Novamente, tivemos um episódio sem ação. Obviamente, a presença ou falta dela não define a qualidade da história, e nesse caso do episódio, mas considerando a proposta de Tate no Yuusha, acredito que poderíamos esperar um pouco mais. Claro que isso seria uma reclamação um tanto quanto injusta considerando que tivemos sim ação (não a desejada, é claro) e algo até mais importante que isso: desenvolvimento de personagens. Tivemos um vislumbre melhor da Raphtalia, da Filo e uma aproximação das duas que até então não estavam se bicando (desculpa). Por isso, no final das contas, tivemos um episódio mais “útil” que os dois anteriores e que nos trouxe um conteúdo até mais interessante (não que os outros não tenham tido isso).

No início, tivemos mais uma quest em que Naofumi atacava de empreendedor e talvez mercenário. E isso é interessante pois, apesar da ajuda prestada, há uma cobrança que, apesar de justa, é cobrada pontualmente. Sinceramente, eu não condeno essa atitude dele, pois nada mais justo que receber um pagamento por suas realizações e se você considerar que algumas delas acabam tendo um preço menor do que deveriam, no fim das contas o gasto sai barato. Nesse episódio, novamente ele salvou vidas e livrou uma vila inteira de uma planta monstro, feitos que simples moedas de uma pequena e devastada vila jamais iriam conseguir pagar.

Em contrapartida, me incomoda essa crença cega das pessoas em relação aos heróis. Eles são os salvadores na teoria, mas podem sair fazendo o que bem entendem por aí sem receber punições ou algo do tipo? No mínimo o Motoyasu ou o próprio rei tinham que pagar uma compensação para a vila por conta desse erro dele. E não podemos esquecer que os próprios vilões erraram em ignorar uma lenda real por conta de um herói que aparece do nada e lhes deixa com algo amaldiçoado. Ou seja, ainda que eu queira culpar o Motoyasu por completo, devo considerar que as vítimas também têm uma importante parcela na culpa.

De qualquer forma, tudo terminou bem e todos saíram ganhando, principalmente a vila que, se fizer uma boa administração, poderá conseguir um lucro útil com as sementes e seus frutos. Aliás, outro detalhe que chamou a minha atenção foi a questão da manipulação que Naofumi fez na semente para que ela se tornasse benigna. É bom ver que o escudo vai muito além de sua função primária e que o Naofumi esteja conseguindo utilizar cada vez mais em prol de si e de todas as pessoas a sua volta. Por fim, só agora eu percebi que ele pode “esconder” o escudo e invocá-lo quando necessário.

Já a segunda parte foi algo mais leve e até engraçado. Me diverti bastante com as reações e imaginações da Raphtalia ao pensar em simples atitudes afetuosas e com as interações entre ela e a Firo. Particularmente, eu não tenho grandes memórias disso tudo no mangá (se é que tem), mas, de qualquer forma, foi um complemento interessante que agrega bastante para o andar da história, afinal, elas precisavam se entender logo para não atrapalhar quando uma sincronia entre ambas fosse necessária, ainda que já tivesse um bom trabalho em equipe.

E nessa aventura das duas tivemos algumas cenas melhores perto daquilo que vimos na aventura anterior, mas ainda assim nada muito empolgante. E sobre essa questão da Raphtalia querer que o Naofumi veja ela de uma forma mais madura é interessante, mas me pergunto se isso é certo (por conta da idade dela, afinal, essa questão ainda está um pouco obscura), e não importa se eles estão em outro mundo e consequentemente com outras regras/mentalidade, isso é apenas uma desculpa conveniente e esfarrapada. De qualquer forma, o Naofumi tem uma visão que particularmente eu aprecio bastante por conta de todo o envolvimento dele com as duas e no fim, me parece uma postura “justa”.

No final das contas, Raphtalia e Filo falharam em conseguir aquilo que queriam, mas completaram o objetivo final. É a velha história de atingir o objetivo por vias tortas, o que sinceramente não importa tanto pois o resultado foi um sucesso. E essa cena teria chamado ainda mais a minha atenção se a preview do episódio seguinte não viesse com um dragão simpático e caído. Parece que enfim entraremos num avanço legal da história em que as coisas começam a ficar um pouco mais sérias. E com tudo isso em mente, eu só torço para que tenhamos uma parte visual mais decente, que faça jus ao que está sendo apresentado na história.

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