Estamos saturados de produções com vampiros. Vampiros podem ser criaturas que bebem sangue para sobreviver, e com isso, transformar a pessoa mordida em alguém de sua espécie. Vivem da noite, pois se saírem quando está claro, morrem queimados. Possuem a pele pálida, dentes e unhas afiados e se vestem de preto. Quanto mais escuro, melhor.

Mas também existem aqueles vampiros que beiram ao ridículo, que brilham quando expostos ao sol, podem viver tranquilamente entre os humanos e possuem tamanha força e inteligência que acaba sendo mais popular que a pessoa normal mais popular da escola (cof cof, Crepúsculo, cof cof).

Porém, em outubro de 2003, Kagesaki Yuna teve a ideia de criar uma historinha divertida onde uma vampira, ao invés de sugar sangue, o cria e acumula, fazendo com que cenas ora cômicas, ora dramáticas, se desenvolvam.

Em Karin, as coisas funcionam um pouco diferentes com os vampiros. Eles são criaturas noturnas, queimam quando expostos ao sol e possuem dentes e unhas afiados. Mas tem uma coisa que se difere: ao invés de morderem uma pessoa, sugarem o seu sangue e transformá-la em outro vampiro, quem é mordido tem alguma coisa ruim tirada do corpo, podendo ser mentira, arrogância, estresse… Ou seja, o humano fica mais disposto e até mesmo mais honesto, porém os efeitos não duram para sempre.

Os membros da família de Karin são assim, exceto pela protagonista ser uma meio-vampira criadora de sangue. Ela também precisa morder alguém às vezes, mas ao invés de sugar o sangue, ela injeta o seu próprio no humano, e acaba se tornando mais disposto. Ela se difere no fato de não se queimar ao sol e poder interagir com outras pessoas, a não ser que uma delas tenha a sua preferência sanguínea e o sangue queira sair dela com tudo, que é quando Karin conhece Kenta, um menino pobre que tem uma mãe que sofre em encontrar emprego.

Uma grande descoberta que atrapalha muito Karin: sangue em excesso saindo de seu nariz.

Eu assisti este anime quando tinha 17 anos, e era uma época em que eu ainda conseguia converter algumas pessoas para ver animes e comentar sobre eles mais tarde. Estava no segundo ano e naquela época eu não sofria preconceito com isso tanto quanto sofro hoje por ter quase 30 anos e ainda ver “desenhos animados”. Bem, consegui fazer com que duas amigas minhas vissem comigo. O anime tinha saído em 2005 e já vi gente fazendo propagandas boas dele, e 2007 era a época que conseguimos usar internet em banda larga em casa.

Antes era internet discada, e era super difícil de ver animes na velocidade que vejo hoje. Para quem não sabe, era tão lento que não chegava a 1Mb de velocidade, e eu via mais vantagens de baixar músicas e mangás. Mas voltando para 2007, todos os episódios que víamos de Karin, eu e minhas amigas comentávamos com nossas visões meio que inocentes da época, até mesmo para a abertura coberta de nudez e sangue.

Na verdade, a abertura não atrapalhava tanto e conseguimos assistir e comentar o anime de forma divertida e relembrando as cenas mais grudentas, como a maneira pela qual o Winner-kun chama a Karin. Mas revendo o anime este ano, percebi o quanto este anime chama a atenção pelo fato do abuso sexual, principalmente por causa da mãe do Kenta, que sempre acaba perdendo o emprego porque seus chefes querem se aproveitar dela sexualmente.

Usui Fumio, sempre assediada e infeliz por perder os seus empregos.

A infelicidade era tanta que perdurou praticamente o anime inteiro, se não fosse por uma coisa que aconteceu. Pois bem, Karin não é apenas um anime de uma garota criadora de sangue, mas também sobre seu cotidiano normal. A protagonista pode morar com os pais, mas pelo fato deles só conseguirem sair à noite, ela própria se sustenta, fazendo-a se tornar um pouco mimada quando tem oportunidade para isso.

Mas ela própria que faz o almoço e o jantar, ela que precisa trabalhar para comprar suas coisas, além de não conseguir conversar direito com sua família porque chega em casa com muito sono após o trabalho ou um dia extenso no colégio. A vida de uma meio-vampira não é fácil, e Karin experimenta isso na pele.

Ela sofre até mesmo no trabalho.

Eu havia comentado sobe abuso sexual logo acima, mas não só a mãe de Kenta que sofre com isso, mas também Karin, por várias vezes tentar ser forçada a fazer coisas com homens que nem conhecia, mas sempre tinha alguém para auxiliá-la a se livrar deles. Às vezes eu penso que a autora aumentou os seios da Karin de propósito.

Também tem uma relação amorosa que se desenvolve no anime, e tem toda uma explicação do porquê vampiros e humanos não podem/devem se relacionar, já que sempre terminava em tragédia. Mas eu não vou dar detalhes, porque assistir o anime é bem mais divertido que ler alguém como eu descrevendo toda essa história.

Pois bem, Karin é um anime que sempre gostei muito, apesar dos pesares, e espero que quem ainda não o tenha assistido repare com carinho todas as dicas que ela passa.

Muito obrigada por ler este artigo até o final e nos vemos no próximo! o/

Comentários