Fazia um tempo que Tate no Yuusha me deixava um pouco insatisfeito. A história não estava progredindo tanto assim e as ondas, o grande motivo da presença dos heróis nesse mundo, nem eram citadas. Eu entendo que esses episódios foram necessários para desenvolver outros aspectos da história e nem reclamo por isso, é só que não era o que exatamente eu queria ver. Enfim, o episódio dessa semana não foi diferente dos outros na questão do ritmo, mas os acontecimentos presentes foram muito interessantes, diferente de seus antecessores.

Nem sei se eles têm capacidade de pensar sobre isso

Primeiro temos a questão da Melty ser completamente recusada. Ainda que eu queira criticar o Naofumi e escrever que ele deveria ter ouvido ela antes de mais nada, confesso que teria a mesma atitude ou até ouviria mesmo tendo uma opinião já formada. Ora, é complicado esperar que ele seja extremamente receptivo ou legal com ela depois de tudo o que passou, ainda que ela tenha mostrado ser diferente de sua irmã mais velha e seu pai. É a velha história de falarmos para as pessoas não descontarem sua raiva em alguém quando nós, na mesma situação, fazemos ou faríamos o mesmo.

Mas ok, essa atitude era esperada pela Rainha e talvez não pela Melty. Porém esse foi um detalhe pequeno e ofuscado pelo que vinha a seguir. Um grupo veio declarar apoio ao Naofumi. Sim, é isso mesmo que você leu, um grupo veio apoiá-lo e dessa vez não queriam extorquir ou tirar vantagem. Isso de certa forma é esperado por conta da ótima atuação dele na última onda e talvez como uma espécie de obrigação por parte deles que tiveram suas famílias salvas. Mas independente da razão, o que importa é que as coisas vêm mudando para o herói do escudo.

E a prova dada por ele pode até ser mal vista em primeira mão, mas foi uma forma interessante de testá-los. Serviria para excluir aqueles que quisessem tirar alguma vantagem e claro, avaliar o quão decididos eles estavam em ajudar o herói do escudo. A missão era difícil, mas ninguém reclamou (até onde vimos) e no fim eles conseguiram a quantia pedida. Agora resta ver qual será o nível de importância desse grupo, pois essa onda será ainda mais difícil que a outra, que já foi bem complicada.

Já no final tivemos outras duas partes que acabaram sendo o grande destaque do episódio: os heróis tomando ciência de seus erros e o início da onda. Durante os últimos episódios vimos o Naofumi tendo que limpar a sujeira que os heróis haviam cometido, principalmente o da lança. Infelizmente, ele não estava presente (na verdade isso é bom), mas vimos algo diferente e interessante nos heróis do arco e espada. O primeiro é simplesmente um cara que como Naofumi bem disse, está bancando o herói salvador das pessoas e no fim fazendo besteiras. Mas o herói da espada mostrou ser diferente.

Ele entendeu que não havia mentira nas palavras do Naofumi, até porque nem há motivos e sim provas concretas que sustentam as acusações. O problema é que talvez ele tenha entendido que a Raphtalia foi atingida após ver as marcas da maldição, o que no fim não importa desde que ele compreenda o resultado de suas ações. E fico feliz que ele tenha mostrado ser diferente dos outros dois, trazendo assim uma pequena esperança de que nem todos os heróis são completamente abomináveis. E nem acho que a atitude perante o Naofumi vai mudar, mas só dele ter entendido seu erro já é o bastante.

E no fim, a onda da calamidade chegou. Demorou, mas enfim iremos ver o quão difícil será essa batalha e talvez possamos descobrir quem é aquela mulher de cabelo preto e quimono. Estou muito curioso para saber como será o funcionamento dessa batalha, os inimigos presentes nela, o desempenho dos heróis e seus grupos e no fim, a parte técnica. A primeira onda foi competente até, mas foi aquém do esperado e por isso me pergunto se vale a pena ter boas expectativas sobre essa nova.

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