Como a segunda temporada já foi anunciada, esse adeus não é um adeus, mas apenas um até logo. E a despedida foi boa, com direito a alguns dos melhores elementos que divertiram o público ao longo da jornada. Um bocado de comédia romântica, um pouquinho de drama e uma dose encantadora de fofura. Mal posso esperar pelo retorno de um anime tão prazeroso. É hora de Bokuben no Anime21!

Sabe qual foi a utilidade da “sessão de estudos de pijamas”, além de me permitir zoar um pouco nas imagens? Reforçar a importância do momento que se aproxima a passos nem um pouco largos, uma decisão que mudará para sempre o status quo visto na obra.

Quando o vestibular passar, a quem ele, nosso simpático e ainda denso protagonista, dedicará o seu amor?

É muito bom pra ser verdade?

É impossível que ele não se deixe cativar por ao menos uma delas e é sabendo disso que um momento assim fazia sentido no episódio que encerra a primeira temporada do anime. Um episódio da Fumino sim, mas também delas todas!

Fechar a primeira temporada justo com um Festival de Verão foi uma bela ideia, afinal, todas elas são moradoras da região, então faz sentido que compareçam a esse evento, e já que amigos em romcom são como usuários de Stand em Jojo, eles se atraem!

Na verdade, isso é culpa do roteiro, mas é uma culpa que não incomoda. E como em um passe de mágica, o Nariyuki foi sendo atraído pelas garotas, até mesmo pela adulta Kirisu-sensei, uma a uma. Digo, cada uma teve tempo com ele, mas a Uruka e a Rizu tiveram menos.

Mulher japonesa e yukata, se existe combinação melhor desconheço!

O primeiro caso é compreensível, a Uruka teve um episódio praticamente dela na semana anterior, né.

O segundo já me incomoda um pouco, porque faz tempo que a Rizu não tem os holofotes voltados para ela, só que em compensação ela beijou o Nariyuki, então, trocaram tempo de tela dela por isso?

Não sei, é assim no mangá, o anime praticamente só adaptou tudo certinho. Eu espero e acredito que compensarão na segunda temporada.

Assim como a Fumino com seu amor em crescente, um plot que vem pedindo passagem de uns episódios para cá. Ao menos elas tiveram seus momentos clichês de romcom com o Nariyuki, o que também aconteceu com a Pixie Maid e a sensei!

Aliás, a Pixie Maid também mal teve tempo de tela, mas ao menos mandou bem ao zoar com o Yuiga na enfermaria. Lembrando que ela estudou no mesmo colégio deles, não é estranho que frequente o mesmo festival, né?

Já a Kirisu deu uma de sensei, foi ao mesmo tempo foda e fofa. Arrasou atirando para ganhar os prêmios, mas, por que queria prêmios que deveriam ser para as criancinhas, não para uma adulta?

Se foi só o costumeiro toque de infantilidade da parte dela, não tem problema, pois daí em diante foi um festival particular de momentos fofos de uma personagem tão querida pelo público, e que, assim como a Fumino, tem um plot, um aparentemente bem dramático, pedindo passagem.

Nas condições atuais não tinha porque tocar no assunto, mas tenho certeza que de Outubro em diante os dramas pessoas da Kirisu serão um tema forte de Bokuben – e espero que não percamos por esperar.

A segunda metade do episódio foi toda da Fumino, o que se provou uma escolha acertada já que não só a garota está cada vez mais se apaixonando por seu tutor, como também tem um pano de fundo a ser apreciado. Que é triste, mas ao mesmo tempo bonitinho. Pode ser sonhador querer trabalhar em uma área devido aos sentimentos que se tem pela mãe, mas ela não é a Rainha das ciências humanas por acaso, né?

A Fumino é sonhadora, mas ainda tenta “ensinar” o Nariyuki mostrando que consegue ser bem pé no chão, então encaro a dedicação dela em passar em um vestibular na área das ciências exatas um meio termo.

A forma mais realista que ela encontrou de tornar seu sonho possível e isso é bacana de ver em uma personagem tão legal, que se preocupa com as amigas, mas, cada vez mais vai ganhando consciência dos sentimentos que possui e, mesmo sem tê-los admitido, se esforça por eles – sem trair ninguém, e principalmente sem trair seus desejos e princípios.

O Nariyuki vê na Furuhashi a garota legal que ela é e a apoia gentilmente, deixando a garota confortável o suficiente para abrir seu coração um pouco e mostrar uma fragilidade que ao mesmo tempo é a sua força!

É por essa segunda parte que não tive como achar esse episódio ruim, mas realmente bom. Simples, um pouco agridoce, mas ao mesmo tempo reconfortante, sensível à sua maneira. Momentos como esse me fazem gostar mais desses personagens, gratificando o tempo investido pelo público, já que lembram a ele que tem sim algo de profundo e belo nas histórias de “subversão” dessas garotas.

Só se for agora.

Elas irão virar o prognóstico de cabeça para baixo e espero estarmos lá para ver isso, afinal, lugar de mulher é onde ela quiser!

Sei que parece um discurso feminista que saiu do nada, mas, ainda que não tenha a intenção, Bokuben é sim uma obra que pode inspirar pessoas a fazerem aquilo que a sociedade diz que elas são incapazes – até seus próprios esforços apontam isso, é verdade, mas isso é algo que pode ser mudado –, de fazer e principalmente mulheres, pois sabemos que são elas as mais taxadas como incapazes pela sociedade.

Espero que o potencial desse discurso não seja desperdiçado, pelo contrário, que seja levado à frente ao mesmo tempo em que divide espaço com a comédia e o romance; ou tem menos espaço que eles, mas o que já está tendo considero o suficiente.

O que a Furuhashi viu debaixo das cobertas você não vai acreditar!

Bokuben já mostrou que é capaz disso, então eu sinto segurança em afirmar que tenho boas expectativas para a segunda temporada. Já o saldo dessa eu só poderia chamar de positivo, pois mesmo estando cheio de clichês o anime tem muita coisa legal por baixo das cobertas.

Digo, tem muito mais coisa legal que ruim a se destacar. A história pode não ter a mesma complexidade, nem o mesmo apelo dramático, que outras obras da mesma liga, mas eu acho que já está ótimo desse jeitinho mesmo.

Nos vemos em Outubro com mais Bokuben para nos alegrar!

Só me acorde quando a segunda temporada chegar!

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