Nos últimos tempos inúmeras obras com o fenômeno isekai  têm sido lançadas por aí. A parte boa é que a proposta inicial é muito interessante e fácil de ser explorada, o que pode render uma ótima história, ou não. Como qualquer tendência, muitos clichês estão presentes nas obras desse tipo e cada vez mais a diferença entre elas parece não existir. E como um fã desse tipo de obra, eu geralmente dou uma chance para praticamente todas as obras que vejo (tem algumas que eu ainda não comecei), afinal, ainda que falte originalidade sempre terá um detalhe aqui e ali que será interessante, assim como a visão e a maneira como o autor desenvolve sua história. Dito isto, vamos falar sobre o isekai dessa vez.

O traço é interessante principalmente em cenários

Hoje eu estava tentando achar um mangá interessante para fazer esse artigo e por me distrair facilmente em certos momentos, acabei lendo alguns capítulos lançados de obras que leio e quando percebi havia achado uma que chamou a minha atenção. Exterminator ou Kujonin é um isekai que inicialmente parecia apenas mais um onde eu teria que procurar pelos diferenciais e bom, apesar de não estar errado, não estava completamente certo. Nessa obra seguimos a história de Naoki Komuro, um exterminador de insetos que apesar de estar num novo mundo, continua fazendo o mesmo trabalho apesar da diferença de algumas criaturas. Sim, ele simplesmente recebe missões como qualquer outro aventureiro  as quais consistem em exterminar pragas. Inicialmente parece tosco mas acaba que essa história tem muito mais a contar do que parece.

Pensa num maluco gente boa

Naoki é um cara tranquilo que aparentemente não possui os clichês de habilidades com magia ou espadas e por isso, ele nem precisa se preocupar com outros assuntos que estejam fora da área de atuação dele. Claro que com o tempo isso muda e ele acaba sendo um personagem extremamente forte e capaz de várias coisas por conta de seu nível mas ainda assim, sua mente e seu trabalho não mudam. Ele continua sendo um cara simples que faz os trabalhos que ninguém quer ou consegue (exterminar pragas pode ser mais difícil do que parece). E como qualquer isekai, temos o surgimento de alguns personagens.

Com o tempo ele fica fortinho

Por conta de sua personalidade, Naoki acaba sendo uma pessoa bem vista e simpática, tendo uma boa relação com todos. Logo ele faz amizade com uma elfa de 800 anos e a recepcionista da guilda. O interessante disso? Elas não entram para o harém dele nem nada do tipo e são simplesmente pessoas com quem ele tem uma ótima relação. Depois dois escravos aparecem e as ações dele chamam a atenção. Ao invés de usá-los como escravos (ainda que cuidasse bem), ele simplesmente os prepara para viver uma vida livre onde eles podem possuir um trabalho normal e viver suas vidas. Nisso, Balzack, o mais velho, consegue um emprego fixo enquanto que Sera, uma moça jovem que gosta do protagonista acaba seguindo um destino interessante. Ou seja, há um envolvimento entre eles mas como o próprio protagonista diz: “Valorize cada encontro pois nunca se repetirá”. Baseando-se nessa frase, Naoki toma a decisão de viajar pelo mundo para conhecê-lo.

Gostaria de dizer que eu amo essa personagem

No fim, esse isekai foge dos clichês onde um herói possui algumas garotas que gostam dele, um ex-otaku fracassado ou um jovem imaturo. Temos um cara consciente do que quer, seja sobre sua vida romântica ou não e que apesar de seus poderes, faz um uso diferente e interessante. Os personagens secundários tem um desenvolvimento muitas vezes importante na obra e até mesmo Naoki acaba evoluindo como personagem. A arte é boa e o os capítulos possuem entre 30 e 50 páginas. Exterminator possui atualmente 10 capítulos em português e tem como fonte original uma webnovel que possui em torno de 300 capítulos (em andamento), isso sem contar com a adaptação para light novel que tem 7 volumes atualmente.

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