Se um dia você, caro(a) leitor(a), for preso e quiser fugir – que isso fique só no campo das hipóteses, não estou incentivando ninguém a cometer um crime, ok? – reveja esse episódio de SAO, pois ele é um manual de como não agir em uma fuga; e olha que até foi bom para o padrão de SAO Alicization – o problema é esse padrão ser baixíssimo. É hora de dar uma fugidinha com SAO aqui no Anime21!

Que a Alice não era a mesma do País das Maravilha, digo, do vilarejo do qual ela foi levada quando criança eu já esperava, agora ela precisava bater no crush daquele jeito “carinhoso”?

Zoeiras a parte, quem comete um crime tem que ser preso mesmo, isso vale para qualquer sociedade civilizada. Eu só gostaria de entender por que a Alice levou a espada dos acusados com ela? Para colocar sua mão grande nas valiosas provas do crime? Não, se fosse para isso ela as teria levado antes.

Precisou que as kouhais as trouxessem. Eu desconto até a conversa dos heróis com as garotas – seria equivalente a ligação que o preso costuma ter direito? –, mas que raios de “policial” esquece as provas do crime?

Parece brincadeira, mas é sério, o quão idiota é isso? Enfim, esquecendo as figurantes esquecíveis, os heróis transgressores são levados para a prisão. Enquanto isso giram 360 graus e o foco volta a Asuna no mundo real.

Um detalhe, ela não vê onde o Kirito está e pelo que está passando? Se não vê, o que ela está fazendo na Tartaruga, só observando seu corpo em coma de longe? Continuando, o estranho robô de nome maravilhoso aparece e foi nesse momento que me liguei em algo que havia esquecido.

Se querem usar Fluctlights Artificias para matar pessoas, então não vão ter que arrumar corpos para enfiar as almas artificiais lá dentro? Se sim, seria possível transferir a mente de um humano para um desses corpos?

O quanto tal tecnologia evoluiu no curto período de tempo que se passou desde que a Yuuki Konno morreu? Sim, se ela era uma paciente pioneira no tratamento com o medicuboid, por que não dar a ela usa chance de ter sua vida salva usando mais tecnologia de ponta?

Eu sei que essa tecnologia do corpo para as IAs está sendo desenvolvida pelo exército e que usar isso na medicina é a última coisa na qual eles devem estar pensando – afinal, querem é matar gente com isso –, mas por que o autor não sacou de um artifício desses em Mother’s Rosario?

Por que ele escreve de um modo realista em um arco para no arco seguinte mostrar o que seria a solução para um problema anterior?

Isso nem é exatamente um defeito, mas é disso mesmo que SAO se trata? A tecnologia vai avançar a medida da necessidade e não mantendo algum nexo?

No próximo arco as pessoas conseguirão trocar de corpos e farão o mundo virtual invadir de vez o mundo real?

A obra saiu de um arco que usa o VR para fins medicinais para um que usa para fins militares, e com uma tecnologia avançada até demais; então não consigo evitar de me chatear por a solução milagrosa surgir só quando é “CONVENIENTE”.

Deixando isso de lado, por que não comento a fuga mais idiota que vi na ficção nos ultimos tempos? Sim, pois foi isso mesmo o que ela foi!

Como – em um mundo no qual as pessoas são capazes de usar força sobre-humana, ao menos em comparação com pessoas do mundo real, e também magia – não verificaram que tanto o Kirito quanto o Eugeo tinham destreza suficiente para quebrar as correntes?

Já tinha ficado claro que a Alice era uma péssima “policial”, agora todos os outros que estão ao redor dela também são idiotas? Eu sei que quebrar o Código de Tabus nesse mundo não deve ocorrer com frequência, mas isso não justifica tamanho despreparo em lidar com a situação.

Pior, o guarda estava dormindo. Não dava para colocar dois guardas para um ficar de guarda enquanto o outro dormia? O pior, na verdade, ainda estava por vir. E a segurança externa? É zero? Todo mundo estava dormindo – okay, quase devido ao que rolou no final – enquanto um assassino e um mutilador estavam presos?

Sabe de uma coisa? Tem coisa ainda pior sim! O Kirito e o Eugeo fogem e param para admirar rosas e ficar de conversa fiada. O quanto esses moleques têm que ser idiotas para fazer isso ainda dentro das instalações da tal da Catedral?

Meu Deus! Tenho que dar muitos descontos para chamar um episódio desses sequer de ruim! Pior ainda – é verdade, esse negócio só piora –, tem a cena na qual o Kirito só falta dizer para o Eugeo ficar para trás se for para atrapalhá-lo – na verdade, ele diz isso tentando ser legal? –, o que é uma sacanagem com quem ele diz que é seu amigo e com o qual vive um bromance.

Que fuga mais ridícula essa, hein? Tanto pelos encarcerados, quanto por quem os encarcerou. Só que como forma de tentar consertar todas as falhas de segurança que o Kirito e Eugeo não acharam nada estranhas – não duvido nada que revelem que foram todas propositais, que era tudo uma armadilha – surge o pupilo da Alice para arranjar briga de espadinha com os moleques desarmados.

Só que vão arrumar umas espadas para eles – é certo que irão – e no final o Kirito deve resolver toda a parada. A chance de isso tudo ser um “teste” de habilidade com eles é grande, então eu vou dar um descontão, apesar de temer que toda essa fuga seja um bullshit horroroso mesmo.

Sendo ou não, isso não muda o fato de que é muito estranho eles só aceitarem todas as conveniências e ainda relaxarem durante a fuga. Que personagens mais burros, né – e uma burrice que não haviam demonstrado antes no arco.

Enfim, episódio que vem deve ter uma luta decente – que eu não duvido nada que seja bem curta – e um desfecho conveniente para os protagonistas ruins desse arco ruim; desse anime que já teve “dias melhores”.

Logo esse cour acaba, daí faltarão 3, e o que acontecerá neles? Não faço ideia e confesso não estar nada interessado nessa trama de País das Maravilhas ao contrário.

Para não dizer que pego no pé de SAO, gostei do ritmo desse episódio e… é… e só disso mesmo. Na real, retifico o que escrevi no início do artigo. Esse episódio só não foi pior que o anterior por ter sido ruim demais até para isso.