Cavaleiros do Zodíaco: Saintia Sho – ep 5 – A aceitação de uma escolha

Até agora esse foi disparado o melhor episódio do anime! E nem afirmo isso porque o Seiya apareceu nele, mas porque a Shoko tomou sua decisão! Até me retrato, pois, pelo mangá não me recordava do quanto a aparição dele tinha sido legal. Eleve seu cosmo ao máximo e me acompanhe nessa jornada!
A Shoko ter sido dispensada de seus serviços como Saintia depois da suposta morte da Deusa Éris foi algo muito bom, pois isso proporcionou uma coisa muito incomum a um personagem dessa franquia: tempo para pensar.
Ela precisava refletir sobre o que queria, se era apenas salvar a Kyoko e parar por aí – ela acha não ter conseguido –, ou cultivar os laços que forjou no campo de batalha.
Para isso uma ajudinha, influência de peso, era bem-vinda – Saint Seiya é uma obra cheia desses heroísmos mesmo.
- É Meteoro da Paixão
- que chama, né?
E quem estava lá para dar o empurrãozinho que faltava a ela para, ainda que sem a intenção, dizê-la que o vazio que a Saintia estava sentindo só poderia ser preenchido pela luta? O Seiya. Quem melhor para fazer ela se manter como protagonista de seu spin-off senão o grande protagonista da franquia?
Brincadeiras à parte, posso até questionar a urgência dela em trocar a sua vida pacífica por uma vida de lutas, mas a verdade é que, pense comigo, você viraria a cara para quem fez muito por você justo quando a pessoa mais está precisando? É uma questão de decência, de ter um bom coração mesmo.
A Shoko tem esse bom coração, ela sempre foi essa boa menina que valoriza os laços familiares e de amizade, então não é incoerente ela se reerguer para lutar por isso. Acho mais digno, e mais natural, que lutar pela efêmera paz na Terra.
Ela vai lutar para proteger as pessoas e o que de bom obteve ao se relacionar com elas. Para isso a figura heroica do Seiya foi muito bem usada, além de que, não é a primeira vez que dois protagonistas da franquia aparecem juntos – acho que isso já rolou no Ômega, né? –, mas é a primeira vez que isso rola em suas próprias jornadas, enquanto buscam alcançar seus objetivos – e nesse momento havia muito do objetivo pessoal do Seiya em jogo.
Isso foi maravilhoso – ao menos para quem é um fã nostálgico, e Saintia Sho é vendido pensando muito nesses fãs –, pois expressou bem o que é Cavaleiros do Zodíaco. Esses atos de heroísmo, de se erguer para proteger o próximo, esse brilho no olhar de se esforçar cada vez mais, de fazer sua parte por um mundo melhor.
A Shoko absorve essa influência e decide retornar para a linha de frente – ou a linha de lado, já que o que envolve a Éris ficou de lado nesse episódio –, se metendo no meio da luta da Katya contra a Mii e a fofa da Xiaoling.
Estavam faltando novas Saintias para encorpar a trama, não é mesmo? Você achou que elas apareceram em boa hora? Eu achei. Entendo a Katya ter sido convencida pelo Saga “bom”, o que não sei se curto muito é ela ter poderes de gelo, e no mangá original o Hyoga ter sido um espião do Santuário – ao menos nos estágios inicias da trama.
Fica parecendo que ela é baseada nele. Então se é assim, em quem foram baseadas a Mii e a Xiaoling? No Shiryu e no Shun, respectivamente. Sim, elas não se parecem muito com eles, mas duas ou três influências descaradas já é bastante, né. Falta o Ikki, mas falta aparecer uma Saintia de acordo com a abertura mesmo, então…
- Xiaoling é a mais fofa.
- Desculpa, Kat.
Enfim, os cavaleiros de prata também lutam no Coliseu, e eu fiquei extremamente satisfeito quando a Mayura disse umas verdades para a Katya e derrubou todos sozinha. Esse era o girl power que estava faltando no anime!
Mas é claro que nem tudo são flores, e as flores que são têm os espinhos do Afrodite – que é do meu signo, eu que não sou do dele –, soldadinho do Grande Mestre que sequestrou a Saori, Athena, para uma conversa que… seria um spoiler se eu dissesse que não vai dar em nada? O spin-off não vai alterar nada demais do mangá original, né, então acho que tudo bem.
- Não poderia concordar menos.
- E ela arrasou com os três!
Por último, só gostaria de frisar como esse episódio foi legal, pois até quando os homens tentaram roubar a cena foi criticado, quando influenciaram em alguma coisa foi para melhor – sem qualquer imposição por serem homens – e no que se refere ao futuro terão espaço na trama paralela – a grande trama da série clássica – e não na trama das Saintias, ao menos não os cavaleiros de prata e bronze.
Então o futuro é promissor, apesar do caminho para a afirmação das personagens femininas da franquia ser longo e constante. Não será da noite para o dia que o público terá certeza de que a premissa do anime foi cumprida; e que pouco importa a diferença de poderes, as Saintias são capazes de mudar o mundo com suas próprias forças!