Lendo One Piece (Mangá) – Parte 5: East Blue, Arlong Park – Piratas também podem salvar vidas
One Piece sempre vai e volta naquele conflito básico: “quem é bonzinho e quem é mauzinho: os piratas ou a Marinha?”. Em se considerando que grande parte dos piratas existem para fazer maldades para conseguir riquezas e manter o seu orgulho, que é o caso do Buggy, Don Krieg e mais uma boa quantidade de gente má por aí, também tem uma parte do povo da Marinha que gosta de confiscar dinheiro para proveito próprio.
Não é à toa que Nezumi, que faz parte de Marinha, fez uma espécie de acordo com Arlong, que quer construir um império só dele. Em se tratando de alguém forte, o pirata tubarão carrega essa característica com orgulho. Além de poder ameaçar quem quiser, também pode fazer com que pessoas trabalhem para ele feito escravas, como foi o caso da Nami por muitos anos.
Nami, na verdade, sempre pensou muito em sua família. Quem a criou foi Bellemere (ou Bell-mère), que inclusive era da Marinha. A situação foi muito difícil, já que Nojiko, a irmã adotiva de Nami, a estava segurando em meio a uma tempestade. Ninguém sabia o que fazer com as crianças, então Bellemere as tratou como filhas durante dez anos.
Em One Piece, nenhuma vila pacata fica ilesa. Assim como onde Usopp morava, que era super calmo e, na opinião dele, chato demais, a Vila Cocoyashi também sofreu ataques de piratas, e ficou sob controle deles por 10 anos. Arlong, o capitão, decidiu fazer com que todos pagassem uma taxa super cara todo mês: 100.000 berries para adultos e 50.000 para crianças.
Para defender Nami e Nojiko, Bellemere resolveu pagar a quantia das duas e sacrificou a sua vida. Depois disso, Arlong resolveu usar os serviços de Nami cartógrafa, já que é, desde nova, especialista nisso e, em troca de dinheiro, ela continuou trabalhando para ele.
Nami não fez por mal, até porque queria salvar todos da vila e, fazendo um acordo com Arlong, seria mais fácil, na opinião dela, de comprar aquele local. Infelizmente, tudo isso se estendeu por 8 anos e ela não sabia como lidar com a situação, a não ser se tornando uma ladra de piratas. No entanto, Nami não contava encontrar com Luffy, e muito menos esperava ser chamada de amiga por alguém.
Conseguir a Nami de volta não foi nada fácil, já que ela estava sob a observação de Arlong, e teve que fingir fazer algumas maldades para que ele não suspeitasse de nada que estava armando, inclusive teve que forjar a morte de Usopp para que continuasse com o seu plano.
Como ninguém conseguia se opor a Arlong por não ter força o suficiente, tanto na base da conversa, quanto nos socos e chutes, apenas o bando de Luffy podia fazer algo contra ele. Não é fácil passar 8 anos com medo de alguém que conseguia fazer qualquer coisa, inclusive virar uma vila toda de cabeça para baixo. Viver na base do medo não faz um lugar melhor, e Arlong só estava pensando nele mesmo quando quis tomar tudo.
Como Nami estava quase conseguindo o dinheiro necessário para comprar a Vila Cocoyashi e salvar todos os seus habitantes, e a Marinha estava sabendo disso por causa do acordo que tinha com Arlong, Nezumi resolveu confiscar todo o dinheiro e tentar fazer com que tudo fosse em vão. Obviamente não conseguiu, pois Luffy, após diversas tentativas, fez com que Arlong sucumbisse.
Por causa disso, Nezumi fez com que a cabeça de Luffy fosse colocada a prêmio por um valor altíssimo. Assim que a saga termina, vem de novo o questionamento: “Quem pode ser pior: os piratas ou a Marinha?”. Com o passar do tempo que leio, mais vejo que a Marinha também tem uma corja bem suja em seu meio. Utilizam do seu poder legal como defensora da paz para fazer algumas coisas em prol do conforto.
Ao ler esta saga, também descobre-se que tem piratas que agem legalmente na Grand Line, e aí essa questão vem à tona outra vez. Quem está mais certa nisso tudo: Os piratas ou a Marinha? Esta obra mostra todo tipo de pirata: os de mentira, os de verdade que fazem maldade e os de verdade que ajudam. Infelizmente, os que atrapalham têm sua maioria.
Muito obrigada por ler este artigo até o final, e nos vemos no próximo! o/