Pularam a intro! PULARAM A INTRO! Nunca critiquei, nunca critiquei mesmo!

Ok que não “pularam”, mas só de não durar quase dois minutos antes da abertura já está ótimo. E é com essa ótima notícia que hoje venho lhes dizer que Kaguya está se tornando um ótimo anime de comédia (rom-com ainda não), e olha que eu não sou tão fã de comédia ou comédia romântica, mas tá legal ver a relação Kaguya-Shirogane crescendo aos poucos, bem poucos.

Gosto da forma como o autor da série aborda certos temas desmembrando preconceitos e conceitos em pequenas reações dos personagens, mas sem perder a síntese do humor, pelo contrário, o humor agrega, junto do bom uso de cenas ou abordagens clichês. Parto do princípio que um clichê, quando bem usado, só agrega.

Okawaii koto

Miyuki Shirogane ainda não fez nada…
Apesar do que eu esperava, não teve (ainda?) a Kaguya dando conselhos amorosos, como feito pelo Shirogane no episódio anterior. Só pensei que teria devido a garota que apareceu semana passada. Mas vida que segue.

Na falta de uma Kaguya guru do amor, temos uma Kaguya guru do sexo, ou foi o que o Shirogane pensou. A “primeira vez” e a taxa de adolescentes que já tiveram essa experiência é o tema na sala do conselho, abordando um dos muitos tabus da vida dos adolescentes.

Nesse caso vemos Kaguya dizendo já ter tido tal experiência e que para a idade deles (membros do conselho e alunos do ensino médio) é algo normal, para o espanto de seus colegas. A jovem interpretou errado, e essa interpretação errônea é um reflexo da criança da jovem dama, criada em berço de ouro e educada somente com o “necessário”, ou seja, ela não faz ideia do que a “primeira vez” realmente significa, pra ela isso é uma expressão usada para beijo. Beijo. BEIJO!? Na bochecha ainda. Que alma pura, meu Deus.

O engraçado é que a Fujiwara foi explicar para ela com uma expressão no rosto de quem “Me recuso deixar essa alma pura intacta, preciso infectá-la com o pecado”, e eu me senti representado ali, faria o mesmo, só pra ver aquele sorriso e confiança angelical se desfazendo perante a luxúria da realidade. E assim a jovem puritana descobriu o que é a primeira vez e que ninguém faz isso com o cachorro ou com a família. espero

Kaguya quer ser entendida…
Na segunda esquete tivemos um duelo de gênios com o jogo das 20 perguntas (que acabaram se tornando 10 porque Kaguya acha que com 20 ficaria muito fácil), com o objetivo de descobrir se o presidente conhece tão bem assim a vice-presidente. Depois da metade das perguntas passei a achar que eu sou um gênio por ser pobre. A pergunta do eletrodoméstico é muito algo que eu perguntaria, acompanhada seguidamente de “você parcelou em mais de 12x?”.

Apesar do Miyuki ter acertado no que a garota estava pensando, acho que a vitória teve um gostinho de derrota, afinal, foi mais uma oportunidade de confissão desperdiçada. ou não, já que a Kaguya vê o presidente com potencial para ser adestrado e se tornar um bom homem. Vai da perspectiva de cada um

Kaguya quer falar…
E para finalizar tivemos o que acho ter sido o trecho mais delicado e bem explorado até agora. Em algumas oportunidades dos episódios anteriores pudemos ver um pouco da vida da Kaguya fora da escola, como ela é uma jovem dama, rica e afins, porém dessa vez mostrou o quão solitária ela se tornou devido a sua posição e criação. O simples ato de poder ir a escola andando com amigos parece ter ganho um valor inestimável para a menina, que sempre foi a escola de carro observando outros jovens andando alegremente até a escola. (Uma baita mentira, por sinal, ninguém fica feliz indo para a escola a pé, mas vamos deixar romantizarem).

Melhor cena clichê até agora.

E para encerrar deixo uma curiosidade que o chefe me mandou enquanto eu estava pensando no que escrever. O encerramento desse episódio foi feito em rotoscopia. Para quem não sabe, rotoscopia, em termos gerais, é uma técnica de animação em que é filmado os movimentos com atores reais e depois é feita a ilustração em cima de cada quadro.

Confesso que essa informação me deu sentimentos conflitantes, pois meu primeiro contato com essa técnica foi no anime Aku no Hana, o qual eu acompanhava o mangá antes do lançamento da animação, e sinceramente, o resultado foi horrível. Eu não consegui aceitar e tão pouco assistir o primeiro episódio até o final. Mas no caso de Kaguya-sama ficou muito bom e o encerramento ganhou destaque pelo mundo afora, sendo muito elogiado.

Aku no Hana: Mangá x Anime. Leiam o mangá, morte ao anime.

Para quem não reparou, imagine uma dançarina no lugar da Fujiwara e você perceberá movimentos bem reais. E outra curiosidade, a coreografia é inspirada em personagens que irão aparecer no decorrer da obra, seja o membro ninja do conselho como outros que podem aparecer pedindo conselhos amorosos. Não vou dar spoiler, vamos esperar.

Até semana que vem o/

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