Devido ao sucesso da primeira parte, aqui vos apresento uma continuação com mais animes do gênero – e no final, um apanhado de alguns que ainda estão para ser lançados. Alguns não são consideradas isekai por todo mundo (apesar de ser e temos um artigo que trata desse assunto bem aqui). De qualquer forma, vamos a lista!

Ler o artigo →

Um deus maledicente envia um protagonista amoral e sociopata para outro mundo ser um herói de guerra para levar a versão local da Alemanha à vitória no equivalente ao que foram as nossas guerras mundiais enquanto várias questões morais ligadas à guerras são revelados em toda sua crueza.

Não bastasse o conteúdo da história, ela vem do Japão, cujos animes e mangás de guerra com frequência no mínimo evitam tocar em qualquer tema polêmico, preferindo o tom heroico, épico ou ufanista, e com alguma frequência é desavergonhadamente imperialista ou revanchista mesmo.

O último episódio não poderia ser mais direto: é tudo culpa do Homem.

Ler o artigo →

Dividido em duas partes distintas: a batalha e o armistício (ou como a Tanya reagiu a ele). A animação não falhou em nenhum momento durante o episódio, mas foi na batalha que ela foi espetacular. A batalha também foi bastante interessante do ponto de vista tático, eu que não entendo nada já vi ali uma coisa ou outra interessante, imagino o quanto um entendido possa aproveitar o espetáculo (ou remoer-se de desgosto, vai que apenas aparentemente as táticas de batalha são realistas, hehe).

Mas para mim a carne suculenta, o filé mesmo desse décimo primeiro episódio de Youjo Senki, foi o desespero da Tanya para tentar reverter o que ela tinha certeza que seria o efeito negativo do armistício sendo costurado: aquele não seria o fim da guerra, mas apenas uma pausa.

Ler o artigo →

Vou bater de novo na tecla da falta de verossimilhança pela escala absurda da operação alemã, como já fiz no artigo sobre o episódio anterior. Eu sei que o objetivo último de uma obra de ficção não é ser idêntica à realidade, mas se espera pelo menos um nível razoável de coesão interna. Já aceito sem problema nenhum que as duas guerras mundiais tenham sido amalgamadas em uma só, com o desenvolvimento tecnológico e tático ocorrendo de forma inconsistente, por vezes em grandes saltos, por vezes nunca ocorrendo, e na maior parte do tempo parecendo que só algumas coisas evoluem enquanto outras permanecem em um passado eterno, ainda que faça pouco sentido. Mas essa operação alemã é pura sandice – ou melhor, é sandice que o anime queira que eu acredite que ela poderia mesmo encerrar uma guerra naquela escala.

Que escala? Ora, a das guerras mundiais nas quais o anime se inspira. Se fosse algo 100% fantasioso sem nenhuma inspiração no mundo real, eu não criticaria nada simplesmente porque o anime não me dá informações suficientes para ter ideia das forças envolvidas. Mas eu sei que aquilo é a Europa, ainda que uma Europa alternativa, tenho ideia de tamanho geográfico, de desenvolvimento militar das nações envolvidas na guerra àquela altura, dos recursos envolvidos. E baseado nisso, mesmo que o anime não diga, eu sei um monte de coisas.

Ler o artigo →

O episódio começou com uma Tanya aparentemente preocupada com o crime de guerra cometido contra Arene no episódio anterior, talvez com a consciência pesada, não sei se ela é capaz disso ou se é completamente sociopata, mas com certeza o conceito ela entende e tenta se justificar falando para si mesma como de sua parte ela fez todo o possível para demover seus superiores do plano genocida mas foi tudo em vão. Considerando que o plano em questão era essencialmente dela para começo de conversa e que ela teve que executá-lo, fico imaginando o que se passa em sua cabeça nesse momento. Terá ela mudado? Será Tanya agora um pouco mais humana do que antes – e, pois, de acordo com o tema do anime, mais próxima de Deus?

É difícil dizer. E como o episódio logo em seguida voltou a ser apenas um episódio de guerra sem grande substância creio que sequer é oportuno avançar nessas considerações. E mesmo para um episódio de guerra ele não foi dos melhores.

Ler o artigo →

Mais um episódio muito bom de Youjo Senki. Fico realmente feliz que o anime tenha deixado de ser aquela coisa sem substância do primeiro episódio, só com cenas de guerra divertidas e character designer conflitante. Quero dizer, ele continua com cenas de guerra divertidas, e isso é bom, e continua com o mesmo character designer que não se tornou magicamente bom mas a essa altura já me acostumei, além dele ser bem usado no caso da protagonista (a Viktoria continua sendo apenas muito esquisita mesmo).

Mas agora Youjo Senki dá o que pensar. Não é mais legal assim? Toda a ação militar que Youjo Senki já provou ser capaz de executar muito bem continua lá, mas agora ela não é mais a única coisa acontecendo. E aparentemente o anime agora está para entrar em seu conflito final, e tudo o mais constante, ele será bem mais do que apenas boa ação. Que eu não duvido, haverá de sobra!

Ler o artigo →

O Reino Unido se chama “Reino” e a França se chama “República”. No final do episódio ainda é revelado que os Estados Unidos se chama “Estados Unificados”. E, claro, a Alemanha se chama “Império”. Esses nomes são todos idiotas, mas pelo menos eles guardam alguma relação com o país original (a Alemanha na época da Grande Guerra era um império, afinal). A Rússia já foi citada em algum episódio se não me engano, mas nunca teve papel nenhum (e tem um nome idiota desse nível também). Ao invés, os em nosso mundo neutros países escandinavos é que se aliaram à França e ao Reino Unido. E na falta de nome melhor, eles se chamam “Aliança Entente”.

É um nome estúpido em vários níveis, mas não vou me alongar. É claro que não tem nada a ver com os países em questão, mas o que é realmente encantador nessa escolha é que “Aliança Entente” é quase o nome da Tríplice Entente, que vem a ser o nome não de um país, mas da, veja só, aliança de países que primeiro prestaram combate às potências centrais (reunidas em sua própria Tríplice Aliança): Reino Unido, França e Rússia. Não foi à toa que quando os vi combatendo pela primeira vez na frente ocidental achei que fossem ingleses. Não são. Tampouco são russos (e nem faria sentido russos naquele teatro de batalhas mesmo): são noruegueses. Ou são suecos, não sei. Na dúvida, são norosuecos.

Ah, e prefiro não falar sobre a “Dáquia” (Romênia)…

Ler o artigo →

Acho que já me acostumei com o character design bizarro (e não é bizarro apenas em si, mas em comparação com todo o resto, e esse é seu maior defeito) da Tanya e da Viktoriya (sempre preciso copiar o nome dela; sei escrever Nietzsche e Schwarzenegger sem errar ou consultar fontes, mas Viktoriya tá difícil). O que é bom porque consigo me concentrar mais na história, mas não retiro nada do que eu falei sobre isso em artigos anteriores.

No artigo anterior eu escrevi que esperava que Deus desse as caras de novo. Só não esperava que fosse tão cedo! Pelo menos a aparição dessa vez teve efeito profético, então não achei ruim. De quebra, me ajudou a pensar mais umas coisas.

Ler o artigo →

Quando o episódio é ruim eu digo que ele é ruim. E quando ele é bom eu digo que ele é bom. Esse episódio de Youjo Senki foi bom. Muda o anime, agora passa a valer a pena assisti-lo? Olha, em primeiro lugar, eu nunca disse que não valia a pena. A menor nota que atribuí a um episódio de Youjo Senki foi a nota média, nem bom nem ruim, o que significa que pelo menos para entretenimento descompromissado ele sempre se classificou.

O que acontece com Youjo Senki é que ao contrário da maioria dos animes medianos, ele não é nem muito bom nem muito ruim: ele possui alguns elementos muito bons e outros tantos muito ruins. Por isso ele se encaixa perfeitamente no que muitos chamariam de “obra que desperta amor ou ódio”. Tudo depende do que você valoriza mais.

Mas nesse episódio em particular todos os seus elementos ruins estiveram minimizados ou ausentes, enquanto os bons brilharam. E teve interessantes desenvolvimentos da protagonista e da história, o que sempre é positivo.

Ler o artigo →

Tanya adoraria ter essa resposta. Não, me corrijo: Tanya acha que já tem essa resposta. E você, está no controle de sua vida? Gostaria de estar, sabe como fazer para conseguir chegar lá?

Tanya é inteligente. É um homem adulto em corpo de menina que mesmo para um adulto já tinha um intelecto superior à média, e além disso possui conhecimento sobre fatos futuros que o ajudam a prever o que vai acontecer nesse mundo, pois ainda que não seja idêntico ao seu, é bastante parecido. Renascido, possui talento natural maior que os demais à sua volta. Em sua vida anterior julgava ter o controle sobre sua vida. Nessa vida julga que só depende de si mesmo para conseguir obter o controle de sua vida, e acredita ter meios para isso e estar no caminho correto.

Tanya não poderia ter menos controle sobre sua própria vida.

Ler o artigo →