Desde o começo eu apenas assumi que kegares fossem o sabor de demônio ou youkai de Twin Star Exorcists e não pensei muito mais nisso. Mas ver um kegare com a aparência dos ex-donos da casa que ele assombrava me deixou pensativo nesse episódio. Kegare (ケガレ) significa apenas “impuro”, não tendo relação direta, desde o batismo, com demônios ou o sobrenatural. É apenas impuro. E só aquilo que um dia foi puro ou que poderia ser puro é que pode ser ou se tornar impuro, não é? Demônios não são impuros – eles são a própria impureza. Não existe “demônio do bem”. A sujeira não é suja, mas ela torna as outras coisas sujas. Não seria razoável querer que o pó fosse menos poeirento.
Acho que o anime ainda está longe de revelar alguma verdade mais profunda sobre os kegares mas vou especular um pouco nesse artigo mesmo assim. Se bem que considerando o quão simplório (no sentido de simples, não de ruim) Twin Star Exorcists é, é bem possível que ele revele algo logo ou que não haja nada para ser revelado no final das contas. Correrei esse risco. Mas vamos falar também sobre nossos protagonistas?
Fechando meu editorial da temporada, vou comentar episódio a episódio o anime Joker Game. Como foi o caso de quase todos os outros animes que escolhi, nesse primeiro artigo vou precisar resumir vários episódios. A partir da semana que vem será mais divertido. Aproveita para ler agora se ainda não tiver lido minhas primeiras impressões sobre Joker Game.
Um anime sobre espionagem durante a Segunda Guerra Mundial com ênfase na ambientação realista e humana, ao invés de ser uma história de mistérios e grandes aventuras. Acho que já dava para sentir que seria assim desde os trailers, mas mesmo assim bastante gente se surpreendeu com o formato episódico, que não privilegia nenhuma história particular, preferindo ao invés contar pequenos casos que compõe juntos o grande mosaico que foi o maior conflito armado da história da humanidade. Não que não haja tempo para o anime fazer algo diferente ainda, mas por enquanto é o que temos e eu estou gostando bastante.
Re: Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu é um nome um pouco grande demais, não fica chateado se eu abreviar né? Não é como se nunca tivesse abreviado nomes por aqui. Já que falo do nome, uma curiosidade: a tradução dele é algo mais ou menos com o sentido “Re: Começar a vida do zero em outro mundo”. A abreviação escolhida significa “Re: Começar do zero”. Tá bom assim né?
Se ainda não tiver lido, dê uma olhada agora nas minhas primeiras impressões sobre esse anime para saber o que achei do primeiro episódio. Resumo: o episódio foi duplo e parecia que não ia acabar nunca, foi entediante e o protagonista me deu raiva por ser muito burro. Mas nesses dois episódios melhorou substancialmente, embora o protagonista continue sendo um problema.
Um novo recorde de animes assistidos: 31 no total! Foram 34 episódios da semana entre 18 e 24 de abril, com um ou outro que eu estava atrasado de ainda antes, assistidos. Ufa!
Um dos arcos mais pungentes da primeira temporada envolvia uma banda musical, e a grande batalha final da temporada ocorreu sob música ao vivo. O subtítulo da segunda temporada é “A Última Canção”, e um dos grupos antagonistas da série é uma agência de talentos e o segundo episódio foi sobre o triste destino das Angel Stars, as estrelas da agência na primeira temporada. Dá para começar a ir especulando o que pode acontecer, não dá?
Enquanto o anime não entrar em nenhum arco mais relevante para o enredo central, especular é tudo o que podemos fazer.
Dou um pirulito para quem adivinhar a referência do título. Não, dou dois, um por adivinhar e o segundo por me envergonhar de referenciar um livro que nunca li, apenas conheço sua resenha e ideias gerais.
As garotas do Harekaze estão sendo caçadas, e elas não sabem o que fizeram de errado. Foi por que se atrasaram? Musashi estava atrasado também. Como o começo do terceiro episódio mostra, são sete os navios desaparecidos, ainda que houvessem apenas dois atrasados. Foi por que reagiram ao Sarushima? Francamente, o que deveriam fazer, aceitar ser afundadas? Porque a instrutora Furushou estava atacando com munição real e não respondia o rádio. E isso foi só o que as garotas viram. O espectador ainda pôde ver a cara da Furushou, e aquela definitivamente não era a expressão de alguém bem intencionado.
Metafórica e literalmente, as garotas talvez estejam passando por seu batismo de fogo para a vida adulta.
É isso aí que está parecendo mesmo: vou começar a escrever sobre Ushio to Tora agora, quando ele retorna para sua temporada final, embora nunca tenha escrito nada antes além de primeiras impressões. É um anime bom baseado em um bom mangá battle shounen dos anos 1990 que eu nunca tive a oportunidade de conhecer antes, mas que tem uma história sólida, um enorme elenco de personagens coadjuvantes, tanto aliados quanto inimigos, ahn, ok, para você que nunca assistiu Ushio to Tora e está lendo esse artigo agora, vou escrever um resumo rápido e básico, mas antes de começar, talvez queira ler as minhas primeiras impressões da primeira temporada.
Ushio é filho único de um monge velho e que vive dando trabalho para ele, e eles moram em um templo. Um dia, enquanto ele está limpando um depósito anexo, encontra um alçapão e o abre. Lá dentro encontra um demônio laranja, um monstro que lembra vagamente um tigre, preso à parede do porão que até então ele nem sabia que existia por uma lança com ponta de pedra. O demônio está preso lá há 500 anos, e pede para Ushio soltá-lo para que ele possa devorá-lo (ele diz isso mesmo, não é do tipo de demônio bom em convencer as pessoas com palavras). Ushio se nega mas o simples fato do porão ter sido aberto atraiu centenas de demônios para as redondezas e eles começam a causar o caos, e aí o demônio se oferece para derrotar os outros demônios… se ele for solto. Ushio não tem escolha e remove a Lança da Besta que prendia o demônio, e descobre que com a lança ele próprio é capaz de lutar. Com os demônios todos derrotados Ushio usa a lança para domar o demônio felino que ele encontrou no porão, e eles passam a mais ou menos viver juntos (o demônio quer devorar Ushio e Ushio não quer deixar o demônio ir embora e devorar outras pessoas impunemente). Ushio passa a chamar o demônio de “Tora” (simplesmente “tigre” em japonês).
Com o tempo, outros demônios aparecem e Ushio descobre que ele, Tora e a Lança da Besta estão envolvidas em uma guerra milenar contra um demônio poderosíssimo chamado Hakumen no Mono que veio da China. Já no Japão, depois de uma guerra travada há séculos atrás na qual todos os demônios do Japão se uniram com os humanos de então o Hakumen fugiu e se escondeu nos pilares das ilhas japonesas, e por isso quando os demônios vieram para exterminá-lo a sacerdotisa Yuki criou uma poderosa barreira que os impediu de atingi-lo (ao mesmo tempo que o impediu de sair). Considerando aquilo uma traição, os demônios recuaram e nunca mais confiaram nos humanos.
Ushio parte em uma viagem para descobrir mais sobre sua mãe, que ele nunca conheceu, e a Lança da Besta, junto com Tora. No caminho descobre sobre Hakumen no Mono, descobre que foi o escolhido pela Lança da Besta para derrotá-lo de uma vez por todas, e através de suas ações de coragem e de bondade ele consegue unir novamente os demônios do Japão (os do leste e os do oeste) e os humanos. Quando estão quase prontos e animados para partir para a batalha final, Hakumen no Mono reage. Agora que chegou até aqui, se ainda não leu é uma boa ideia ler as minhas primeiras impressões dessa temporada.
O segundo episódio de Kabaneri atrasou oficialmente em uma semana por causa dos tristes terremotos que ocorreram na região de Kumamoto no Japão, mas parece que pelo menos uma TV chinesa (se continental ou insular não faço ideia) transmitiu o anime a julgar pela versão com legendas em chinês que circularam pela internet para quem quisesse ver. Bom, eu não quis ver, aguardei o lançamento oficial, com legendas normais. Imagino se já existe versão com legenda em chinês do terceiro episódio? Se na China não adiou, por que não haveria?
Enfim, não tenho do que reclamar já que isso facilita o meu trabalho, não preciso fazer como fiz com Twin Star Exorcists ontem (23/04) e condensar dois episódios em uma só análise. Que isso seja por causa de um evento grave só me faz querer que esse artigo fosse sobre os episódios 2 e 3…
Chega de falar de desgraças na vida real porque agora vou falar das desgraças que os personagens de Kabaneri of the Iron Fortress têm que enfrentar. Sugiro que leia minhas impressões iniciais nas quais comento sobre o primeiro episódio caso ainda não o tenha feito.
As recomendações de artigos da Blogosfera Otaku BR completam um mês (lunar)! Uma pequena mudança nas nossas regras internas permitiu indicarmos mais blogs nessa semana sem sobrecarregar os blogueiros. Que mudança, você pergunta? Não faz diferença nenhuma para o leitor, mas se você entrar em todos os blogs participantes vai perceber o que fizemos!
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E o primeiro anime da temporada que vou cobrir com artigos semanais é Twin Star Exorcists. Um anime de ação sobrenatural com humor, que adapta um típico mangá battle shounen do mesmo autor de Binbougami ga!, uma comédia nonsense também sobrenatural, e é só na arte e nas etiquetas que os dois são parecidos, um é de ação e o outro não, o tipo de comédia e o tipo de sobrenatural são diferentes. Ah, e os dois têm mais uma coisa em comum: eu gostei.
Esse primeiro artigo cobre os episódios 2 e 3, para minha opinião sobre o primeiro episódio leia o artigo de primeiras impressões. Vamos lá?