Há algumas obras que discorrem sobre objetos inanimados que se movem, falam e têm várias emoções. Toy Story é um exemplo (e você é um monstro se não chorou no terceiro filme. Mentira, não é não, mas continuarei não admitindo isso), até mesmo em Digimon e Pokémon. Inclusive, teve duas temporadas seguidas com objetos falantes, como canetas, dicionários, relógios, e todos os etceteras possíveis em duas temporadas seguidas de Digimon.

E não vamos nos esquecer daqueles filmes bem Disney em que pessoas viram objetos (A Bela & a Fera, por exemplo) através de magia.

Mas não estou citando magias aqui. Estou falando de objetos com grande tristeza e uma enxurrada de outros sentimentos, que pensaram ser deixados para trás, mas na verdade não foram.

Este episódio é aquela coisa, né? Há duas frases que o definem bem: “Qualquer um comete erros” e “Errar é humano”. Mas o que um erro pode significar para alguém com sentimentos vingativos? No encerramento anterior, foi citado um youkai chamado Shiro Uneri, que inicialmente é um pano, mas se você esquecer de limpá-lo, toma a sua forma original de um dragão e o aperta até morrer.

Os youkais mostrados não chegaram a fazer isso, mas, por um pouquinho, um deles poderia esmagar alguém. O problema é que, ao invés de serem colocados nas caixas de seu dono original para serem levados ao seu novo lar, todos foram colocados em sacos de lixo, e isso os deixou tristes e irritados.

A tristeza de um Bake-zori.

E com razão. Ninguém gosta de ser jogado fora, ora bolas! Pode ter sido um pequeno erro, mas vamos lá, e se acontecesse outra coisa com eles, como serem desintegrados e essas coisas durante a coleta do lixo? Ao se sentirem terrivelmente abalados, advinha quem entra em cena?

Nezumi Otoko não perde uma chance sequer quando alguém está triste para caramba, e nunca deixa de lucrar com isso. Ele é uma espécie de empreendedor das avessas, ou um Rei Midas (tudo o que toca se transforma em ouro) ao contrário (tudo o que toca acaba se transformando em… nada). E lógico que ele ia usar a frase persuasiva: “Os humanos só pensam neles próprios e jogam os objetos fora”.

Lógico que ele apareceria.

A ideia que Nezumi Otoko teve é quase igual ao de muitos estelionatários por aí. Eles anunciam determinado produto, as pessoas pagam, estimulam um prazo de chegada, mas nunca chega. O negócio é que os produtos do Homem Rato chegavam mesmo, mas já que são objetos com espíritos de youkai, eles fugiam e voltavam para o remetente.

Mas é claro que o objetivo de um deles de ser usado não está sendo concretizado por sair antes do esperado da casa do destinatário.

Isso aconteceu muitas vezes, até que alguns objetos encontraram um novo lar legal e acolhedor para ficar. Cada um ficou em um lugar diferente, mas muito felizes, pois estavam servindo o único motivo de viver deles: serem usados. E o Bake-zori pensou que ocorreria o mesmo com ele, mas não imaginou que serviria de experimento nas mãos de um artista viciado em magia negra.

Após crescer, destruir uma casa e fazer um bafafá, a família do dono do Bake-zori encontrou o objeto e explicou sobre toda a situação. Tudo aquilo sobre os abandonarem era mentira, e Nezumi Otoko deixou de lucrar com isso, pois todos eles foram colocados em uma exposição de um museu de objetos antigos.

 

O tipo de youkai que apareceu:

Tsukumogami: significa que são objetos que obtiveram consciência própria em seu 100º aniversário, sendo considerados espíritos ou seres com poderes sobrenaturais. Podem dar rostos aos objetos de acordo com as suas emoções. São inofensivos e muitas vezes gostam de pregar peças em humanos que os jogam fora sem pensar, que nem o que pensaram que aconteceu no anime. Para mais detalhes, só acessar este site.

Tsukumogami muito tristes.

 

Muito obrigada por ler este artigo até o final, e nos vemos no próximo! o/

 

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