Ulysses: Jeanne d’Arc to Renkin no Kishi – ep 10 e 11 – O fim do mundo
Bom, seria o fim da minha paciência ou do meu saco se eles já não tivessem acabado. Eu juro que tento ver o lado bom dos animes que assisto mas Ulysses é um caso difícil. Tanto é que eu não sei se fico feliz porque só falta um episódio ou se fico triste por ainda ter um episódio para assistir e gastar de péssima forma o meu tempo de vida.
Mas enfim, vamos falar dessa salada cheia bizarrices que provavelmente nem o próprio autor deve ter entendido. Desde o início do anime tivemos a questão da guerra onde a França estava em desvantagem. Porém, alguns episódios depois de tantos esforços para mudar a guerra temos um deus que possui naves espaciais e que planeja destruir a humanidade e consequentemente criar sua utopia. Percebe como ficou bizarro? Era uma obra de fantasia onde o tema central era uma guerra que realmente aconteceu e agora, temos naves espaciais, deuses e vários Ulysses, ou seja, virou uma “festa” onde todos fazem o que querem e o autor é o único que não sabe o que faz.
E ok, talvez tenha tido alguma citação sobre essa questão dos deuses (que inclusive foi mal explicada de uma forma incrível no episódio 10) mas qual é a explicação para a La Hire virar uma Ulysses após enfiar aquela espada especial em si? Às vezes (quase sempre) parece que esse anime quer adicionar elementos do nada para então poder dar continuidade para a história e considerando isso, não duvido que logo mais às outras heroínas se tornem Ulysses. Aliás, vale lembrar e citar a Phillip que ao usar o capacete que lhe concede poderes recebe um corpo muito maior que o atual dela, algo no mínimo bizarro que deve ter sido usado como elemento de fanservice (assim como várias outras coisas).
E sinceramente as explicações dadas durante o episódio não foram ruins mas faltou algo. Elas eram jogadas e às vezes nem tinham um complemento adequado, como por exemplo o tal do Nicolas Flamel que era o último templário e durante o décimo episódio tiveram alguns detalhes espalhados antes de sua morte. A impressão que dá é que a obra tinha as ferramentas necessárias para ser muito interessante mas acaba pecando ao usar todos os seus elementos, ou seja, parece estar sendo rushado e eu não ficaria surpreso se no original, a light novel, tais erros não existissem. É realmente uma pena ver uma história que aparentemente tinha potencial de transformar nisso que estamos vendo. Inclusive no início eu achava que seria uma boa aposta mas a decepção que estou tendo é bem grande.
Mas voltando aos acontecimentos, Montmorency tornou-se um monstro e após isso, um receptáculo para um deus, um que autodenominava líder de todos os outros. E bom, esses acontecimentos eram relativamente inesperados pois nunca havia sido mencionado que haviam deuses e quando a “besta do apocalipse” surgiu, eu realmente não esperava que o tal deus apareceria logo em seguida. Ao menos o desenvolvimento dessa parte foi interessante pois todos os personagens que participaram tiveram suas razões e estratégias para salvar Montmorency e isso foi interessante. E eu não irei criticar a resolução final (a questão de que o amor salvou ele) pois é um clichê que se bem usado não há problema e dada às circunstâncias, eu não via outra alternativa que fosse resolver aquela situação fora o protagonismo em seu mais puro estado.
No fim, foram dois episódios que poderiam ser o final do anime e só precisaria de um tempinho a mais (se tirasse abertura e encerramento provavelmente daria certo). O episódio final provavelmente não deve ter muita ação pois todo o clímax já foi finalizado e por isso, devemos ver os resultados desse desastre todo, ou seja, os danos, se a La Hire continuará sendo uma Ulysses e se a Phillip continuará viva (de preferência que vá para o lado certo dessa vez), basicamente isso. Enfim, apesar dessa mistura muito doida e sem tanto sentido, foi um fechamento bem interessante para os parâmetros da obra.