E foi esse episódio. Desculpe se te decepcionei, mas esse episódio me decepcionou e fiquei com vontade de dividir meus sentimentos. É o que eu faço nesses artigos afinal de contas, não é? Mas é interessante como decepção é algo relativo. Esse episódio foi bom, eu gostei do que vi ali. Só não gostei tanto assim, só não era o que eu esperava dados os episódios anteriores. Eu sabia que voltaria para o presente, isso é certo, mas não esperava que fosse de forma tão brusca.

Bom, não importa. Com ou sem esse episódio Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu é o melhor anime da temporada de janeiro de 2016 na minha opinião.

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Começo o artigo sobre esse episódio difícil com uma amenidade e um mea-culpa: ontem, dia 30 de março, foi aniversário de Megumi Hayashibara, a veterana dubladora que está fazendo um excelente trabalho como Miyokichi em Rakugo Shinjuu. E eu só descobri isso já durante a madrugada. Tivesse sabido de antemão teria me esforçado mais para que esse artigo tivesse ido ao ar ontem, que é quando ele deveria ter sido publicado de todo modo. Seria uma boa forma de dizer “feliz aniversário”, não seria?

Na correria e no consequente cansaço para escrever o Guia da Temporada de Abril (já leu?) e para assistir Batman vs Superman (tinham mesmo que lançar o filme em uma virada de temporada de animes?), acabei atrasando esse artigo. Desculpe. Outra consequência de eu ter assistido o filme dos heróis da DC foi ter me lembrado de muita coisa daquela editora, incluindo o juramento de um dos meus personagens favoritos, o Lanterna Verde (sou velho e meu preferido é o Hal Jordan) e que quase se encaixa nesse episódio:

“No dia mais claro, na noite mais densa” é seu primeiro verso. E não dá para dizer que esse episódio foi literalmente de seu “dia mais claro” (o Sukeroku voltar ao rakugo) à sua “noite mais densa” (a morte dele e da Miyokichi)? Se o juramento parasse por aí estaria perfeito. Mas lógico que ele não termina assim, ele é um voto heroico de combate incessante ao mal. A própria mensagem positiva já o torna incompatível com o episódio, mas mais do que isso, a dicotomia bem versus mal que é comum em histórias de heróis não faz o menor sentido em uma história tremendamente humana como Rakugo Shinjuu. Não há vilões a quem culpar, nem heróis para nos salvar.

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Escrevo esse artigo morrendo de dor nas costas, e seria bom se fosse dor de felicidade, mas é só dor de idade mesmo (e de ficar o dia inteiro ao PC em móveis inadequados e com má postura). Como hoje já saíram outros dois artigos (Myriad Colors episódio 11 pela Josiane, e minha coluna Meu Anime no OtakuPT) eu quase me esqueci de escrever Rakugo Shinjuu enquanto tentava me esquecer da dor nas costas. Me desculpe pelo atraso.

Mas senti outro tipo de dor enquanto assistia esse episódio de Rakugo Shinjuu. Uma dor no peito (e não era ataque cardíaco, não sou tão velho – se bem que …). Por tão pouco eles estão todos tão felizes, a Konatsu é uma menina tão fofa e alegre, Yakumo recuperou a esperança e Sukeroku parece ter recuperado a razão para viver. Mas eu já sei como tudo isso vai acabar. Não precisava nem ter assistido a prévia para saber, porque desde o primeiro episódio esse desfecho é um dado. Aqui é Rakugo Shinjuu, não é BokuMachi, não dá para mudar o passado. Ai que dor…

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Eu não gosto de dar spoilers logo nesses parágrafos introdutórios, mas por mais spoiler que seja era algo que todo mundo já sabia que aconteceria cedo ou tarde, sendo as circunstâncias muito mais importantes do que o fato em si. Então, lá vai: o mestre Yakumo morreu. O Novo Yakumo ainda não quer aceitar o título de Yakumo, porém, e agora está finalmente sozinho.

Sem seu mestre, sem o Sukeroku que ele já havia expulsado de casa e fugiu para o interior com Miyokichi, sua ex-namorada que ele abandonou, e até mesmo sem o secretário de sempre de seu mestre que está longe porque está acompanhando sua esposa conforme ela tem seus últimos suspiros de vida em seu leito de morte. Yakumo (que ainda não é Yakumo) está completamente sozinho. Mas além do próprio Yakumo proferir isso mentalmente o tema não chega a ser desenvolvido, ficando aberto à interpretação.

Sua apresentação nesse episódio foi a melhor que eu já assisti, e não foi nem comédia nem erótica: foi horror. Não foi aquele meio-horror meio-comédia da peça que empresta seu título ao anime (a Rakugo Shinjuu pode ser descrita assim, Chell? acho que depende bastante do enfoque que o contador de histórias quiser dar…), é totalmente horror mesmo, e dá para ver isso no rosto do público. Um trecho da peça já havia aparecido em outro episódio mas tinha parecido comédia. Que diferença. As coisas começaram a mudar rápido nesse anime!

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Eu sou um cara velho. Tá, não tão velho, apenas velho o suficiente para ter tido minhas primeiras experiências com anime no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Conhece dubladores? Tem gente que conhece vários, é até fã de um ou outro (ou vários), tem quem reconheça vozes, ou acompanhe o trabalho dos dubladores.

Eu não conhecia muito disso não. Só tinha uma dubladora que estava em quase todos os animes que eu gostava na época: a Megumi Hayashibara. Ela era a grande dubladora naqueles tempos. É dela a voz da Lina Inverse (Slayers), da Lime (Saber Marionette), Rei Ayanami (Evangelion), Faye Valentine (Cowboy Bebop), e várias outras. Mas estou falando de algo entre 15 e 20 anos atrás (entende porque digo que sou velho?), repare que a maioria dos papeis que citei eram adolescentes. Eu envelheci e ela envelheceu também.

E como ela envelheceu bem. Ficou algum tempo fora do mercado por motivos pessoais, mas voltou ainda melhor do que antes. Queria eu ter envelhecido bem como ela, hehe. Rakugo Shinjuu não seria o mesmo sem ela no papel da Miyokichi. Seria muito bom sim! Esse episódio foi muito bom! Mas com ela tudo fica muito melhor.

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Nesse episódio descobri as circunstâncias exatas da promessa entre Yakumo e Sukeroku, bem como detalhes mais específicos sobre os relacionamentos, separações e aproximações entre os dois e Miyokichi. Sabe, assistindo esse episódio eu quase me esqueci que em vários dos episódios anteriores discuti sobre a sexualidade do Yakumo (e até do Sukeroku).

O papel do velho Yakumo é muito maior do que eu esperava. E ele gosta de seus discípulos, inclusive do Sukeroku! Bom, exceto por alguns rearranjos e alguns corações partidos parece que tudo vai acabar bem, não é? Não é. Eu já sei que não vai.

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Ai que alegria incrível eu sinto por escrever um artigo pontualmente, ao invés de atrasado! É isso aí, mesmo publicando diariamente artigos com centenas de palavras de minha própria lavra, consegui reverter um atraso que em seu auge chegou a quase uma semana, somando os pequenos atrasos que foram se acumulando!

Felicidade semelhante sente o Yakumo, vendo o seu rakugo sendo reconhecido por ninguém mais ninguém menos que seu próprio mestre, que agora não hesita em dizer que ele é melhor que seu irmão de ofício e de criação. Imagine como ele deve estar se sentindo tendo a vida inteira perseguido o Sukeroku!

Mas nem tudo são flores, e ele está sofrendo por ter que abandonar a Miyokichi. Não, não é ter que abandonar no sentido de não poder ficar perto dela, é no sentido de não querer mais estar com ela mas não conseguir dizer isso abertamente. É um momento muito delicado de uma relação e doloroso para ambos. Para mim, também foi doloroso assistir a queda na qualidade da animação, mas a história está tão boa que quase não me importei.

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O Yakumo está sendo cuidadosamente esculpido. Um lado primeiro, depois o outro. Um esboço grosseiro primeiro, depois a lapidação cuidadosa e por fim o lixamento. Se preferir outra arte, ele é como um quadro cubista, com todas as suas faces expostas ao mesmo tempo. Se fosse música … ah, eu não entendo nada de artes plásticas e entendo ainda menos de música, me desculpe e não seja tão exigente, por favor. De todo modo o Yakumo não é música, nem escultura nem um quadro: é um personagem de anime.

Veja só, reclamei de mim mesmo ontem no artigo de BokuMachi que publiquei sobre o episódio seis quando o sétimo já havia saído e eis que cometo o mesmo erro com Rakugo Shinjuu. Tenha um pouco de paciência comigo porque prometo que vou colocar esse blog em dia. Prometo! Já estive atrasado antes e recuperei-me, confie em mim.

Como prova de minha determinação imediatamente antes de escrever esse artigo eu … bem, passei meia hora procurando para assistir uma versão decente de Part of Your World, da Pequena Sereia, no Youtube. E encontrei! Inclusive em mais de um idioma, se bem que as boas mesmo só a original (inglês) e português de Portugal (sério, ela é muito legal – e eu não entendi nada, aquilo é klingon pra mim). A versão nacional é boa também, mas não procurei por ela e não a ouvi.

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No episódio 3 o Yakumo descobriu o que realmente queria fazer e tomou a decisão da sua vida – às vezes a decisão de continuar o que já se vinha fazendo é tão difícil e importante quanto uma decisão de mudança. No episódio 4 ele já estava firme no caminho que escolheu, mas começava a acumular frustrações e incertezas. Não sobre sua escolha. Ele ainda queria fazer rakugo. Mas o que estava faltando? Ele estava se esforçando tanto, isso não deveria ser o suficiente?

E apareceu a Miyokichi também. Tecnicamente ela não tem nada a ver com rakugo, exceto no sentido amplo dos dois fazerem parte da indústria local de entretenimento. Só que, tirando o fato dele ter arranjado mais alguém com quem conversar sobre sua carreira, não é essa a importância dela. Ainda não sei se ela o ama e vice-versa, mas os dois certamente formam um casal e para todos os efeitos e de acordo com as regras daquele curioso mundo que habitam, é o que eles são. Com todas as implicações emocionais e sociais disso.

Yakumo quer fazer rakugo, ele gosta de fazer rakugo. Mas o que ele espera em troca? O que vai deixá-lo feliz?

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É como diz o velho ditado: disciplina na vida, disciplina no rakugo. Ou é como o ditado diria se ele existisse. De todo modo, disciplina foi o tema que permeou todo esse episódio e pude assistir as abordagens de seus quatro personagens principais a esse respeito: o Velho Yakumo, o Novo Yakumo (que ainda não é Yakumo), o Sukeroku (que agora já é Sukeroku de verdade) e a Miyokichi (que acabou de pegar o bonde andando mas já sentou na janelinha).

No episódio anterior Yakumo e Sukeroku se tornaram adultos e ainda aprendizes tentavam encontrar o seu caminho. Bom, o Sukeroku basicamente já encontrou o dele faz tempo na verdade, ou se não encontrou ou ainda tem dúvidas o anime não contou para ninguém, então era só o Yakumo que estava com dúvidas sobre que caminho seguir mesmo – e a falta de dúvidas do Sukeroku o deixava com ainda mais dúvidas. Além do rakugo, o Yakumo fez coisas típicas da idade como namorar, trabalhar, se esconder no interior por causa da Segunda Guerra Mundial, essas coisas comuns mas importantes pelas quais todo jovem adulto passa. E tudo isso contribuiu positivamente para ele descobrir sua vocação: rakugo. O Yakumo quer mesmo ser um contador de histórias.

Esse quarto episódio narra o começo dessa vida, nesse caminho que ele escolheu, as novas dúvidas que ele tem, talvez não tão novas assim, e como é difícil ser um adulto e se relacionar com outras pessoas.

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