Enfim, a Operação Arclight se concretiza e Steins;Gate 0 chega ao último momento antes de seu final marcado para Dezembro. A Operação Altair também é um sucesso, e após todas as idas e vindas nas linhas do tempo um grande plano embaralhando o presente, o passado e o futuro ganha forma para tornar possível uma linha do tempo sem a guerra ou o Amadeus, mas com a Makise Kurisu e a Shiina Mayuri vivas e felizes. Um episódio inesquecível digno dessa obra-prima. Que se abra o Steins Gate!

A primeira missão do Okabe era tornar a viagem da Mayuri e da Suzuha um sucesso, mas para isso os esforços dele teriam que ser diferentes, afinal, aquela já era outra linha do tempo. Como a Moeka foi ajudar ele em uma das tentativas fracassadas, sacar mão dela agora não foi forçado, muito menos no que se refere a ajuda da Kagari, pois a atitude da Mayuri foi mais efetiva do que seria só com diálogo.

É assim que alguém gentil como a Mayuri combate a violência, é assim que ela recebe a incumbência de proteger um futuro a salvo para todos ao ter as bênçãos do seu Hikoboshi para voltar no tempo e dar a ele o choque de realidade que ele precisava.

Todo esse trecho do telhado foi bem simples, mas ao mesmo tempo sensacional. Só não entendi como o Okabe tinha certeza de que a viagem seria um sucesso, mas acho que após repetir aquilo inúmeras vezes ele conseguiu sentir quando era pra valer.

E é nessa volta ao passado que um paradoxo temporal quase ocorre, mas usar uma ligação para fazer a Mayuri do futuro conversar com a do passado foi uma boa forma de evitar o encontro que, aí sim, causaria, sem dúvidas, o paradoxo. Foi um momento bastante “peculiar”, pois nem mesmo o Okabe havia se comunicado consigo mesmo diretamente ainda na série, mas era isso o que poderia ocorrer dado o local de chegada da máquina.

Foi nessa bela conversa em que ela confiou o destino nas mãos de si mesma, mudando o passado para algo mais próximo do que havia ocorrido no anime original, e de quebra dando abertura para o resgate dela e da Suzuha já que a máquina delas estava em seu fim.

A Operação Altair foi criada para isso, para salvar a Mayushii e a Suzu-chan! Porém, o que ocorreu no telhado em 2010 resultou ou não na chegada do Okabe ao Steins Gate? Se resultou, então por que se mostrou a Operação Altair para encerrar a exibição televisiva do anime? Foi apenas fanservice?

Se foi funcionou, porque como não se arrepiar até a espinha com a majestosa cena na qual o mad scientist Hououin Kyouma caminha para salvar suas companheiras? Eu não faço ideia, pois, todo esse episódio foi arquitetado para este momento, erguido na base de cenas maravilhosas, sejam em 2011 ou 2010.

Além disso, e apesar de eu achar isso um pouco sacana, realçaram toda uma expectativa para o OVA vindouro, pois nele devemos ver não só como se deu a chegada do Okabe ao Steins Gate, o que deve ser muito similar ao anime de 2011, mas, principalmente, como eles viverão na nova linha do tempo.

Nela ele se lembrará da Maho, do Amadeus, que “cortou um dobrado” para tornar possível alcançar o Steins Gate, etc. Então espero que algo conclusivo saia daí, uma felicidade esperada e merecida por tudo o que ele e os outros personagens fizeram nesse anime. Um true ending (final verdadeiro) feliz!

Achei genial a Maho proferir os dizeres principais da série quando o Okabe viaja em 2025, as músicas usadas nesse episódio foram magistralmente encaixadas nos momentos corretos – como o momento em que a Mayuri estapeia o Okabe ao som de Hacking to the Gate ou o final no qual é Gate of Steiner que guia as emoções do público ao ápice – e todos os acontecimentos se interligaram muito bem – a cena lá do início do anime era uma predição do seu fim –, dando a impressão de que tudo realmente foi bem planejado desde o início, e que tudo dará certo não apenas por causa do Okabe, mas porque todos os outros também deram o melhor de si. Um quase final com cara de final e qualidade de final.

Em meados de dezembro o OVA deve sair, então assim que possível trarei meus últimos comentários sobre o anime, e também uma resenha que espero fazer jus a essa maravilhosa obra. El Psy Kongroo!