Adeus Gridman, seus aliados e Akane. Eles foram embora após terminarem suas missões, sejam elas boas ou más. Apesar de seus defeitos (que inclusive me impedem de dar uma nota melhor), foi um bom final que coroou um anime que se manteve interessante do começo ao fim, que soube lidar com seus mistérios e que, infelizmente, deixou um gostinho de quero mais.

O episódio final foi algo curioso. Akane, a deusa daquele mundo e consequentemente criadora dos kaijus, foi, no fim, seu melhor kaiju. E é claro que isso é completamente discutível, pois bastou um Anti cansado para vencer e quase salvá-la. Pena que o Alexis estava mais presente do que nunca e isso resultou numa quase morte do Anti, um acontecimento que teria sido muito interessante, mas que depois de tudo, seria insatisfatório. Quando ele finalmente estava se tornando um personagem decente e realizando grandes feitos, a morte bateu em sua porta. Convenhamos, inicialmente ele era irritante e nem tinha um propósito claro (além de matar o Gridman), as situações em que ele se metia eram aleatórias demais, como quando a Rikka levou ele para sua casa e deu-lhe um banho e alimentação.

Tivemos também aquela história de que o Gridman precisava de todo mundo para poder ir à batalha final. Seria a derradeira batalha de um grupo que desde o começo estava ali, apoiando e tentando de alguma forma ajudar (mesmo que um certo Utsumi tenha sido completamente inútil). E ainda que tenha sido engraçado pois até mesmo tiveram que ficar frente a frente com o inimigo final e nada fizeram (incluindo o próprio), eles sabiam que precisavam ficar juntos, pois aqui nesse caso, a união faz a força (e como faz). A união de seus corpos e mentes e acima de tudo, de seus corações e sentimentos. A união da vontade de ajudar sua deusa, sua amiga e consequentemente, sua inimiga.

E como uma série anime cheia de referências, Gridman não poderia fechar sem uma ótima referência. E de que maneira seria melhor senão mostrando sua forma original, da série antiga do tokusatsu? Mas não só isso, afinal, seu arsenal de ataques também foi apresentado nesta dura batalha que ele travou. Quanto ao Alexis, ele foi um bom vilão que de sua maneira era simpático, apesar de tudo. E claro que mesmo ele fazendo de tudo um pouco, era óbvio que sua derrota era iminente, mesmo que ele tivesse uma fonte infinita de poder, que era Akane e seus sentimentos. E a razão da existência dele e a justificativa de seus atos foi uma informação bem interessante também, afinal, foi inesperado como muitos outros detalhes/mistérios que o anime nos trouxe.

No fim, Akane acordou. Despertou de um pesadelo em que a mesma cometeu atrocidades e mesmo sendo controlada, seus sentimentos estavam presentes em suas ações. E por essas e outras coisas, a felicidade almejada por ela não foi alcançada e no fim, ela não se via mais digna de ficar naquele mundo. E felizmente ela se desculpou, assumiu seus erros e acima disso, provavelmente irá mudar para não cometê-los novamente agora que está na vida real (sim, eu sei que não rola ela fazer uns kaijus na vida real). A cena final foi bem inesperada e não me surpreenderia se houvesse alguma espécie de sequência no formato live action (no twitter oficial da obra teve uma mensagem sugestiva inclusive). Enfim, foi um belo episódio em que ninguém morreu e nem precisava, afinal, a missão era salvar uma garota de coração frágil e ferido das garras de um ser que se aproveitava disso.