Macross Delta, Concrete Revolutio, Sansha Sanyou – Primeiras impressões
Décimo artigo de primeiras impressões! Um pouco atrasado, eu sei, me desculpe! Os outros nove artigos de primeiras impressões, que saíram pontualmente, foram:
- Mayoiga, Terra Formars Revenge, Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu
- Jojo’s Part 4: Diamond is Unbreakable, Kuma Miko, My Hero Academia
- Endride, Ushio to Tora, Gundam Unicorn RE:0096
- Bakuon!!, Joker Game, Seisen Cerberus
- Age 12, Bungou Stray Dogs, Unhappy
- Sailor Moon Crystal 3, Twin Star Exorcists, Netgame no Yome wa Onnanoko ja Nai to Omotta
- Kabaneri of the Iron Fortress, Kuromukuro, Shounen Maid
- Flying Witch, Kiznaiver, Sakamoto desu ga?
- Kyoukai no Rinne 2, Haifuri, Tanaka-kun wa Itsumo Kedaruge
Esse artigo deveria ter sido publicado ontem (17/04). As coisas costumam ter uma boa explicação, mas não é o caso desse atraso. Eu havia acabado de escrever as indicações de artigos da Blogosfera Otaku BR e já era de manhã (eu sou notívago ultimamente), e então pensei “hmm, preciso escrever o décimo artigo de primeiras impressões, mas agora estou torto de sono e se for escrever assim vou demorar mais do que se escrever quando estiver bem desperto, como tenho muitos animes para assistir também dormir será um uso melhor do meu tempo”, e fui dormir. Acordei, e como todo homo sapiens braziliensis não escrevi artigos nem assisti animes, fiquei o dia inteiro acompanhando a votação do impeachment. Sim, eu sou um ser politizado também! Mas não comente sobre isso aqui, por favor, ok? Evito esse assunto não por eu estar em cima do muro ou ser um “isentão”, bem pelo contrário, tenho posições muito bem definidas e sobre as quais posso argumentar a qualquer momento, apenas escolhi que o momento em que estou me dedicando ao meu hobby com o Anime21 e com animes em geral jamais seria esse momento. Acho uma escolha saudável. Mas sim, perdi o dia acompanhando aquilo, obrigado por sua paciência com meu atraso e com as piadas (e referências sérias) ao fatídico evento que eu escrevi nesse artigo.
E os animes? Todos eles já no segundo episódio, que maravilha hein? Só comentarei do primeiro episódio aqui, fique sossegado, mas reconheço a minha falha. De todo modo, acho que seria difícil evitar isso, não é? Só se eu tivesse previsto o terremoto em Kumamoto e deixado Kabaneri para hoje e … bom, ainda não ia dar. Enfim. Quem gosta de Macross tem Macross novo nessa temporada, mas não sei se quem gosta de Macross vai gostar desse Macross. Quem gosta de Concrete Revolutio (como eu) pode vibrar com a volta de Concrete Revolutio. E tem Sansha Sanyous para quem gosta de meninas fofas fazendo fofices, acho que esse, mais do que Bakuon, mais do que Unhappy, é o seu anime da temporada. Os motivos para tudo isso você descobre lendo o resto do artigo!
Macross Delta, episódio 1 – Se meu robô dançasse
Macross sempre foi meio sério meio paródia, e seu humor pastelão e suas idols nunca deixaram a franquia mentir. Quero dizer, pode um anime em que cantoras pop ajudam na luta contra extraterrestres ser sério? De verdade? E o enredo do primeiro arco da primeira série da franquia, o conflito principal, é simplesmente insano. Mas enfim, de alguma forma Macross acabou se consolidando como franquia e as idols se tornaram elementos centrais do enredo. Eles levaram esse conceito ao limite e chegaram à beira do abismo. Delta não se intimidou e deu um passo a frente.
Agora não se trata apenas de uma cantora, mas de um grupo de idols inteiro. Nesse sentido, o anime apenas está se atualizando aos tempos, não é? É. Só acho que ele foi longe demais quando as colocou na linha de frente sem qualquer armamento, sem robôs gigantes (eles estão lá, mas são apenas para auxiliá-las), criando uns efeito técnico-mágicos apenas com o poder da música e derrotando assim seus inimigos. Ou seja: é tipo Symphogear, só que com ET’s e robôs gigantes. Se você gosta de Macross ou de Symphogear, acho que não vai gostar de Macross Delta. Se não gosta de nenhum dos dois, também acho que não vai gostar de Macross Delta. Se é neutro em relação a ambos, tente a sorte. Tem seus bons momentos.
Uma curiosidade inútil: os variable fighters dos esquisitões que atacaram os mocinhos no primeiro episódio e que eu não sei se serão os vilões principais da série (mas aposto que não) são alegadamente inspirados no design do Saab 35 Draken, “avô” do Saab 39 Gripen que a Força Aérea Brasileira comprou em 2014 (e que devem chegar a partir de 2019, não havendo imprevistos).
Concrete Revolutio – The Last Song, episódio 1 – A narrativa maluca continua!
Se você acompanhou meus artigos sobre a primeira temporada de Concrete Revolutio já sabe que uma das minhas preocupações quando o anime estava caminhando para os últimos episódios era que, com o evento que fez o Jirou abandonar o Escritório de Super-Humanos esclarecido, Concrete Revolutio adotasse uma narrativa linear. Como um dos grandes trunfos de Concrete Revolutio era sua narrativa não linear eu ficava preocupado com o que isso poderia significar para o futuro do anime. Será que assistir os eventos na ordem cronológica e consequentemente sem ficar coçando a cabeça para entender o que está acontecendo continuaria tão legal assim? Bom, os personagens são legais e o mundo é legal, mas o suspense e o mistério loucos que a narrativa sozinha estava causando eram os principais pontos à favor do anime. Felizmente não precisei descobrir o que aconteceria com uma narrativa linear, porque uma narrativa linear não aconteceu.
Nesse primeiro episódio é revelado quando e como o Detetive Raito começou a enlouquecer. O momento exato de virada ainda não ficou claro, mas ele deu uma pista quando disse que a polícia o reprovou quando ele conseguiu as peças para unir Mieko e Kaoru, os androides que, ele acreditava, causariam uma grande explosão quando isso unidos. Mas novas dúvidas surgiram: em que momento ele se aliou ao Jirou e por quê? Não foi muito depois do confronto deles quando do arco dos robôs amantes, mas por outro lado o super robô Megasshin que surgiu daquilo desapareceu (ele sequer aparece no encerramento, onde as “equipes em conflito” aparecem). E ele ajuda a resgatar a Earth-chan apenas um mês depois dos eventos desse episódio! O que tudo isso significa?
Sansha Sanyou, episódio 1 – Pobre menina rica
Digo, ela era rica. Enfim, a história de Sansha Sanyou é … não é uma história, chamar por esse termo é um exagero. O tema de Sansha Sanyou é a amizade de três garotas fofas fazendo coisas fofas. A que parece “mais protagonista” era rica, mas sua família faliu e agora ela mora sozinha e é realmente pobre. Realmente pobre mesmo, pobre nível comprar casca de pão pra comer. Cresceu mimada e protegida, não tinha ideia de como era o mundo de verdade, agora tem dificuldade para se relacionar com outras garotas completamente diferentes do que eu suponho ela estivesse acostumada em seus antigos círculos sociais e percebe o quanto tudo depende do dinheiro. Ela precisa aprender muito ainda, por exemplo, que viver só de comer cascas de pão pode encher o estômago dela mas vai deixá-la definitivamente subnutrida e doente.
Para sua sorte ela é uma das protagonistas de um anime feliz de garotas fofas, então outras duas garotas felizes literalmente surgem em sua vida. Ela foi um pouco espinhosa no começo, mas garotas fofas e felizes de anime não se abatem fácil e logo trataram de amolecer o coração dessa pobre menina ex-rica que se sentia muito solitária. Esse primeiro episódio foca basicamente em como ela está exultante em ter feito novas amizades e suas desventuras enquanto ainda estava insegura quanto a isso, complementado com algumas piadas assustadoras de um ex-mordomo seu que continua seguindo-a por todo lado para ajudar a “cuidar” dela e tem aproveitado para dar-lhe comida que saiu das prateleiras de um de seus empregos porque está quase vencida. Sansha Sanyou não tem um grande tema ou moral como Unhappy, não é tão retardado e focado mais em um objeto do que nas garotas como Bakuon, é um anime apenas sobre garotas fofas e felizes fazendo coisas fofas e felizes.