astra Lost in Space) nós temos uma perspectiva do que pode ser o futuro. A nave utilizada para chegar ao planeta McPa demorou aproximadamente 4 horas, sendo que este corpo celeste está a uma distância de 9 anos-luz.
Ano-luz é uma unidade de medida que equivale à distância que a luz percorre no vácuo em um ano. Bom, se a luz percorre aproximadamente 300.000 quilômetros em um segundo, então em 1 ano a distância será de quase 10 trilhões de quilômetros. Enfim, demoraria 9 anos, na velocidade da luz, para chegar no tal planeta.
Lá, uma esfera desconhecida precisou de apenas um instante para os lançar muito mais longe: 5 mil anos-luz, na órbita de um planeta gelado!
Bom, chega de física.
O enredo de Astra é centrado nos 9 jovens que partiram até McPa e passariam seus 5 dias lá numa espécie de “acampamento”, organizado pelo colégio Caird. O primeiro encontro dos personagens foi no aeroporto, e nesta parte nós percebemos um pouco da personalidade de cada um deles. A primeira personagem apresentada é Aries, o que lembra um pouco um dos signos do zodíaco – astrologia e astronomia sempre andando juntas –, ela é uma pessoa meiga e bem humorada, é notória a facilidade que ela tem para criar uma amizade.
É uma personagem que lembra muito os amigos que temos que são bem motivadores e simpáticos, e o engraçado é que sempre nós queremos ficar perto deles, pois conseguimos facilmente nos sentir bem com sua presença. O primeiro personagem que ela encontra é o Kanata, que também se mostra um pouco parecido com Aries. A moça que se mostra simpática e o rapaz que gera grande motivação. É como um Fairy Tail com naves espaciais.
Continuando, temos as irmãs Quitterie e Funicia. A primeira tem uma personalidade forte, sempre brava com tudo e com todos, mas achei interessante a sua mudança de postura após o fenômeno que os lançou na vastidão do espaço: ela deixa de lado essa essência, além de se dispor a trabalhar em equipe. Já podemos notar que ao longo do tempo ela pode mudar um pouco esse lado, principalmente ao estabelecer relação próxima com Aries.
Funicia é uma pessoa mais doce e empática. Eu gostei da ideia do fantoche, mostrando um lado mais realista dela. Será um personagem bastante interessante se trabalhar com essas características. Luca também é mais um que se mostra mais aberto aos outros, não entendi muito bem sobre ele, mas tenho a impressão de ser alguém um pouco desastrado, mesmo sendo bom em construir coisas, como o próprio disse. Claro, isso é uma teoria minha.
Lacroix é o “bonitão”, literalmente. Também foi apresentado da mesma forma que o Luca, digamos assim, ele parece se preocupar com a sua beleza e higiene. Os outros personagens são mais introspectivos. Nós temos o Zack, que é bem intelectual, sendo mais um personagem dos animes que mostra ter bastante conhecimento, mas que não é muito preocupado com o social, não que ele tenha problema com isso.
Quem parece ter esse problema são os outros dois, o Ulgar, sendo o emo da turma – esse nem precisa explicar –, e a Yun-Hua Lu, que parece não ter muita confiança em si própria, ou talvez seja algo relacionado com fobia social, ou bem, pode ser os dois também. A viagem a McPa acaba dando certo, o problema é o orbe encontrado pelos personagens, algo que também me interessei, pois lembra muito um buraco negro, já que ao serem engolidos pela coisa estranha, eles sofrem um processo de espaguetificação.
Agora cabe aos personagens o trabalho em grupo para sair dessa. A orbe os levou para um local a 5012 anos-luz do planeta natal, ou seja, a situação é crítica. Por sorte – ou não –, eles acabam achando uma nave espacial, e espero saber de onde veio aquela nave. Agora só resta vagar de planeta em planeta para conseguir suprimentos, até voltar pra casa.
Nesse processo o Kanata se torna o líder, o que já foi muito bem apresentado, mostrando seu desejo de trabalhar com naves espaciais. Seu ex-professor é a grande motivação para isso, por causa dele que o personagem se encontra aqui, pois como o próprio disse, os sonhos do seu mentor passaram para ele após sua morte.