A arte da conquista requer estratégias minuciosas e inúmeros recursos para se sair vitorioso, sendo assim, temos dois gênios travando uma incessante batalha para fazer o outro lado ceder e se confessar. Se no amor e na guerra vale tudo, na guerra do amor não seria diferente, seja de manobras  psicológicas para encurralar seu oponente ou recursos providos de um poder aquisitivo esmagador. Burgueses safados.

Kaguya-sama chega ao seu segundo episódio mantendo o bom nível do primeiro, com cenas muito divertidas e envolventes, estou surpreso desde a estreia com a boa animação e ótima escolha dos dubladores de cada personagem, até mesmo dos coadjuvantes. A única coisa que me incomodou, e pelo visto irá se perpetuar pelo restante da série, é a introdução conceituando o que é se apaixonar e se confessar. Acho um pouco maçante e acaba retardando o começo do episódio.

Indo às vias de fato, Kaguya e Miyuki ainda bombardeados por boatos de sua possível união, chegam a sala do conselho estudantil preparados, mais uma vez, a conquistar um ao outro e a conseguirem uma confissão. Acho incrível como fizeram cada pequeno drama da vida de um adolescente virar uma trama de auto nível intelectual, até mesmo pedir o contato um do outro se tornou uma batalha para adquirir vantagem psicológica como em um jogo de xadrez. Ao meu ver, a Kaguya possui vantagem dado o seu apelo emocional (não resisto ao rosto fofo dela quando chora ou fica envergonhada) e poder aquisitivo. Por outro lado, Miyuki se desdobra como pode com sua inteligência e raciocínio rápido apostando em elementos que não podem ser comprados, tais quais uma foto dele quando pequeno.

Acho que o problema foi outro, mas ok.

Se conseguir o contato um do outro é um desafio, quem dirá escolher a viagem de verão do conselho estudantil. Montanhas x Praia, Frio x Biquíni, cada lado procura uma forma de estar em vantagem, mas em um confronto de gênios a vantagem é saber lidar com os elementos imprevisíveis e dentro da sala do conselho há um elemento assim, um elemento com enorme poderio ofensivo, seja no busto ou intelectual.

Fujiwara faz muito bem o papel de quebra clímax para manter as coisas no eixo e mostrar as fragilidades dos planos complexos feito pelos “Einsteins” e de seus egos, mas ao contrário de outros animes, isso não desanima, é até engraçado e divertido, se tornou até mesmo um dos pontos fortes de cada mini-arco desses dois episódios.

Após belos conflitos, ótimas expressões da Kaguya e a Fujiwara mostrando o poder de um grande plot, temos o último bloco com Miyuki servindo de guru do amor. Mesmo que não fosse dito, era bem evidente que ambos, Miyuki e Kaguya, não possuem experiência com o sexo oposto quando se trata de amor. Mas isso não impede o jovem de dar conselhos a um aluno aleatório, conselhos esses bem distorcidos e muito duvidosos. Enquanto ele balbuciava lógicas conflitantes relacionadas a como o garoto estava sendo tratado pela garota que gostava, Kaguya o ouvia por trás da porta esperando conseguir informações que ela não obteria de forma direta. Por mais que tenha sido tudo muito cômico, principalmente os diálogos internos da Kaguya enquanto ouvia a conversa, achei bem romântico a “confissão” involuntária que rolou no meio da sessão de conselhos. Foi provado duas vezes que a abordagem de encurralar a guria na parede funciona, talvez funcione até invertendo os papéis. Queria ver a Kaguya fazendo isso… quem sabe.

Finalizando o epi da semana, vemos que deu tudo certo para o jovem que procurou o Miyuki, sabe Deus como, e para o próprio Miyuki também, que conseguiu dar a volta por cima de uma situação desvantajosa quando percebeu a presença da vice-presidente atrás da porta. Espero que os próximos episódios mantenham o alto nível e que consigam explorar os mais diversos cenários de um romance adolescente entre gênios tapados no amor.

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