Poxa, gostei bastante desse episódio, se duvidar até mais que dos anteriores. Não que ele não tenha tido problemas – é SAO, sempre terá problemas –, mas dessa vez a Asuna buscou tomar as rédeas da situação e a mudança de cenário me dará a oportunidade de comentar outras coisas interessantes. A volta do Kirito não está longe e vale a pena esperar se for para entender melhor o Projeto Alicization.

A tia do Kirito é uma linda MILF, hein…

O coração do Kirito parou e foi criada toda uma tensão com o ocorrido, como se a vida dele estivesse mesmo em perigo, e até estava, o problema é que essa tensão que SAO cria no mundo real – e tantas vezes criou até no virtual – é completamente falsa. Nós sabemos que o protagonista vai se erguer de novo, que ele não deve ter qualquer sequela “grave” e com certeza não será impedido de fazer nada.

Não que ele ou algum amigo dele tivesse que morrer, mas SAO não passa uma sensação crível de que há risco a integridade de seus personagens, muito menos que eles terão algum prejuízo notável. Não acho isso um grande problema, mas “romantizar” tanto cenas que não darão em nada me incomoda.

Is this loss?

Enfim, pelo menos a coisa pareceu séria, o que justificou a intervenção do manda-chuva do governo e a preocupação da quase esposa do protagonista e de seu pseudo-harém.

Deixando o sarcasmo de lado, o “app stalker” da Asuna bem que veio a calhar agora que seu amado foi levado para longe e a inversão de papeis se fez necessária. Agora cabe a ela resgatar o namorado, mas exatamente do que, quando e como?

Quando você possui uma família na qual a filha é bem-criada e ajuda seus pais, fica mais fácil encontrar pistas que levem a projetos ultrassecretos em solo estrangeiro – sendo a Yui fica –, então o que restava a Asuna senão adiantar as férias nos EUA para ir atrás do homem da sua vida?

É impressão minha ou a Yui só fica mais fofa a cada temporada? ❤

Tudo bem, os últimos parágrafos ficaram cheios de sarcasmo, mas sério, isso não foi o problema, não se a gente lembrar que a família da Asuna é rica e que o feito do Kayaba Akihiko foi tão monstruoso que a viúva dele deveria se envergonhar do fundo de sua alma se não desse uma mãozinha a alguém cuja dor ela mais ou menos entendia. Aliás, quem mais odeia o criador do SAO com certas ressalvas?

No fim do arco clássico confesso que me senti bastante incomodado quando o Kirito não aparentava sentir ódio pelo Kayaba, mas com o tempo fui vendo que ele não é apenas um monstro que sepultou a vida de muitas pessoas – okay, de certa forma ele nunca vai deixar de ser isso –, mas ele também é um visionário, um verdadeiro mad scientist.

Nunca vou achar que seus fins justificaram seus meios, só talvez haja no personagem e na trama que o envolve algo a mais que somente o sacrifício de pessoas inocentes. Um ideal de mudar o mundo, de promover uma mudança no jeito como as pessoas lidam com a real e o virtual, além de abrir meios para que os benefícios que vêm disso possam ser colhidos.

Repito, acho que seus fins jamais justificarão seus meios, ele não vai deixar de ser um vilão só porque há mais tons de cinza em seus atos do que uma primeira reflexão normalmente acusaria.

Porém, não é como se a obra fosse aproveitar bem esse potencial e pode ser que aproveite para “limpar a barra” do personagem, levando embora parte da culpa que ele sempre deve “carregar” pelas suas escolhas.

Enfim, não um completo monstro, nem um completo santo; mas um humano que escolheu os meios mais questionáveis possíveis, e pelo qual o protagonista nutre uma perigosa “admiração”, a qual me parece ser mais intensa que a aversão ou o próprio ódio pelo que ele fez. O Kirito até o agradece, né?

Mas já chega de falar do comandante, agora é hora de falar de TekPix! Quero dizer, da heroína Asuna que dá uma de espiã mestra em se disfarçar e com a ajuda da mulher de bandido consegue garantir a vitória na conquista pelo coração do amado – afinal, você e eu sabemos que são as loiras que sempre vencem no final do anime –, encurtando a distância de trocentas milhas, chegando até a tal tartaruga marinha que mais me pareceu uma pirâmide daquelas que sempre brotavam em “Yu-Gi-Oh!” como um sinal de que a treta estava próxima.

Sendo esse mesmo o caso, a diferença reside na maneira como a coisa foi feita, pois acho que o Kirito deva ter assinado algum papel dando direito para o efetivarem a funcionário de tempo integral caso algum acidente acontecesse. Apesar do sarcasmo, meio que é um regime de trabalho escravo, né? A diferença é que estão pagando ele com a manutenção da sua vida e a promessa de uma cura milagrosa que não deixará sequelas graves, se duvidar o deixará mais forte.

“Você esperava uma loiraça americana, mas sou eu, a sua heroína principal de sempre.”

É, devem encontrar uma explicação razoavelmente convincente para a recuperação dele – eu espero que encontrem –, restando a mim apenas a curiosidade por saber mais detalhes sobre tal projeto de dominação mundial das loiras – opa, de fazer o mundo todo engolir que Alice é a nova moda – e qual será a participação da Asuna nele.

Ela ficará nos bastidores torcendo pelo Kirito como as meninas de Anima Yell! ou não só oferecerá seu suporte, como também tomará um pouquinho do protagonismo para si? Espero que seja o segundo caso, pois eu gosto mais da Asuna decidida a fazer alguma coisa e muito menos da Asuna que fica só na sombra do Kirito ou literalmente some da história para ele jogar com outras pessoas. Pareceu ter rolado pouca coisa, mas o episódio até que foi bom. Até a próxima!

Asuna guerreira >>> qualquer outra Asuna

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