Olá! Por conta de alguns erros de administração do meu tempo acabei por me atrasar, resultando em lançar uma análise de dois episódios em um artigo só. Mas, o lado positivo é que não perderemos nada nessa análise conjunta, na verdade, vejo até de forma lucrativa, pois ambos os episódios estão ligados por cenas e explicações.

Essas semanas nos entregaram um ótimo desenvolvimento do romance de Aoi e o Rei Tenji. Além disso, tivemos mais informações sobre o festival de fogos de artificio, e um belo drama com a história de Matsuba e Hatori.

Sem mais enrolações, vamos a análise.

O começo do episódio 17 expôs o que já vimos e revimos em Kakuriyo, o poder conquistador da culinária de Aoi. Mais uma vez nossa protagonista se viu em uma situação em que precisava inovar, buscar algo que agradasse uma “cliente” exigente. As aspas são por conta de Aoi não trabalhar para o Oryo-ya, então não era uma cliente dela, apesar de que tenho algo bastante relevante a comentar sobre isso, mas posteriormente entraremos nessa discussão. Para resumir a ópera: Aoi conseguiu agradar a Senhorita Yodoko, que é alguém importante para o festival de fogos de artificio.

Senhorita Yodoko feliz com a refeição preparada por Aoi.

Posteriormente, na conversa entre Hatori e Aoi, temos alguns pontos interessantes sendo levantados. O primeiro deles é que Aoi não teria sido levada ao Oryo-ya por acaso, mas sim a Ougon- douji tinha algum plano por trás disso. Se pararmos para pensar, realmente Aoi era a única com uma culinária inovadora no Reino Oculto, e também a única capaz de controlar os surtos de fúria do Sr. Matsuba, a Ougon sabendo dessas informações a teria levado para executar tais tarefas que seus empregados não conseguiriam. Será que tem algo mais, além de só agradar clientes importantes?

O segundo ponto importante merece um paragrafo, são as informações sobre o  festival de fogos de artificio. Hatori explicou a Aoi que as terras do Sul sempre foram acometidas por grandes problemas naturais (tsunamis, entre outros) e por isso é uma cidade pouco desenvolvida, e com uma taxa de pessoas miseráveis bem alta. Mas, o grande motivo desse festival, é por conta de um ayakashi maligno que aparece de tempos e tempos e causa destruição na cidade, só que com o festival ele seria entretido e acabaria por não realizar o que pretendia.  Essa cerimonia se constrói em cima de artefatos sagrados ( como o Licor do Sr. Matsuba) , ao todos são cinco artefatos que devem ser reunidos, e se não forem o festival falha, acarretando nos desastres naturais.

Na cena seguinte vimos o “primeiro fruto do amor do Rei Tenji e Aoi”. É claro que não foi literalmente, mas sim algo advindo do colar com chama de ogro que o Rei fez para sua esposa. A cena foi muito agradável então vale ressaltá-la.

“Ai” a primeira filha do Rei Tenji com Aoi.

Mais a cena que mais agradaria desse episódio viria em seguida, quando vemos Aoi e o Rei Tenji na praia no pôr-do-sol, naquele momento imaginei que as cenas da ending seriam reproduzidas, porém isso não aconteceu. Antes de falar o que entendi da cena, vamos aos fatos: vimos o reino eterno, lugar onde será realizado o festival, esse reino é um lugar diferente tanto do reino Oculto, quanto do aparente.

Pois bem, já não de hoje que o Rei Tenji vem conseguindo desarmar as defesas de Aoi, e vem conseguindo sensibilizá-la. Nesse episódio, mais uma vez ele consegue isso. E Aoi repetiria uma frase: “Não é justo!” Você, caro(a) leitor(a), pode se perguntar o que não é justo no ponto de vista dela? Vejo da seguinte forma: Não é justo que aquele que ela disse que nunca iria se casar esteja conseguindo sensibilizá-la tanto, não é justo que negar as afirmações dele vem se tornando cada vez mais difícil, não é justo que a blindagem que ela criou para evitar a aproximação do Rei cada vez mais está se diluindo, não é justo que seu corpo fique corado de uma maneira que ela não consegue evitar… Nada disso é justo, mas quem disse que se apaixonar é justo, não é?

“Não é justo!”

Essa cena ótima do Rei e de Aoi foi interrompida por um grande barulho vindo do Oryo-ya, e aqui que entramos no episódio 18, e também é aqui que demarcamos o começo de um belo drama envolto da história de Matsuba e Hatori.

Matsuba é alguém abraçado por frustrações, seu sonho sempre foi se casar com uma humana, e nunca conseguiu, sendo assim, se casou com uma ayakashi, e descontava nela o fato de não ter realizado seu desejo.  Não irei defender ele, pelo contrário, vejo a atitude dele como repugnante, mas todos somos suscetíveis a erros, ele não era diferente. Me impressionou positivamente a atitude de Hatori em defender sua mãe, é claro que vender sem o consentimento de seu pai o produto mais importante da tribo é um erro, mas foi uma atitude que serviu como um grande tapa em Matsuba.

Mas, como reaproximar filho e pai, que logo quando se veem acabam brigando? Aoi tevê a brilhante ideia  de fazer um prato que era muito importante para ambos no passado. Você, Leitor(a), já experimentou um prato de sua terra natal após muito tempo sem prova-la? Se sim, sabe como isso é muito bom. Além do prato, Aoi também sensibilizou os dois mencionando a sua infância e os problemas com sua mãe. Isso tudo nos rendeu uma ótima cena, Matsuba e Hatori se acertando e comendo o Hameni com lagrimas nos olhos.

Hatori e Matsuba chorando e comendo o Hameni.

Nos bastidores da preparação da refeição, Aoi cozinhou com o Rei, algo que ele invejava de Genji, e que se realizou.

Em meio a toda essa confusão da refeição, Aoi desmaiou falando de seu passado, e seu marido a ajudou. Aqui é demarcado um novo patamar no romance entre os dois, pois é a primeira vez que Aoi não rebate a afirmação do Rei Tenji, e aceita que ter ele como sua família seria algo muito bom. Esperamos 18 episódios para ouvir isso, essa longa espera, que perpassou por muita relutância de nossa protagonista, e uma constante luta do Rei para tentar conquistar a confiança e o amor dela. Talvez ainda não tenha sido o suficiente para ela assumir publicamente, ou seja, reconhecer para o próprio Rei o que ela sente, mas o primeiro passo é quando internamente você já não aguenta mais, e pouco a pouco seus sentimentos transbordam.

A cena de Aoi aceitando os sentimentos.

Aoi vê no Rei alguém que sempre está ali disposto a ajuda-la, se ela cair ele a ajuda a levantar, se ela chorar ele enxugara suas lágrimas, algo incrível da parte dele e que aos poucos conquistou o coração de Aoi. Já diria o ditado: “Quem ama, cuida” e ela passou a entender isso.

A cena final mostrou um ayakashi olhando para Aoi. Não há dúvidas de que ele aparece na abertura, também com esse olhar maligno com relação a Aoi. Alguns ayakashi gostam de se alimentar de humanos, e talvez seja esse caso desse. Com certeza alguma trama será feita envolta disso, mas vejo Aoi segura ali, com Genji e acima de tudo o Rei Tenji sempre de olho nela.

Essa foi a análise de  Kakuriyo no Yadomeshi episódios 17 e 18. Ambos foram ótimos, fazia tempo que Yadomeshi não entregava episódios tão bons, que ressaltassem sua a agradabilidade ao público, e que tragam os pontos tão esperados no romance de Aoi e o Rei Tenji. É impossível assistir as cenas desses dois e não sair com um sorriso no rosto,o cenário, os discursos, e a trilha sonora também, sempre são muito boas e deixam o público encantado com a cena.

Obrigado por acompanhar, até o próximo artigo.

Nunca se sabe de onde pode surgir o amor, da pessoa do lado ou de alguém que vimos pela primeira vez, até mesmo esse sentimento pode se atrelar a um ayakashi. Das profundezas do ainda misterioso mundo para os humanos, chamado de Reino Oculto, pode surgir um dos mais verdadeiros sentimentos…

Comentários