Bom dia!

A primeira grande batalha do anime começou nesses episódios. Como o comandante das forças japonesas bem disse, isso é guerra. Não é mais um mero ato de terrorismo.

E como eles estavam despreparados para uma guerra. A batalha ainda não acabou, e talvez as heroínas até vençam no final, mas as forças em combate são terrivelmente desproporcionais.

Não foi exatamente uma batalha. Está sendo uma surra. Naha está nua.

 

 

Antes da batalha começar uma informação bastante importante foi revelada: aquela criatura espiritual que havia sido vista assinando o acordo com a humanidade é apenas uma general – a General Tabira -, de apenas uma das nações do mundo espiritual.

Eles se parecem com bichos, dominam tecnologias mágicas, mas parece que se organizam politicamente de forma semelhante aos seres humanos.

Que havia aliados (por conveniência ou ideologia) da Brigada de Babel no mundo espiritual já era sabido, e com essa informação extra dá para especular mais sobre quem possam ser. Uma nação contrária ao tratado com a humanidade? Terroristas ou contrabandistas comuns do lado de lá?

O fato é que, se não caiu o véu de misticismo que encobria o mundo espiritual em Magical Girl Asuka, no mínimo ele parece estar bem mais fino e frágil agora.

Para completar, os seres espirituais não pareceram muito fortes, dado que a própria Tabira foi derrotada com tanta facilidade, mas talvez seja o Geiss que seja realmente forte demais mesmo.

 

 

A sua força de verdade ainda será medida contra a Asuka no próximo episódio, mas sua inteligência pelo menos parece elevada. Mesmo que boa parte ou todo o plano de ataque à Naha tenha sido entregue pronto para Geiss, ele demonstrou competência e sangue-frio para executá-lo nos mínimos detalhes sem nenhum contratempo.

O ataque surpresa anulou boa parte das forças da base de Naha, em particular negou aos japoneses o controle do ar ao atacar a base aérea e impedir que os aviões saíssem do chão. Por causa de algum tipo de tratado burro, os americanos não podem ajudar exceto pela força especial enviada para proteger o evento e mesmo assim parece que não podem sair das premissas da base. Apenas a Mia vai para a cidade porque, como garota-mágica, ela têm permissão especial para enfrentar disas.

Tenho certeza que os americanos contam com uma força formidável baseada em Okinawa, mas estão impedidos de usá-la. Poderia virar o jogo, mas nessa circunstância, bem aproveitadas por Babel, nada podem fazer.

Nas primeiras ondas a base aguenta bem, mas os disas estavam em maior número e mais bem equipados. As forças humanas nunca tiveram chance, desde o começo. Foi um massacre.

 

 

Se as garotas mágicas tivessem participado ativamente da primeira linha de defesa o resultado talvez fosse diferente, mas com a necessidade de defender a cidade de Naha e a General Tabira, elas se dividiram. Apenas Tamara ajudou na defesa principal, e Mia foi para a cidade.

O massacre na cidade foi, como não poderia deixar de ser, ainda maior. É claro que foi. As forças policiais não estavam nem remotamente preparadas para enfrentar os disas, apesar de sua resistência heroica.

Mesmo Mia foi sobrecarregada, sozinha, e está gravemente ferida mal e mal se mantendo de pé. E a batalha ainda não acabou.

Cadáveres cobrem as ruas pelas quais a população tenta fugir em pânico. E seriam mais mortes ainda se não fosse uma escolha constrangedora de enredo.

 

 

O que eram aqueles estupros? A que propósito serviram, além de atiçar perversões? Nada contra perversões, mas Asuka precisa decidir se é uma história séria ou se é um hentai soft.

Não reclamo de todo o fanservice do anime, longe de mim. Magical Girl Asuka tem muito fanservice bem usado, à favor do enredo. As formas transformadas das garotas mágicas é o maior exemplo disso. Todas são fantasias sexuais, e, como adolescentes forçadas a fazer o trabalho de adultos, é possível entender isso como amadurecimento precoce forçado.

No caso das vilãs, que são ainda mais sexualizadas, as fantasias servem também como marca de crueldade. Por isso a Abigail e a Chisato parecem dominatrices. A Chisato tem até um chicote!

Mas os estupros, as duas cenas safadas de estupro no episódio 10, essas não serviram a propósito narrativo algum. Em um episódio em que corpos são esquartejados não é preciso estupros para aumentar a vilania dos vilões. Daí só o que resta é o fetiche.

Em todo caso, menos pior que tenham sido apenas duas cenas. E que Nozomi e Sayako tenham escapado disso.

 

 

Quero dizer, a Nozomi já foi torturada e não teve esse tipo de fanservice. Teve fanservice sim, e não foi pouco, ela foi amarrada em uma mesa de tortura e o anime explorou alguns ângulos indecentes da personagem seminua. Mas aquilo era para parecer uma cena de tortura, e, devo dizer, foi torturante.

Dessa vez elas escaparam graças ao policial que se sacrificou para que elas fugissem e à determinação da Sayako. Escutando o que ela disse, quase fiquei com a impressão que ela é uma candidata a garota mágica.

Se for fácil virar garota mágica não viria em má hora, dado o estado lamentável em que Mia se encontra.

 

 

Tamara está apenas um pouco melhor. Ela não parece ter ferimentos graves, como Mia, mas está exausta. E ela nem estava lá para lutar, era só uma observadora.

Durante a batalha ela fez tudo o que pôde, e provavelmente continuará lutando o tanto que puder no próximo episódio, mas não se destacou em nada.

Antes da batalha, porém … eu juro que achei que ela tivesse um disa em seu quarto. Tudo bem, ela gosta de dormir com bichos de pelúcia, mas precisava ser um porco de pelúcia, um tão grande, e com aquele padrão de cores? Se trocarem o porcão dela por um disa ela nem vai notar a diferença. É a armadilha perfeita.

Se tiverem um disa em forma de Asuka deve funcionar ainda melhor. Porque todo mundo ali quer o corpo da Asuka nu. Não é só a Kurumi, mas a Tamara também, ainda que secretamente.

E a General Tabira também, e essa não faz questão de guardar segredo.

 

 

A reação da Asuka ao assédio desavergonhado da emissária extraplanar deve servir de alerta para a Kurumi?

A Enfermeira de Guerra ganhou pontos no décimo episódio quando soube ajudar a Asuka a superar o ataque de pânico que ela já estava tendo ao escutar tantas mortes ocorrerem do lado de fora. Pela primeira vez ela genuinamente não pareceu assustadora.

Foi um abraço fraterno, do tipo que eu fiquei com vontade de dar na Asuka quando ela estava começando a se perder de novo.

Funcionou, pois acalmou a protagonista. E veio em boa hora, porque Geiss e Chisato chegaram logo em seguida. E mais uma vez Geiss demonstrou estar executando um plano muito bem bolado.

Segurou Asuka da forma mais eficiente e isolou Kurumi com Chisato, para que a novata lute no mano a mano contra uma garota mágica que é sim experiente, mas é só um suporte.

Enquanto isso ele invadiu a câmara do portal onde Tabira se encontrava, massacrou todo mundo e estava quase terminando quando Asuka finalmente chegou.

Geiss é tão seriamente poderoso que, não fossem as garotas mágicas, tenho certeza que ele poderia ter invadido a base sozinho e pela porta da frente. A não ser que haja um segredo para sua força, como por exemplo durar por tempo muito limitado ou coisa do tipo.

 

 

O mais assustador desse plano é que ele claramente foi executado dos dois lados do portal. Alguém explodiu o portal do lado do mundo espiritual, afinal. E quem quer que esteja do lado de lá, seja parte da Brigada de Babel, seja apenas aliado dela, está sabendo de muita coisa vital.

Sabiam a data da reunião entre os mundos. Sabiam do item mágico que a General Tabira levou para a Terra, com o qual ela iria presentear as garotas mágicas em reunião prévia privativa, então talvez nem fosse uma informação oficial, mas sim algo muito mais restrito. Eles sabiam disso, porque o Geiss foi atrás desse item.

A única coisa à favor da Asuka é que ela está inteira ainda, sequer precisou gastar muito de sua energia mágica. Mas o Geiss parece preparado para ela mesmo assim.

Vai ser uma batalha dura, e talvez nenhum dos dois lados possa clamar vitória no final. Até o próximo episódio!