No episódio 22, Chihaya joga nas semifinais do Oeste para saber quem iria ficar frente a frente com a atual Rainha, Shinobu. Sua adversária é Yamamoto Yumi, a antiga Rainha, que é uma pessoa que se tornou contestadora no mundo do karuta. Apesar de começar perdendo por conta de sua falta de confiança, ao final conseguiu virar o jogo.

Yumi é uma mulher muito influente no karuta por causa do seu título adquirido há alguns anos. Atualmente, trabalha em um banco em Tóquio e o tempo que se dedica ao esporte é muito pouco. Impressionante como ela conseguiu chegar tão longe com tão pouca prática.

O que atrapalhou bastante foi a compressão, que deixou a sala bem quente. Ainda bem que impediram os jogadores jogarem com hakama, se não os movimentos se cessariam ainda mais, e o calor seria ainda mais insuportável. Chihaya não teve muita sorte do meio para o final do jogo, principalmente pela falta de concentração, porém aprendeu uma lição importante: ao terminar a partida e não cumprimentar o adversário é como se fosse uma dupla falta, quem erra é você.

O que me deixa meio triste é não mostrar direito como foram as partidas masculinas, mas como é um anime focado na parte feminina, já que Chihaya é quem tem um amor incondicional pelo jogo, acho que é um bom motivo. Estou escrevendo isso porque não mostrou por completo a partida entre Harada e Sudo, e a partida do Mestre também durou menos tempo quanto a da Rainha.

O jogo que foi mais focado: Shinobu e Yumi.

Mas não é motivo para ficar desanimada com o anime, pois, como havia escrito, é focado na Chihaya. Quando a protagonista viu a partida entre Shinobu (que embora o ganho de peso tenha atrapalhado um pouco, ainda continua bem rápida) e Yumi, percebeu tão atentamente as mudanças que até mesmo se esqueceu de focar na partida do Mestre.

Percebeu-se que, tanto para a Shinobu, quanto para a Yumi, karuta era a única forma de seguir com suas vidas, sem desistir.

Uma coisa a se considerar de importante é que tanto a Rainha quanto o Mestre atuais são muito jovens. Shinobu tem 16 anos e Suou nem terminou o ensino médio ainda. Ela tem movimentos graciosos e consegue pegar as cartas em uma velocidade incrível. Ele é mais selvagem e a leitora oficial mal abre a boca e ele consegue pegar a carta.

Apesar dos dois serem Mestre e Rainha, Suou é mais solto (apesar de sério nas partidas) e Shinobu tem uma língua mais afiada, porém tem mais bom senso que ele.

Embora Yuuhei tenha dito que o estilo de Chihaya seja parecido com o do Mestre, a partida foi tão rápida que não deu para ela dizer o que estava sentindo, e Tsutomu, ao saber que Suou consegue ouvir 28 cartas de uma sílaba, a partir de suas anotações, percebeu que a protagonista consegue ouvir 20.

E enquanto todos eles estavam assistindo juntos ao jogo do Mestre, Arata fez um treino mental para tentar adquirir o conhecimento que precisava para ver se era páreo contra Suou ou não, e acabou perdendo. Acabou que todos perceberam o quanto treino e foco são importantes em todos esses dias.

Mesmo em seu treino mental, Arata perde.

E apesar de não terem praticado o suficiente desde o natal (apenas Chihaya e Tsutomu passaram juntos e o resto sofreu calado, fazendo com que todos percebessem o quão são importantes um para o outro, como se fossem uma família), ainda não perderam o fôlego quando retornaram a jogar. Inclusive, haja prática para Kanade, que quer ser uma leitora profissional (que inclusive foi a única do grupo que percebeu o que Taichi sente por Chihaya).

E mais esforço ainda para o Clube de Karuta, que precisa arranjar mais 5 membros novos para não perderem a sala, que de início ninguém queria, mas agora querem que pertença ao Clube de Música. Apesar de todos os personagens terem amadurecido, às vezes velhos hábitos nunca se perdem, como o interesse da Kanade pelo orçamento do clube, ou o fato de Chihaya ser desleixada em sua propaganda (com a ajuda da professora responsável pelo grupo, claro que vai ser ainda mais maciça).

A “beleza em vão” segue em sua incansável tarefa na segunda temporada.

A primeira temporada é muito importante para percebemos que podemos crescer mesmo que as chances de voltar a fazer o que fazia antes seja ínfima. Quanta gente desrespeitava o esporte e agora respeita, e quantos traumas de infância foram criados para agora voltarem ao exercício com tudo. São histórias pessoais incríveis, inclusive para quem quer ter autoconhecimento de alguma forma.

Muito obrigada por ler este artigo até o final, e nos vemos no próximo! o/

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