O oitavo episódio da série traz o humor clichê que se propôs a fazer em uma outra escala, as duas partes trabalham bem a tolice de suas personagens, exibindo seu carnaval de loucuras com alguns pequenos elementos que definitivamente funcionaram muito bem.

Sabe aqueles filmes de bebês em que eles se perdem, ou são deixados na mão de alguém e a pessoa tem que se virar nos 30 pra dar conta? Pois bem, na primeira esquete eles puxam uma ideia que sai dessa fonte, mas o diferencial é a situação em que um bebê acaba se metendo aqui.

Quando pensamos no que pode acontecer, o comum é o pai temporário não saber nem como carregar a criança, quiçá as outras tarefas e com Fuma e Honda não foi diferente. A curiosidade da coisa é que ambos são mudos – ao menos fingem que são ou não podem falar mesmo, quem sabe -, mas conseguem se comunicar perfeitamente bem, como se pudessem ler a mente um do outro.

Por serem “pais” de primeira viagem, o que marca a experiência dos dois com o bebê é o exagero – se bem que, o pequenino dá mais trabalho que um exército -, e eles ficam sem descanso, não só por sua ignorância no assunto, como também pelas necessidades dele. Quando as coisas já pareciam ter acalmado um pouco pros dois colegas exaustos, os outros samurais descobriram a existência do recém nascido e decidiram intervir ajudando com ele e buscando por sua mãe – que no fim das contas era mais aloprada do que eu achei que fosse -.

Achei engraçado que a direção optou por fazer graça quebrando uma “regra” do mundo real quando as mulheres demonstram ter mais tato do que os homens pra os cuidados com crianças. A sequência protagonizada por Matsu e Kasuga foi uma verdadeira onda, com as duas pedindo pra tomar conta do inocente e passando a bola quando ele abriu o berreiro, dando pontos a Kojuro e Sasuke que mostraram seus instintos paternais comparando seus mestres com o bebê.

A segunda esquete volta a temática do embate entre Tokugawa e Mitsunari com as eleições, mas trazendo uma competição que antecede esse evento final. Como muitos de nós sabemos, a Batalha de Sekigahara é largamente conhecida por ter marcado a vitória de Tokugawa e o início de seu shogunato pós Toyotomi.

Na Academia Basara essa disputa nada mais é que uma divisão de “reinos” entre leste e oeste, onde os alunos recrutam pra se enfrentarem numa calorosa partida de queimado (ou baleado, dodgeball, qualquer um dos vários nomes que todos conhecem). Neste presente ano, os líderes foram exatamente os dois combatentes protagonistas da guerra real.

Na corrida pela aquisição de forças, o que chama atenção é que o caráter deles e de seus subordinados define a metodologia de recrutamento. Mitsunari apela pra coletar apenas os mais fortes usando de chantagens, mentiras e tudo que pudesse usar ao lado de Sakon e Otani – que também não são exemplos de jogo limpo -. Tokugawa em contrapartida, reflete o valor de sua própria convicção, chamando a todos sem restrições e apostando que o laço que unia os estudantes, faria com que eles o escolhessem – o que fez com que Katsuie decidisse se mexer -.

Mesmo com todos os personagens tendo seus 15 minutos de fama, sempre tem aqueles que dão um toque a mais na cena. Primeiro destaco Mori, que ficou até o fim aguardando seu chamado – deu uma pena do coitado -, e Matabei com seus desejos literários de vingança, que sempre são receita certa pra risada.

Já a outra perola é a Kasuga, que reforçou em todo o episódio o que eu sempre achei sobre o seu jeito divertidamente imprevisível. Além de ter se “cagado” com o bebê na primeira parte, ela ganhou minha atenção nessa esquete encenando a melhor sequencia dela, quando descobriu a farsa do trio Mitsunari e tentou criar a sua versão jutsu dos poderes de Sailor Moon para punir os patifes.

Pra fechar, como sempre ninguém levou a melhor e fizeram mais uma competição inútil no meio das eleições – que ainda não teve seu ápice -, mas no final o que vale é a diversão e eles o fizeram. Devo dizer que quando fica mais comedida e meio disfuncional nas situações, Gakuen fica na linha do meio, mas quando fazem algo um pouquinho mais exagerado e fora da caixinha a coisa engrena melhor.

Tá entregue um outro bom episódio, e que o número 11 divirta mais do que esse!

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