O episódio desta semana de To Aru No Majutsu no Index III, foi ligeiramente superior ao episódio anterior, com o extra de ter momentos mais interessantes. Há que elogiar que este episódio 23 de Index, conseguiu manter a mesma consistência na animação que o episódio passado, o estúdio J.C Staff quando quer consegue entregar um trabalho decente.

Passando ao episódio em si, este começa muito bem, com um breve embate entre a Librorum Prohibitorum Index e o Stiyl, onde por uns momentos o ataque mais forte do Stiyl pôde brilhar (ver o Innocentius em acção, nunca cansa e instiga o interesse). Ver a Index a ser controlada por outro a utilizar ataques complexos, me faz questionar o porquê de ela não fazer o mesmo quando estava no seu estado normal ao lado do Touma (dá para aceitar a justificativa do tal controle remoto, ainda assim).

A aparição da Kazakiri Hyouka para combater o arcanjo Gabriel foi muito interessante, já que essa personagem já apareceu há muito tempo atrás e vê-la de novo foi muito bom. O que torna a aparição da Kazakiri interessante é que supostamente ela só fica visível quando uma grande quantidade de energia de éspers fica junta no mesmo lugar e vê-la lutar de frente contra um arcanjo é no mínimo curioso (obviamente, essa situação deve ter o dedo do mestre Aleister). O pequeno flasback da Kazakiri Hyouka, durante a conversa entre o Touma e a Misha foi uma excelente forma de relembrar quem era a personagem (deu um pouco de nostalgia ver o estilo de animação usado em 2010).
A luta entre a Kazakiri e o arcanjo Gabriel ficou no mediano, a luta não teve o impacto que poderia ter tido, se a animação e a coreografia tivessem sido mais caprichadas, teria sido uma experiência épica.

Foi extremamente lógico o Arcanjo Gabriel ter abandonado a sua luta contra a Kazakiri Hyouka, para ir atrás do pergaminho que está na posse do Ace. A pequena conversa entre a Misaka Worst e o Ace durante a fuga da perseguição do Arcanjo, só serviu para mostrar o quão “quebrada” a Misaka Worst está, por sorte ela está de verdade disposta a auxiliar o Ace e a pequena Last Order.

A continuação da luta entre a Kazakiri e agora com o Ace no meio, foi bastante interessante, ver o Ace, o pináculo da lógica e do poder ésper conversar com um ser que é apenas a acumulação de poder residual dos éspers da cidade académica, sem atacá-la foi no mínimo estranho (no bom sentido, a evolução do Ace tem se provado melhor do que o esperado). Ver ambos a lutarem contra o Arcanjo Gabriel, deu para entender que nem mesmo o melhor ésper auxiliado de um ser movido a poder ésper, podem fazer frente a uma divindade. Na parte da chuva de flechas de fogo, além de parecer que tal ataque é uma espécie de punição divina, serviu para mostrar que tanto o Ace como a Kazairi são meros insectos se comparados ao poder e grandeza de um Arcanjo (é de louvar e admirar a coragem do Ace para se levantar depois de levar com uma chuva de flechas incendiárias).

O momento em que o Fiamma e o Acqua se encontraram no campo de batalha, foi a melhor parte do episódio. Ambos são poderosos, ambos serviram a Igreja Romana como figuras poderosas, só se podia esperar algo épico num confronto entre os dois. Foi satisfatório ver, que o plano do Fiamma não era perfeito,ele não contava que o Acqua, um ex-mercenário fosse capaz de ser o guardião do Arcanjo Gabriel e muito menos contou com a honra, bravura e auto sacrificío que o Acqua estava disposto a ter para derrotar o Arcanjo Gabriel. Durante a conversa entre ambos, foi muito interessante descobrir o poder que permite a existência e movimentação do Arcanjo, a Telesma é o combustível mágico dos planos do Fiamma (depois desta informação, aquele campo mágico onde o Fiamma está, faz muito mais sentido, aquela fortaleza voadora é o reservatório perfeito para a Telesma). Ver o Acqua a sacrificar-se para conter os poderes do Arcanjo Gabriel, foi tocante. O Acqua não é e nunca foi apenas um mercenário, ele sempre viveu com honra, ele sempre se preocupou com os outros, perante um ataque imoral e covarde do Fiamma, o Acqua não poderia fechar os olhos e fugir. O desfecho do acto de bravura do Acqua era esperado, o corpo dele ficou bastante débil por causa do excesso de Telema que o Arcanjo Gabriel tinha. O discurso dele nesse estado foi esclarecedor, o Fiamma se apoiou demais no poder do Arcanjo e do Telesma e se esqueceu do facto que as pessoas se unem em momentos de aperto.

Foi muito bom, ver o Hamazura auxiliar o Acqua, uma mão lava a outra. A forma como o Hamazura levantou a moral do Acqua, foi bem realista, para um cavaleiro honrado, o sorriso das pessoas que o admiram e amam são a coisa mais importante do mundo, o Acqua não poderia morrer ali de jeito nenhum.

A participação do nosso herói da trama, Touma foi curta neste episódio, mas extremamente importante, afinal ele descobriu uma fraqueza no controle remoto que controla a Index. Até neste momento o Fiamma continua iludido com o poder supremo que ele julga ter, o que deixa no ar, os truques que ele ainda deve ter na manga.

Por fim, a participação do Hamazura e da sua namorada Takitsubo, também foi curta neste episódio, mas importante também. O Hamazura teve um desenvolvimento supremo nesta terceira temporada de Index e neste episódio isso foi provado, quando o Hamazura se recusa a abandonar as pessoas que o ajudaram. É preciso coragem para atacar uma instalação de silos de misseís nucleares ultra protegida pelos soldados russos. Este episódio terminou com muitos bons ganchos, fica até difícil escolher o melhor deles.

Até à próxima semana.

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