Black Clover – ep 5 – É o fim do começo (finalmente!!!)
Enrolação seria a melhor palavra para descrever esse episódio. E Kakeru, ele foi ruim? Mediano. Black Clover não consegue sair disso e apresentar um episódio que dê para chamar verdadeiramente de bom, no máximo ele transita entre o razoável e o ruim. Às vezes isso incomoda mais, como aconteceu nesse episódio, às vezes dá para engolir. Ao menos, o destino dos protagonistas está traçado e agora vou falar mais do caminho até aqui.
Gastar quase 1/5 do tempo útil só com cena repetida é chato e serve só para encher linguiça mesmo, o que poderia ter sido feito explorando a Noelle, por exemplo, e acho que seria realmente interessante. Infelizmente, ninguém teve essa ideia e o que tivemos foi um episódio bastante arrastado com apenas um momento de destaque.
Como pontos positivos tenho que citar a boa animação que não fez feio e entregou algo bonito e minimamente empolgante nas curtas lutas que houve, as reações do Yuno, a vitória do Asta que passaram uma sensação de “vida” a um personagem que costuma ser mais fechado e a cena do Yami ao acolher o Asta no seu esquadrão – para mim o ponto alto do episódio.
É verdade que o estereótipo dele pode ser bem manjado, mas ter um dublador com uma voz forte e um design simples, mas intimidador, ajuda a fazer com que o personagem se torne potencialmente divertido de se acompanhar, mesmo que nada muito surpreendente. Imagino que o seu jeito mais “selvagem” também vise facilitar a empatia do público alvo da obra, que são jovens e crianças.
A cena em que nenhum dos Capitães escolhe o Asta e ele se vê encurralado e sem esperanças, mas ainda assim consegue a sua vaga no exército após manter sua convicção implacável diante da pressão de um Cavaleiro Mágico muito poderoso é BEM clichê, mas não deixa de ser bonita. Dá até para dizer que o Yami não escolheu logo ele porque queria testar a sua determinação, mas estender a “reprovação” soou forçado ainda assim.
O lance aqui é que animes do tipo sempre costumam ter isso, o importante é criar um momento com uma forte sensação de peso dramático, que faça com que o público engula a reviravolta mais fácil. Acho que esse ficou no meio do caminho, não foi ruim nem ótimo, mas razoável dentro do proposto.
Por outro lado, a cena em que o Yuno foi escolhido por todos e decidiu escolher o melhor Esquadrão é bacana e evidencia o contraste entre ele e o Asta, mas não tem peso narrativo ou dramático e serve mais para reforçar o fato de que ele é bem forte. O trabalho que o anime tem que ter agora é o de mostrar a força do Asta e como ele vai evoluir de uma forma diferente mesmo tendo um objetivo em comum ao do Yuno.
Se é uma disputa para ver quem se torna o Rei Mago primeiro e eles estão na “linha de largada” a evolução desses dois personagens ao longo dos episódios será algo vital para a série, porque Black Clover não tem uma premissa chamativa ou um universo instigante, sendo assim se torna ainda mais importante fazer com que os personagens sejam um bom motivo para você ligar a TV– ou no nosso caso o computador, celular, etc – e ver o próximo episódio.
Os diálogos de bosta foram pura metalinguagem kkk, o Petit Clover até que foi legalzinho por usar os dois figurantes derrotados, e a cena do Yuno detendo o ataque ao Asta sacramentou de vez a função daquele personagem: ser um alivio cômico que tenta sabotar o protagonista. Além de dar mais um motivo para as fujoushis shipparem o Asta e o Yuno kkk…
Nada de mais, nada de menos, tudo dentro do previsto, meio meh, meio okay, mas nao insuportável. Diria até que o Yuno ser mais contido e ainda assim simpático compensa o Asta ser meio paspalhão e bobo. Só acho uma pena que essa dinâmica deles deve acabar por um tempo, mas estou animado para ver se o anime vai conseguir tornar os Touros Negros interessantes para nós telespectadores.
Fico por aqui, que o próximo episódio seja menos arrastado – e mais divertido – e até a próxima!