É um pouco difícil imaginar o que esperamos de um anime que mal temos conhecimento. Por se tratar de um original essa tarefa se torna mais difícil ainda, já que nem mesmo podemos fazer uma breve pesquisa a respeito do enredo e tentar criar alguma expectativa a partir disso. Então, o que nos restou foi esperar este primeiro capítulo – além de ler a sinopse e ver os trailers – e tirar algumas conclusões que podem estar totalmente erradas. Porém esse primeiro episódio nos surpreendeu positivamente, já que nos intrigou e prendeu em alguns momentos. É justamente sobre isso que iremos discorrer neste texto e esperamos ajudá-los, ou animá-los um pouco, em relação a decisão de continuar/começar a assistir ou não essa animação.

Basicamente Irozuku Sekai no Ashita Kara conta a história de Tsukishiro uma garota que possui conhecimentos mágicos – algo de família -, mas que, aparentemente, sua maior característica é ser totalmente apática – isso fica totalmente evidente neste primeiro episódio, já que o que pensamos dela foi que se tratava de um personagem totalmente sem graça, mesmo sendo bem kawai -. Claro que essa não é uma das melhores características para um personagem principal, mas acreditamos que esse é um dos pontos centrais do anime, já que supostamente sua avó – que também é uma maga – a mandou para o passado, para 2018, em uma forma de tentar ajudá-la com isso, talvez trazer um pouco mais de vida, ou ânimo, para a sua existência.

Algo que não ficou muito claro, ainda mais se pensarmos na sinopse do anime, é se a intenção da avó era ajudá-la especificamente com a apatia – como imaginamos -, ou com o fato dela não conseguir enxergar as coisas, algo que podemos perceber, também, que mudou com a sua viagem no tempo.  

A história acontece inicialmente no ano 2078 que é um pouco diferente do tempo atual, já que as pessoas possuem equipamentos eletrônicos bem futuristas – apesar de não serem não serem absurdos -. Esse ponto não foi bem explicado, ou abordado, já que surgiu uma grande dúvida se eles realmente se tratavam de equipamentos eletrônicos, ou fazia parte da magia. Provavelmente é a primeira opção, já que aparentemente nem todas as pessoas possuíam um grande conhecimento mágico. Isso é algo que descobriremos mais à frente.

Uma coisa que achamos legal foi o peso que as cores tem nessa história. É interessante perceber como cores nesse contexto simbolizam felicidade, pois na maior parte do episódio Tsukishiro é apresentada com um aspecto totalmente infeliz, ainda mais quando as imagens mudam para tons de cinza e o ápice do episódio se encontra o final, quando ela finalmente consegue ver alguma cor e fica totalmente empolgada com isso. O uso de cores é algo que poucos animes se importam de usar, ou aplicar na história, mesmo elas tendo muitos significados.

Esse anime usa esse conceito e vai um pouco além. Ele consegue sincronizar e simbolizar as cores com a personagem principal e é extremamente interessante como conforme o episódio progredia, nós víamos as coisas como normalmente enxergamos e em alguns momentos ficavam em preto em branco.

Outro ponto importante que percebemos neste episódio foi que por causa desses cortes nós meio que simpatizamos com a personagem, pois experimentamos o que ela sente, ou seja, um pouco de sua angústia por não conseguir ver de fato as cores. Esse é um ponto bem triste, já que, como mencionamos antes, as vezes elas dão sentido pras coisas.

Por fim, ela provavelmente vai estar um pouco enrolada nessa nova etapa de sua vida, já que se encontra em um lugar onde ela praticamente não consegue viver uma vida normal – levando em consideração que não sabe nem como abrir uma janela, ou o que é um curativo -, ainda mais quando a pessoa que ela esperava encontrar naquela época não está presente.

No geral, tirando o fato que de que não nos foi apresentada uma vastidão de acontecimentos e explicações nesse primeiro episódio, o anime é muito bom. Muitos provavelmente irão pensar que não ter acontecido muitas coisas é algo ruim, porém, tudo isso era esperado e foi justificado. O anime fez um ótimo trabalho com o cenário ou efeitos especiais, que tornou a experiência muito agradável. Talvez seja necessário mais alguns episódios para que cheguemos a uma conclusão a respeito de todo o enredo, mas no geral estamos satisfeito com o que nos foi apresentado.