Tate no Yuusha no Nariagari – ep 10 – Novos aliados
Fazia um tempo que Tate no Yuusha me deixava um pouco insatisfeito. A história não estava progredindo tanto assim e as ondas, o grande motivo da presença dos heróis nesse mundo, nem eram citadas. Eu entendo que esses episódios foram necessários para desenvolver outros aspectos da história e nem reclamo por isso, é só que não era o que exatamente eu queria ver. Enfim, o episódio dessa semana não foi diferente dos outros na questão do ritmo, mas os acontecimentos presentes foram muito interessantes, diferente de seus antecessores.
Primeiro temos a questão da Melty ser completamente recusada. Ainda que eu queira criticar o Naofumi e escrever que ele deveria ter ouvido ela antes de mais nada, confesso que teria a mesma atitude ou até ouviria mesmo tendo uma opinião já formada. Ora, é complicado esperar que ele seja extremamente receptivo ou legal com ela depois de tudo o que passou, ainda que ela tenha mostrado ser diferente de sua irmã mais velha e seu pai. É a velha história de falarmos para as pessoas não descontarem sua raiva em alguém quando nós, na mesma situação, fazemos ou faríamos o mesmo.
Mas ok, essa atitude era esperada pela Rainha e talvez não pela Melty. Porém esse foi um detalhe pequeno e ofuscado pelo que vinha a seguir. Um grupo veio declarar apoio ao Naofumi. Sim, é isso mesmo que você leu, um grupo veio apoiá-lo e dessa vez não queriam extorquir ou tirar vantagem. Isso de certa forma é esperado por conta da ótima atuação dele na última onda e talvez como uma espécie de obrigação por parte deles que tiveram suas famílias salvas. Mas independente da razão, o que importa é que as coisas vêm mudando para o herói do escudo.
E a prova dada por ele pode até ser mal vista em primeira mão, mas foi uma forma interessante de testá-los. Serviria para excluir aqueles que quisessem tirar alguma vantagem e claro, avaliar o quão decididos eles estavam em ajudar o herói do escudo. A missão era difícil, mas ninguém reclamou (até onde vimos) e no fim eles conseguiram a quantia pedida. Agora resta ver qual será o nível de importância desse grupo, pois essa onda será ainda mais difícil que a outra, que já foi bem complicada.
Já no final tivemos outras duas partes que acabaram sendo o grande destaque do episódio: os heróis tomando ciência de seus erros e o início da onda. Durante os últimos episódios vimos o Naofumi tendo que limpar a sujeira que os heróis haviam cometido, principalmente o da lança. Infelizmente, ele não estava presente (na verdade isso é bom), mas vimos algo diferente e interessante nos heróis do arco e espada. O primeiro é simplesmente um cara que como Naofumi bem disse, está bancando o herói salvador das pessoas e no fim fazendo besteiras. Mas o herói da espada mostrou ser diferente.
Ele entendeu que não havia mentira nas palavras do Naofumi, até porque nem há motivos e sim provas concretas que sustentam as acusações. O problema é que talvez ele tenha entendido que a Raphtalia foi atingida após ver as marcas da maldição, o que no fim não importa desde que ele compreenda o resultado de suas ações. E fico feliz que ele tenha mostrado ser diferente dos outros dois, trazendo assim uma pequena esperança de que nem todos os heróis são completamente abomináveis. E nem acho que a atitude perante o Naofumi vai mudar, mas só dele ter entendido seu erro já é o bastante.
E no fim, a onda da calamidade chegou. Demorou, mas enfim iremos ver o quão difícil será essa batalha e talvez possamos descobrir quem é aquela mulher de cabelo preto e quimono. Estou muito curioso para saber como será o funcionamento dessa batalha, os inimigos presentes nela, o desempenho dos heróis e seus grupos e no fim, a parte técnica. A primeira onda foi competente até, mas foi aquém do esperado e por isso me pergunto se vale a pena ter boas expectativas sobre essa nova.