Bom dia!

O Café com Anime é um bate-papo descontraído sobre animes da temporada entre mim e meus colegas Diego, do É Só Um DesenhoGato de Ulthar, do Dissidência Pop, e Vinícius, do Finisgeekis.

Continue lendo para ver como foi a conversa da semana sobre o Animegataris, episódio 5!

Fábio "Mexicano":
Para quem estava cansado dos conflitos com o Conselho Estudantil, esse episódio deve ter sido um alívio ☺️ Eu achei divertido finalmente descobrir qual anime é o tal anime Shikabari que já mencionaram em outros episódios (é Kabaneri) e a versão completa do nome do Re:0 (Re: Zero): Let’s make curry in a different world 😃
Sobre o tema do episódio em si, evento de anime, é simplesmente tanta coisa que eu me identifiquei que se eu fosse escrever tudo agora ficaria imenso. Então comecem vocês, por favor!
Diego:
Acho que se a pessoa já foi em algum evento de anime grande é praticamente impossível não se identificar com as personagens nesse episódio. Me fez lembrar os momentos ao sol esperando os portões do Anime Friends abrirem rs. E poxa, quem pode culpar as duas meninas por pegarem tudo o que empurravam pra elas? Eu com certeza pegaria tudo também kkkkk.
Vinícius Marino:
Preciso dizer: esse episódio me entregou tudo o que eu esperava de Animegataris. Um retrato bem fidedigno de uma convenção, que como cosplayer não tive como não me identificar. Nonsense na medida certa, dando espaço para a própria esquisitisse do assunto brilhar. E uma prova bastante impressionante da escala desse tipo de eventos no Japão! Fiquei embasbacado com a dimensão do encontro e invejoso com a quantidade de merchan gratuito que a Mimoa recebeu!
O que mais curti, no entanto, foi a oportunidade de ver nossas personagnes “a paisana”. E não falo só de vestuário. Acho que é a primeira vez que a Arisu se viu em uma posição em que ela própria não pôde contar com seu conhecimento avantajado e perks de milionária. Por um dia que seja, ela esteve em pé de igualdade com a Mimoa: perdida, deslumbrada e sem um super-mordomo à tiracolo.
E a Erika continua maravilhosa. Ô menina linda! 😍
Gato de Ulthar:
Um episódio muito bom mesmo. Curioso que os melhores momentos de Animegataris são situações expositivas do universo otaku do que o próprio plot do animes, não é? Este episódio surpreendeu positivamente por não ter nenhum conflito forçado com nenhum conselho estudantil ou outra força do mal, mas sim uma belíssima e fidedigna exposição de um grande evento otaku. 2/3 do episódio foi na fila, o que não tira o mérito do episódio, só ressalta o quão importantes e necessárias são as filas neste tipo de evento. A inclusão da chinesinha otaku foi um tempero bom neste episódio. No mais, um bom episódio, um dos melhores até agora.
Fábio "Mexicano":
Aqui em São Paulo, pelo menos no meu tempo, filas eram algo tão notável que se costumava dizer que “o verdadeiro evento era a fila” 😃 Nesse sentido, é um retrato muito preciso que 2/3 do episódio sobre um evento seja a fila! Era onde encontrava e reencontrava as pessoas, frequentemente desconhecidos, amigos que eu fazia em eventos, só conhecia de eventos, só entrava em contato em eventos mesmo. Os mais fáceis de reconhecer eram os cosplayers, porque aqui o costume é vir de casa já pronto ou quase pronto (o Vinícius pode falar mais sobre isso), demorou anos para eventos paulistanos começarem a ter espaços reservados especialmente para cosplayers se montarem. Então, já na fila eu reencontrava o Hyoga Bêbado, o Bob Sponja/Rock Lee, o Miroku, o Chapolim, etc. Achei o máximo como Animegataris retratou inclusive esse tipo de amizade instantânea e fugaz que eventos costumam proporcionar, foi um dos meus pontos preferidos do episódio.
Vinícius Marino:
Nos primórdios das convenções japonesas, as autoridades chegaram a impor restrições ao uso de cosplay fora dos espaços dos eventos. Isto se devia à popularidade de cosplays sexy, que explodiu com a aparição da Lum de Urusei Yatsura. (Cosplay tem uma relação estreita com expressão da sexualidade, algo que pode ser visto até hoje, nos ensaios de Patreon). Não sei se ainda é assim no Japão, mas pode ser uma razão que levou a Erika a vestir seu figurino só depois da fila. O calor, sem dúvida, é outra 😀
Diego:
Nem me fale em calor, vou começar a ter flashbacks da fila do último Anime Friends 😃 Mas brincadeiras de lado, eu só queria também concordar com o Gato que o anime atinge o seu melhor quando é apenas um grupo de otakus conversando entre si e fazendo coisas de otaku, ao invés de ser um bando de underdogs contra os quais o conselho estudantil possui uma inexplicável cruzada.
Gato de Ulthar:
Eu nunca fui em um evento de animes desta magnitude ☹️ Onde eu moro há evento, e até que há filas, mas está muito longe de ser um Anime Friends da vida. O máximo que fiquei na fila de um evento foi 5 minutos ☺️
Fábio "Mexicano":
O Gato não sabe o que é diversão 😛
Mas tirando a fila, não teve mais nada que você identificou em eventos que já compareceu?
Gato de Ulthar:
Bom, teve sim, claro, os cosplays, o material promocional, vários trecos para comprar…
Diego:
Comprar trequinhos é a melhor parte de qualquer evento otaku 😃 Se bem que no meu caso eu concentro minha grana em mangás… que ficam na minha estante por meses antes de eu lê-los… triste realidade 😢
Vinícius Marino:
Calor insuportável? Organizadores engraçadinhos? O êxtase quase sexual de sair comprando merchan? O desespero dantesco de perceber, como o Kaikai, que seu objeto dos desejos está esgotado?
Poderia fazer uma lista! Mas acho que o que mais me refletiu foi o entusiasmo da chinesa. Ainda não fui louco a ponto de viajar a outro país só para ir a uma convenção (embora o fizesse se morasse na China). Mas confesso que é um pensamento que já me passou várias vezes à cabeça. Já tive vontade de ir à Paris para uma convenção que contou a presença da CLAMP, para uma Animecon nos EUA que teria um show do Kalafina e várias vezes para a SDCC na Califórnia. O problema é a grana para a viagem, e ter de encontrar uma desculpa para viajar no meio do ano.
Fábio "Mexicano":
O máximo que já quis foi viajar pra sei lá, eventos em outras cidades pelo Brasil mesmo 😃
Quero dizer, querer no sentido de considerar seriamente mesmo. Se for pra falar de desejo eu queria estar no lugar da chinesa 😛
Diego:
Eu seriamente não sei se curtiria ir à Comiket. Normalmente eu só vou em eventos pra comprar mangá, dado que produtos como chaveiros e semelhantes da pra conseguir em qualquer loja especializada, ao passo que mangás costumam ter descontos bem legais em eventos. Tudo bem que foi-se o tempo que a Comiket era só doujinshi, e hoje há estandes de produtos oficiais e tals, mas não sei se cruzaria o mundo só por isso kkkkk. Ah, fora a quantia absurda de gente 😫
Fábio "Mexicano":
Bom, em termos de palestras e novidades, provavelmente nós estaríamos melhores em uma das grandes Comic Cons americanas. Ou em outro evento japonês que não consigo me lembrar o nome mas que sempre vem com dúzias de anúncios.
Gato de Ulthar:
Na verdade, nos eventos que eu fui nunca consegui achar grandes promoções de mangá. Prefiro ainda comprar pela internet, que de vez em quando tem promoções muitos boas. Pode-se argumentar que nos eventos eu não pagaria o frete e tal, mas o gasto colateral seria grande também, como o valor da entrada, uma eventual alimentação, etc… Eu gosto de eventos para ver os cosplays, as novidades, olhar as atrações…. mesmo assim, eu gostaria de ir num destes grandes…
Fábio "Mexicano":
Acho que evento só para comprar mangá é coisa de um passado já clássico, né? 😃 Eu fazia as contas para saber quando é que passava a ser lucrativo comprar em eventos, considerando a entrada. Parei de ir a eventos há anos, quando as entradas eram caras mas ainda não eram caras-como-são-hoje, e o valor sempre ficava acima de 200 reais. E estou falando de economia em relação ao valor de capa.
Eu ia para evento no começo pra bagunçar com meus amigos e com pessoas aleatórias que eu conhecia, além de comprar mangás, e para palestras. Com o tempo deixei de bagunçar. Quando parei de comprar mangás eu já não tinha mais motivo nenhum para ir a eventos. Eu ainda ia ao Festival do Japão porque ele é barato (10 conto) e tinha a final brasileira do WCS (campeonato mundial de cosplay), mas como deixou de ter isso, não vou a mais evento nenhum. Até a Fest Comix, que é um evento só pra vender HQ encalhada da Comix, hoje em dia é caro pra entrar.
Fábio "Mexicano":
Ok, vamos ao “RPG” semanal (by Gato): Estamos em nosso clube, confortáveis, de “férias” das brigas com o Conselho Estudantil. Qual é a primeira atividade que vocês pensam em fazer? E o que é que nunca fizeram que gostariam de experimentar uma primeira vez? Ou acham que férias é pra ficar longe da escola, dane-se o clube, se for pra assistir anime vai é maratonar sozinho em casa?
Diego:
Se é pra sonhar alto e assumindo que temos uma verba da escola, eu votaria em torrar tudo em uma viagem de, sei lá, uma semana no Japão, tirando fotos de lugares que aparecem nos animes e visitando qualquer possível evento que tiver rolando por lá 😃 (ah, e visitando Akihabara, é ÓBVIO).
Gato de Ulthar:
Comungo com o Diego, e digo mais, também gostaria de montar um acervo de animes originais e assisti-los, bem como criar um blog com os membros do clube e fazer reviews 😛
Diego:
Um blog onde discutimos sobre os animes que estamos assistindo seria bem legal- não, pera
Vinícius Marino:
Eu faria atividades para “animezar” a escola. Recortes de personagem espalhado pelas janelas. Barraquinhas de onigiri na festa junina. Páginas de mangás escondidas dentro de livros da biblioteca. Flash-mobs no pátio, no intervalo das aulas, nas atividades dos outros clubes. Tornar o anime conhecido pelos estudantes, e de certa forma mudar a cara da própria escola
Vinícius Marino:
Já que é para aloprar, façamos com “gusto”😛
Fábio "Mexicano":
BARRACA DE ONIGIRI NA FESTA JUNINA 😃
(sabiam que nunca experimentei onigiri? e sushi já comi, mas não gostei? enfim, gosto de anime e mangá, não da culinária 😛 )
Eu estava pensando só em fazer umas sessões de exibição de anime, mas a ideia do Vinícius é bem mais ampla, acho que eu iria com ela (e exibições de anime, lol)
Vinícius Marino:
Na minha escola era comum alunos fazerem “intervenções” que envolviam a escola. E não só alunos: ainda na pré-escola, lembro-me de uma feira de livros que teve como tema HQs. A escola foi recheada de cartazes perguntando “O que é ‘HQ'”, motivando as crianças (não-familiarizadas com o termo) a criarem suas hipóteses. E, claro, gerando interesse pela feira.(editado)
Vinícius Marino:
Acho que anime é algo bem propício para esse tipo de coisa. E vai saber? Pode ser que encontremos outras Mimoas por aí.
Diego:
A coisa mais próxima disso que minha escola tinha era uma espécie de feira cultural onde as salas faziam apresentações sobre um tema qualquer. Mas os temas eram sempre escolhidos pela própria escola, e a nós só cabia obedecer e fazer as maquetes 😃
Vinícius Marino:
Madoka e Mokona sejam louvados, acabei de ter uma epifania: BARRACA DO BEIJO de anime!
Diego:
Beijar dakimakuras?
Fábio "Mexicano":
Beijar cosplayers?
Vinícius Marino:
Cosplayers crossdressers de Love Live. Pikachus de pelúcias. Elias Ainsworth. O céu é o limite!(editado)
Fábio "Mexicano":
Bom, vai ter quem pague…
Diego:
a pergunta é: quem faria o crossplay? 😃
Vinícius Marino:
Minha turma fez algo parecido no terceiro colegial (menos o anime) e lucramos horrores. Nunca subestime adolescentes.
Fábio "Mexicano":
E é a fase da vida mais propícia para abraçar novos gostos e hobbies. Talvez realmente devêssemos procurar escolas secundárias? LOL
Diego:
* pega o telefone * alô, polícia federal?
Fábio "Mexicano":
Eu só quero que eles assistam animes, não quero levar ninguém pra cama não 😛
Tem gente que vende droga em escola, eu nem tô querendo introduzir algo ilegal…
Fábio "Mexicano":
Enfim, se continuarmos, não acaba nunca 😃
Até semana que vem! Aposto que voltaremos a ter conflitos com o Conselho Estudantil ou coisa do tipo, então talvez alguns de vocês estejam menos animados, mas veremos ☺️

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