Bom dia!

Kemurikusa segue uma estrutura de jornada certinha estilo JRPG, a forma da Jornada do Herói literária adaptada para games no Japão.

Uma missão para salvar o mundo, um herói aparentemente acidental mas que provavelmente é O Escolhido, um grupo, uma investigação, a identificação da Origem do Mal, e a última perna da viagem para enfrentá-lo. Ou penúltima, se contar que precisarão voltar também.

Nesse episódio ainda não chegaram ao vilão, mas já sabem onde ele está e se aproximaram tanto quanto possível. Se prepararam para o combate derradeiro na antessala do Rei Demônio, ou melhor dizendo, da árvore vermelha.

 

 

As irmãs nunca estiveram nesse lugar, que chamaram de Ilha 10, e nem sabiam que ele existia. Tampouco parece que já tenham estado antes em algum lugar tão brutal, apesar de metade delas já ter morrido em outros combates antes da história começar.

São muitos inimigos, e mais fortes na média do que aqueles com os quais elas estão acostumadas. A água está sendo gasta sem pudor. Há pouco tempo elas tinham um suprimento enorme, mas que agora já está se esgotando.

A névoa vermelha domina a paisagem e elas não podem abaixar a guarda enquanto tentam evitá-la.

 

 

Estão inequivocamente em Tóquio, ou em algum lugar muito parecido com Tóquio. Os edifícios, a faixa ferroviária generosa e as rodovias urbanas elevadas denunciam. O que isso significa? Acho que descobriremos no próximo episódio.

No fim da jornada, um paredão de névoa vermelha. Parece não ter mais como prosseguir, mas Wakaba tem certeza que estão muito perto da árvore vermelha. Aguçando seus sentidos, encontram uma rota que sobe alto, usando uma raiz de uma árvore de outra cor, já seca, para contornar a névoa por cima.

Além dela, a árvore vermelha.

 

 

Já está anoitecendo, então decidem passar a noite ali. Tomam o que resta de água. Planejam usar as últimas folhas de Midori. É tudo ou nada. Elas sabem que não têm o suficiente para aguentar uma viagem de volta se tiverem que recuar, então a única opção é apostar com todas as forças na vitória.

Rin não pode deixar de perceber o tom sinistro na fala da Ritsu, e no dia seguinte pela manhã isso se confirmaria.

Antes, Rina aproveitou para agradecer ao Wakaba por ter trazido elas para essa viagem e por ter podido comer tudo o que comeu. Ritsu faria o mesmo com Rin em seguida, agradecendo a ela por estar sempre ali para ela poder ser a irmã mais velha e forte que suas irmãs mais novas precisavam.

Rina e Ritsu não beberam suas porções finais de água. Se entendi direito, deram para Midori, para criar mais folhas verdes para Rin usar como armas. As duas (ou cinco, dado que Rina é dividida em quatro) estão em seu último fôlego de vida. Não poderão participar da batalha final.

Rin não tem tempo para ficar triste. Suas últimas irmãs podem morrer a qualquer momento e se ela quer evitar isso tudo o que ela pode fazer é derrotar logo a árvore vermelha. Wakaba vai com ela, com a intenção de tentar controlá-la ao invés de precisar destrui-la – ideia da Ryoku. Vai ter que dar certo.

Enquanto os dois sobem para a batalha final, as Rinas e Ritsu ficam para trás, para a sua própria batalha: impedir que hordas de insetos vermelhos ataquem Rin e Wakaba pela retaguarda. Mesmo sem isso elas já estavam com um pé na cova, quero torcer por elas, mas duvido que saiam vivas. A minha melhor aposta é que elas terminem como as outras três, que, especulo, estão vivas em uma das folhas da Rin. A folha da memória, talvez?

 

 

Sobre essa folha aliás, como agora é a hora do tudo ou nada, Wakaba pediu e Rin não se recusou dessa vez: permitiu que ele manipulasse a folha da memória. Com isso, Rin começou a ver o passado, provavelmente da Primeira Pessoa. Que se vestia como o Wakaba.

Eita.

Esse artigo acabou sendo bastante descritivo porque o episódio foi pesado no lore. No próximo acredito que Kemurikusa irá revelar finalmente o passado desse mundo, através da folha da memória, e isso deve responder uma série de mistérios.

 

O que é esse mundo e o que aconteceu com ele? Mantenho a minha hipótese de verde versus vermelho, verde bom, vermelho mau, ambos naturais, e azul é artificial – daí que os prédios sejam feitos dele também. Talvez o vermelho não fosse inerentemente mau, mas quem quer que tenha feito esse mundo o considerou inútil e tentou mantê-lo fora, gerando o desequilíbrio que finalmente causaria o colapso da civilização.

Quem é a Primeira Pessoa? Eu achava que ela tinha a mesma natureza das irmãs, mas se for a pessoa das memórias, ela se parece mais é com o Wakaba. Talvez ela tenha tentado uma abordagem de convivência com as coisas vermelhas mas ou já era tarde demais ou foi sabotada por outras pessoas?

Qual a missão das irmãs? Acredito que seja mesmo restabelecer o equilíbrio do mundo. Mas por que a Primeira Pessoa teria desistido disso, e ao invés mandado elas fazerem o que quisessem?

De onde veio Wakaba? Ainda insisto na hipótese de que ele tenha sido criado de alguma forma intencional ou acidental por Midori, mas a semelhança dele com a Primeira Pessoa me faz ficar menos seguro quanto a isso. Midori foi encontrada pelas irmãs quando a Primeira Pessoa já não existia mais, então não me parece que estivesse nos planos dela.

O que acontece com as irmãs mortas? Também mantenho a hipótese de que elas despertam na folha da memória ou alguma outra folha da Rin (os olhos talvez? Ryoku foi a primeira a morrer e deu seus olhos para ela), e no momento estão de alguma forma vivendo no corpo dela.

 

Ou talvez, apague boa parte do que eu escrevi acima, talvez elas estejam vivas dentro do Wakaba, que seria a Primeira Pessoa, quem criou todas elas em primeiro lugar? Como isso foi possível? Sei lá, só estou chutando, me ajuda aí.

Quantas dessas perguntas serão respondidas no próximo episódio? Kemurikusa continua super eficiente em seus cliffhangers – como escrevi, aliás, em editorial sobre os gêneros Mistério, Suspense e Thriller.

Até semana que vem!