Chegamos ao sétimo episódio de Irozuku e ele foi meio confuso, tanto em relação ao contexto, quanto ao clima. O anterior acabou inesperadamente, com a Hitomi falando que conseguia enxergar cores, enquanto o sete começa com o pessoal do terceiro ano pensando no futuro deles. Não tem nada de errado, a história faz sentido, porém, eu acreditamos que a ordem dos episódios não é das melhores. Parecia até que se o oitavo e o sétimo tivessem trocado de lugar, as coisas poderiam ter uma transição melhor.

O sétimo episódio foi bem legal de se assistir. Até agora o anime tinha uma grande influência da magia e cores, mas esse episódio foi diferente. O tema do episódio não envolvia magia, já que estamos falando sobre o futuro de cada um de lá, mais especificamente da Kurumi (a garota de óculos). Por causa disso ela teve maior parte do foco no episódio, o que fez com que o episódio fosse levemente diferente. Graças a ela o anime nos lembra que o mundo deles não é só sobre magia e que quem tem acesso a magia é a minoria. O resto são pessoas normais igual todos nós que precisamos pensar sobre universidades e sobre o que nos motiva a montar uma carreira/futuro.

Alguns aspectos do episódio que foram interessante de ver é que esse ele meio que muda o foco do anime. Até o episódio anterior o anime foi focado na Hitomi e a deficiência dela de ver cores, porém, com esse episódio, as coisas mudam, já que a Kohaku consegue ver cores – mesmo que inconsistentemente -. Surgem questionamentos dos outros personagens, como por exemplo começar a pensar sobre como ela vai voltar pro futuro, ou se ela realmente quer isso.

Outro aspecto é que nós conseguimos observar um pouco da vida dos personagens secundários, como por exemplo o que eles fazem quando eles não estão no clube, ou quando estão com a Hitomi e a Kohaku. Nesse caso tivemos uma história focada na preocupação com o futuro e universidades, como mencionado antes. Principalmente a Kurumi que está tendo dificuldades em descobrir quem ela é e o que ela quer no futuro.

Kurumi tendo síndrome do impostor é interessante, já que isso é um problema que a maioria das pessoas tem e não sabem como lidar. Claro que o episódio foi curto demais para criar um grande impacto e a Kurumi, no final das contas, é um personagem secundário e o foco continua sendo a Hitomi. Mas, é interessante que a forma que o anime faz a Kurumi resolver, ou lidar com, a síndrome é conversando com os amigos dela. Uma forma simples, porém é bem eficaz tanto para nós quanto pra ela, já que é assim que nós acabamos descobrindo mais coisas dos personagens e nos simpatizando um pouco ela.

No geral, um aspecto interessante, mas não tão bom assim, é o timing que o episódio saiu. Ele meio que não concluiu direito o sexto episódio e já apresentou outro tema. Tudo bem que no oitavo os dois temas são abrangidos, porém quem viu o sétimo pode se sentir confuso. Apesar disso, nos sentimos satisfeitos com esse episódio, já que ele mostrou que o anime tem um plano de como continuar e parece ser bem interessante, já que iremos ver não só a Hitomi tendo dificuldades, mas sim todo o elenco.

Apesar da primeira parte do oitavo episódio ter começado de uma forma descontraída, com a Kohaku fazendo todos aqueles testes com a Hitomi, tivemos um final um pouco tenso, que vamos comentar mais para frente. Ficou bem óbvio que a Kohaku está muito empenhada em descobrir uma forma de resolver os dois principais problemas da sua querida neta, mas primeiramente ela está pensando em uma forma de fazer com que a Hitomi consiga enxergar as cores novamente.

Claro que como uma boa estudiosa ela procurou partir do princípio, ou seja, de quando a Histomi começou a ver algumas cores, ou mais especificamente o que desencadeou essa situação. Ela percebeu logo de cara que não era somente uma coisa ligada com o lugar que a personagem principal se encontrava, mas também quem estava envolvido. Todo mundo sabe desde o começo desse anime que o Yuito tem uma relação enorme com isso e era claro que a Kohaku logo pensou que provavelmente forçar um contato dos dois ajudaria nisso tudo.

Uma questão interessante e que não tínhamos pensado ainda é o fato de que provavelmente a Hitomi não consegue ver as cores por culpa de alguma magia. A sua avó chegou a essa hipótese, porém algo importante nisso tudo é que ela acredita que a pode ter sido uma magia realizada pela própria Hitomi, o que não seria tão estranho. Isso acabou gerando várias questões, como por exemplo se ela acabou sofrendo alguma situação traumática que acabou levando ela a se amaldiçoar dessa forma.

O lado positivo disso é que se realmente foi uma magia que ela utilizou inconscientemente, provavelmente não será tão impossível assim reverter, já que de alguma forma seu subconsciente está fazendo isso por conta própria.

Vale salientar aqui que elas provavelmente são de uma família poderosa, ou pelo menos possuem um potencial mágico muito grande. Apesar disso, ninguém vira um mago bom de verdade sem estudar bastante, a Kohaku sabe muito bem disso. Com toda a certeza ela é uma pessoa muito boa, já que seu maior desejo é fazer as pessoas felizes com magia.

Por fim, quando achamos que a Kohaku estava evoluindo bastante com a sua mágica acabamos descobrindo que na verdade as coisas não iriam ser tão fáceis assim. Provavelmente ela ainda terá que ler e estudar bastante sobre magia antes de conseguir fazer qualquer magia que envolve o tempo. Na verdade não sabemos se ela realmente deseja conseguir isso tão cedo, já que ela – e outros personagens – parece preocupada com o fato de um dia a Hitomi desejar ir de volta para o futuro.

Os dois últimos episódios de Irozuku foram bons, levando em consideração que apresentaram algum avanço significativo na história. Esse anime continua sendo algo leve de se assistir, não possui grandes dilemas, mesmo com a personagem principal tendo grandes problemas, já que, apesar de toda a vergonha, as coisas parecem sempre fluir tranquilamente para ela, ou pelo menos todos aceitam bem tudo o que está acontecendo. Não sabemos ainda onde o anime irá terminar, ou se a Hitomi irá desejar voltar para o seu tempo, mas enquanto essa resposta não chega estamos nos divertindo com as cenas fofas dos casais dessa história.