Esse episódio foi de “lá” pra “cá”, e depois, no fim, voltou pra “lá” de novo. Meio confuso, não? Que nada! É bastante simples até! Nessa semana, tivemos um episódio genuinamente bom, bem animado — pra variar, né? — e bastante divertido. Aliás, falaram até dos Olhos Divinos do Leo! Esse episódio teve um pouquinho de tudo e é exatamente isso que fez dele excelente.

O episódio começou dando um pequeno foco no Leo, novamente mostrando sua preocupação pela irmã e todo aquele “desastre” que aconteceu envolvendo os dois. No decorrer das duas temporadas, esse mesmo flashback já foi repetido dezenas de vezes, demonstrando que o Leo realmente tem um certo “trauma” envolvendo aquele evento. No início do episódio 6, Leo foi parar no hospital e se encontrou com a doutora Estevez, que ficou bastante surpresa ao descobrir que os olhos do Leo eram especiais. Conforme o diretor do hospital, na literatura do submundo, os Olhos Divinos são citados algumas vezes e, em todas as vezes, sempre há alguém próximo que se torna cego. Aparentemente aquele monstro que atacou o Leo e sua irmã era uma espécie de deus pagão, que no caso, selou um contrato com a irmã de Leo, possibilitando que ele continuasse bem, mas tornando ela cega. Bom, essa possivelmente é a única forma de se obter os Olhos Divinos, fazendo um contrato divino; sendo assim, para se livrar desses olhos e para fazer sua irmã voltar a enxergar, o contrato provavelmente terá que ser desfeito.

O interessante dessa parte é que, apesar de curtinha, conseguiu ser muito boa, pois nos deu algumas informações adicionais com relação aos olhos do Leo e ainda por cima mostrou que o personagem agora possui um objetivo fixo: restaurar os olhos e as pernas da irmã. O Leo definitivamente precisava desse foco, pois apesar dele ser o protagonista e aparecer sempre, às vezes ele apenas aparece para ser mais um; faltava foco e desenvolvimento pra ele. Ainda falta, na verdade, mas o que resta é esperar, não?

O resto do episódio se resumiu a uma bagunça gigantesca. Resumindo, basicamente Steven e o pessoal da Libra estavam tentando rastrear um grupo terrorista que estava tentando invocar um Estremecedor de Terra, que no caso, é um ser invisível que se conseguir encostar a ponta do seu dedo no chão causará uma destruição em massa. Sendo assim, no meio dessas investigações, antes mesmo de conseguirem encontrar esse grupo terrorista, um vilão que havia sido preso um ano atrás, resolveu aparecer e causar uma grande confusão na cidade, fazendo com que o pessoal da Libra tivesse que ir lá resolver o problema. Aliás, apenas um comentário inútil, mas… O nome do vilão — no português — era Planário, fazendo referência obviamente às planárias, que é um platelminto capaz de se regenerar de qualquer ponto do seu corpo; caso uma planária seja cortada no meio, por exemplo, duas planárias vão surgir. Conforme Steven, basicamente essa era a habilidade do vilão, fazendo ainda mais referências às planárias. Enfim, por conta dessa saída do pessoal da Libra, o prédio ficou vago e, se aproveitando disso, foi invadido por mosquitos especiais (?) que tomaram conta do lugar e transformaram aquele local em uma espécie de encubadora para que o mosquito-mor se transformasse em um deus (???). Por já superar a raça humana em alguns aspectos, o mosquito-mor conseguiu bloquear a entrada de qualquer pessoa no prédio, fazendo com que a escala de defcon do prédio chegasse ao nível 2.

Defcon é uma escala utilizada nos EUA para medir o nível de alerta das forças de defesa do país. Essa mesma escala é utilizada para medir o nível das forças de defesa de um sistema, por exemplo. O nível 2 de defcon quer dizer que o sistema está com uma alta prontidão, ou seja, seria muito complicado de hackear um sistema no nível 2. Com o decorrer do episódio, o nível de defcon do prédio da Libra chegou no nível 1, que é o ápice, sendo quase impossível de invadir esse sistema.

No fim, o problema com os mosquitos foi resolvido graças a Klaus, que junto de Leo escalou todo o prédio e conseguiu invadi-lo através de uma brecha mínima criada na defesa por Yurian — um hacker contratado por Steven. Sendo sincero, apesar de meio bagunçado, esse episódio foi muito bom. Além da trama divertida, também tivemos uma animação muito boa. Como já estamos no episódio 6, creio que agora algum arco devo começar lentamente, já que daqui a pouco o anime acaba, não?

Detalhes técnicos

Cinco sakugas. Tivemos cinco sakugas nesse episódio. Não diria que são “meu deus, que sakugas incríveis!”, mas também não são ruins. Duas das sakugas desse episódio pertencem ao Hirofumi Okita, que no caso, podemos dizer que é um “estreante” em Kekkai Sensen, já que essas são as suas primeiras para o anime. A outra pertence a Takashi Tomioka, que já teve participação na primeira temporada de Kekkai Sensen; é interessante notar que ele também já teve participações em Cowboy Bebop e Bungou Stray Dogs, mostrando que é mais experiente que o Okita, de certa forma. Aliás, o Takashi teve algumas participações em Magi e Sinbad no Bouken também. Continuando, tivemos também uma sakuga de Yuki Hayashi, que como já sabemos, já fez sakugas para essa segunda temporada de Kekkai Sensen; as sakugas da ending são dele. Pra finalizar, tivemos uma outra sakuga, que infelizmente é de um artista desconhecido.

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