[sc:review nota=3]

 

 

Takeo e Yamato já haviam atravessado vários dos problemas comuns a casais de primeira viagem, desde coisas simples como não saber o momento certo para avançar na relação, como outros mais complexos como lidar com uma terceira pessoa. O problema, como é comum na vida real, se repetiu, só que desta vez foi um novo sujeito se interessando por nossa patessiêre. Aliás, até que demorou pra ter um cara a fim dela, a Yamato sendo fofa, gentil e comunicativa como é… Isso por si só nem seria tão complicado, já que bastava um fora dela que tudo se resolveria facilmente. O problema é quando Takeo não sabe o que fazer e, dentre todas as soluções possíveis, começa a pensar que não estar mais com ela é a melhor delas. Poxa, Takeo!

Yamato começou a trabalhar em uma confeitaria, por recomendação de Takeo. No começo ela nem queria, por passar menos tempo com o namorado, mas acabou se convencendo e no fim das contas amava o serviço (sem contar que era um motivo besta, já que ele trabalha meio período sem problemas). Mesmo assim, o protetor ogro mais legal da parada sempre dava um jeito de ir lá dar uma espiada nada discreta nela, só enquanto ela não se acostumada com o serviço pra ele poder ir lá formalmente e comprar algo. Como plus, adquirir mais experiência na área em que queremos trabalhar nunca é demais, então ter contato com um confeiteiro experiente está sendo como um passeio ao parque de diversões pra ela. Tá tudo lindo, fofo e perfeito, mas surge um problema. E ele tem nome: Ichinose. E, assim como todos os outros personagens incluídos na história sem prévio aviso, ele veio com uma função mais do que clara de abalar o namoro dos dois, se interessando da forma mais errada possível pela Yamato, ou seja: ele supôs haver nela um interesse distorcido por ele. E isso é só a primeira das coisas erradas daqui, vamos lá.

Esse cara... Não seja. Por favor.

Esse cara… Não seja. Por favor.

Yamato está encantada por Ichinose? Sim, mas é pelo seu talento como confeiteiro, e nada mais. Ele se tornou uma pessoa melhor depois de conhecê-la? Hmmn, relativo, pelo menos ele diminuiu sua aura de emo gótico das trevas e se tornou mais sociável, sim. Ele também aceitou vender suas criações originais na loja, sim. Mas ele continua meio narcisista como antes, além de apresentar uma péssima comunicação. Alguns vão dizer “Ué, ela podia ter evitado tudo isso dizendo que tinha namorado.”, mas não sei. Como vimos posteriormente, esta informação não fez a menor diferença, mas tô pulando acontecimentos. À medida que ela se acostuma com o emprego, Takeo começa a se resignar por não compreender essa parte tão importante da vida dela, que são os doces. Ele queria entender e falar sobre isso com ela como iguais, e eu até entendo o lado dele, mas vamos conversar direitinho; primeiro, eles não namoram há uma semana pra ele ficar magoadinho em ser tão diferente dela. Segundo, os dois não precisam ser parte de 100% da vida um do outro, é pra isso que servem os amigos e o trabalho. Bem, ele mesmo deduz isso e tenta se esforçar pra compartilhar da felicidade dela, mas aí fica sabendo da existência do chef e começa a sentir ciúmes. Sim, aquele sentimento presente em todos os corações humanos em diferentes níveis, que ela mesma já sentira mas que para ele, pelo visto, é algo novo. Pessoas enciumadas costumam ficar emburradas e irritadiças, mas o Takeo somou isso ao seu complexo de “Somos-tão-diferentes” de antes e começa a ficar deprimido. Pra piorar, Suna comenta sobre o fato de ele não chamar a namorada pelo primeiro nome, quando ela já o faz há tempos (acho que também já comentei isso faz um tempinho) e Ichinose também, mas Takeo claramente tem dificuldades em certos avanços no relacionamento. Nem o Suna ele chama de Makoto, chamar a Yamato de Rinko é praticamente impossível. Ok: ele é diferente dela e não consegue criar muita intimidade, enquanto um cara bonito que compartilha dos mesmos hobbys está ao redor. Takeo não tá lidando nem um pouco bem com isso, ainda pior do que no caso da Saijou até. Tem como piorar? Tem.

E piorou.

E piorou.

Ele finalmente vai vê-la no trabalho, e é quando o chef descobre que é namorado de sua musa. O que ele faz? Vai até ele e pede que a deixe. Assim, na cara dura. E ainda usa como arma justamente os argumentos que estavam deixando Takeo tão inseguro, destruindo-o a ponto de ele começar a pensar que, olha, até faz sentido. Ela poderia ser mesmo ser mais feliz com um cara como Ichinose, será que o relacionamento deles ainda faz sentido? Até Suna é pego de surpresa com tamanho baixo astral. Ai faz um pequeno reaparecimento só pra ser a pessoa a falar sobre como Takeo se preocupa mais com os outros do que consigo mesmo, e o epidósio termina em um cliffhanger potencialmente dramático com Yamato pegando uma carona com seu admirador (sem saber de absolutamente nada) de carro, enquanto Takeo apenas observa, parado na chuva com o guarda-chuva que havia levado pra ela. Oin. Mas eu não tive pena nenhuma, por uma série de motivos que vou explicar timtim por timtim:

-Takeo não confia nele mesmo e nem na Yamato. Sério. Já pensaram que, se ele tivesse certeza dos sentimentos dela por ele, todo esse drama nunca aconteceria? Certo, esse evento foi feito justamente pra isso, assim como o da Saijou serviu pra ele entender seus próprios sentimentos, mas cara, eles namoram há quase um ano já. E ele só agora veio pensar no quão diferentes eles são, e que ela pode acabar se apaixonando por outro um dia. PIOR! Justo agora, quando ela claramente adora trazer coisas do trabalho pra dividir com o namorado, compartilhar parte de seu mundo, de sua felicidade com ele? Não, né caras. Só dá a certeza do quão frágil é o relacionamento deles.

-Takeo e Ichinose conversando. Cara, Ichinose foi o cúmulo do babaca, machista, estúpido e etc, e pelo visto ainda vai fazer altas merdas pra tentar ficar com uma guria que ele ainda nem confirmou se gosta mesmo dele, mas a falta de reação do Takeo me deixou bolada também. Eu tento relevar que ele tem só 15 anos, está em seu primeiro namoro e passando por um período de dúvidas, mas o gosto amargo que ele me deixou não dá pra esquecer. É como se ele estivesse pensando mesmo no caso, se ele cogitasse seriamente que ela ficará melhor sem ele e, depois do que a Ai disse, penso mesmo se ele pensa em deixá-la. Pode parecer impossível, mas lembremos que isso é um amor adolescente. Todo amor jovem um dia acaba, salvo raras exceções. E, se ele continuar assim cheio de neuras e não compartilhar nada com a namorada, pode ter certeza, o deles está com os dias contados.

Só avisando pra quem ainda não sabe, mas parece que o episódio final de Ore foi adiado, e só sairá no dia 23. Uma pena, tô ansiosa pra saber como a Yamato vai reagir a tudo isso, e se esses dois vão perceber que, guess what, não adianta armar todo esse circo sem saber qual a opinião e os sentimentos dela. É  meio idiota até.

Sente o drama.

Sente o drama.

  1. Anime na reta final, esse episodio ficou um pouco deslocado.Tipo essa insegurança dos dois foi tratada nos primeiros episodios. Yamato achava que seu demorado era gostosão e incrivel,e era muito insegurança quanto a isso. Veio a muda quando a Saijou apareceu.

    Acho que é interessante que quando o confeiteiro deu um esculacho no takeo,o SUNA não gostou e ainda perguntou pro Takeo se ele ia deixar assim e que o Takeo deveria ter falado mais. Pro Suna ter uma reação de indignação ,o negocio ta feio.

    Na parte que o Takeo apenas observa, parado na chuva com o guarda-chuva, fiquei pensando poxinha custava ligar pra namorada avisando que vai buscar ela?Tão simples!Porque Takeo complica tanto!

    Ps: “emo gótico das trevas e se tornou mais sociável, sim.”Ah meu deus eu ri aqui!

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Foi tratado só do lado da Yamato, né? Que apesar de tudo respondeu melhor que o Takeo. Acho um bom arco final, considerando que o Takeo é o protagonista do anime.

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