Até agora esse foi disparado o melhor episódio do anime! E nem afirmo isso porque o Seiya apareceu nele, mas porque a Shoko tomou sua decisão! Até me retrato, pois, pelo mangá não me recordava do quanto a aparição dele tinha sido legal. Eleve seu cosmo ao máximo e me acompanhe nessa jornada!

Shoko gosta tanto de brigar que fica chorando se não tá no campo de batalha.

A Shoko ter sido dispensada de seus serviços como Saintia depois da suposta morte da Deusa Éris foi algo muito bom, pois isso proporcionou uma coisa muito incomum a um personagem dessa franquia: tempo para pensar.

Ela precisava refletir sobre o que queria, se era apenas salvar a Kyoko e parar por aí – ela acha não ter conseguido –, ou cultivar os laços que forjou no campo de batalha.

Para isso uma ajudinha, influência de peso, era bem-vinda – Saint Seiya é uma obra cheia desses heroísmos mesmo.

E quem estava lá para dar o empurrãozinho que faltava a ela para, ainda que sem a intenção, dizê-la que o vazio que a Saintia estava sentindo só poderia ser preenchido pela luta? O Seiya. Quem melhor para fazer ela se manter como protagonista de seu spin-off senão o grande protagonista da franquia?

Brincadeiras à parte, posso até questionar a urgência dela em trocar a sua vida pacífica por uma vida de lutas, mas a verdade é que, pense comigo, você viraria a cara para quem fez muito por você justo quando a pessoa mais está precisando? É uma questão de decência, de ter um bom coração mesmo.

A Shoko tem esse bom coração, ela sempre foi essa boa menina que valoriza os laços familiares e de amizade, então não é incoerente ela se reerguer para lutar por isso. Acho mais digno, e mais natural, que lutar pela efêmera paz na Terra.

Seiya dando uma de galanteador com 13 anos, essas crianças precoces, vou te dizer…

Ela vai lutar para proteger as pessoas e o que de bom obteve ao se relacionar com elas. Para isso a figura heroica do Seiya foi muito bem usada, além de que, não é a primeira vez que dois protagonistas da franquia aparecem juntos – acho que isso já rolou no Ômega, né? –, mas é a primeira vez que isso rola em suas próprias jornadas, enquanto buscam alcançar seus objetivos – e nesse momento havia muito do objetivo pessoal do Seiya em jogo.

Isso foi maravilhoso – ao menos para quem é um fã nostálgico, e Saintia Sho é vendido pensando muito nesses fãs –, pois expressou bem o que é Cavaleiros do Zodíaco. Esses atos de heroísmo, de se erguer para proteger o próximo, esse brilho no olhar de se esforçar cada vez mais, de fazer sua parte por um mundo melhor.

“Você esperava um protagonista, mas somos nós, as co-protagonistas desse anime!”

A Shoko absorve essa influência e decide retornar para a linha de frente – ou a linha de lado, já que o que envolve a Éris ficou de lado nesse episódio –, se metendo no meio da luta da Katya contra a Mii e a fofa da Xiaoling.

Estavam faltando novas Saintias para encorpar a trama, não é mesmo? Você achou que elas apareceram em boa hora? Eu achei. Entendo a Katya ter sido convencida pelo Saga “bom”, o que não sei se curto muito é ela ter poderes de gelo, e no mangá original o Hyoga ter sido um espião do Santuário – ao menos nos estágios inicias da trama.

Fica parecendo que ela é baseada nele. Então se é assim, em quem foram baseadas a Mii e a Xiaoling? No Shiryu e no Shun, respectivamente. Sim, elas não se parecem muito com eles, mas duas ou três influências descaradas já é bastante, né. Falta o Ikki, mas falta aparecer uma Saintia de acordo com a abertura mesmo, então…

Enfim, os cavaleiros de prata também lutam no Coliseu, e eu fiquei extremamente satisfeito quando a Mayura disse umas verdades para a Katya e derrubou todos sozinha. Esse era o girl power que estava faltando no anime!

Mas é claro que nem tudo são flores, e as flores que são têm os espinhos do Afrodite – que é do meu signo, eu que não sou do dele –, soldadinho do Grande Mestre que sequestrou a Saori, Athena, para uma conversa que… seria um spoiler se eu dissesse que não vai dar em nada? O spin-off não vai alterar nada demais do mangá original, né, então acho que tudo bem.

Por último, só gostaria de frisar como esse episódio foi legal, pois até quando os homens tentaram roubar a cena foi criticado, quando influenciaram em alguma coisa foi para melhor – sem qualquer imposição por serem homens – e no que se refere ao futuro terão espaço na trama paralela – a grande trama da série clássica – e não na trama das Saintias, ao menos não os cavaleiros de prata e bronze.

Então o futuro é promissor, apesar do caminho para a afirmação das personagens femininas da franquia ser longo e constante. Não será da noite para o dia que o público terá certeza de que a premissa do anime foi cumprida; e que pouco importa a diferença de poderes, as Saintias são capazes de mudar o mundo com suas próprias forças!

E você, já sentiu o cosmo?

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