Fruits Basket (2019) – ep 16 – O verão também traz marcas no coração
Este episódio é um dos mais importantes do anime, pois explica o porquê de Uotani começar a respeitar tanto a mãe de Tohru. Na época foi um verdadeiro choque ter que admitir que a imagem da “Borboleta Escarlate” mudou para uma mãe amorosa e devota.
Claro, Uotani era muito nova na época, então ver aquilo lhe deixou com nojo, principalmente por conta de sua família ser tão desestruturada. O que não deu a entender foi se o pai dela já era alcoólatra antes de sua mãe abandoná-la ou se se tornou desse jeito por se tornar indesejado, porém acredito que ele já tinha tendências ao alcoolismo (hoje a Unotani controla quantas cervejas ele pode tomar, já que não é mais uma delinquente juvenil).
O episódio, de um presente vindo do coração, tornou-se muito melancólico, porém a partir dessa história, percebemos o quanto podemos mudar quando temos apoio de alguém que se ama muito, seja a pessoa da família ou não.
Também preciso discorrer sobre uma coisa: nem todas as crianças que estão em lares desajustados tornam-se rebeldes de fato. Conheço pessoas doces que os pais simplesmente não estão nem aí para elas. Sendo assim, a criança que recebe um tipo de tratamento diferente nem sempre fica ruim.
Claro que muita gente fica “da pá virada” por conta da família e não consegue conviver em sociedade sem entrar em brigas, que foi o caso de Uotani, que se tornou uma pessoa melhor, porém nem todos entram nesse quadro. É algo que as pessoas aprendem quando convivem com outras, e isso pode corrompê-las ou não.
Acredito que, por Uotani ter se tornado uma pessoa completamente diferente daquela delinquente que era, que lutava só para sair do tédio e terminava toda estropiada, o pai dela decidiu ir ao médico se tratar. Mudanças em alguém da família geram confiança e uma melhor qualidade de vida.
Uotani hoje não quer ser mais delinquente, pois tem ciência de que não vale a pena arriscar a vida por algo que não lhe traz nenhum retorno. Quando conheceu Tohru, se sentiu totalmente revoltada, ainda mais por ver a mãe da protagonista tão melosa e amorosa. Foi totalmente anticlimático e sua visão de uma heroína se tornou distorcida.
Hoje ela não se imagina sem a Tohru, muito menos sem as doces lembranças da mãe dela. Claro que demorou um tempo para perceber que aquilo que estava fazendo por si própria só lhe traria a ruína, como também demorou para perceber que aquilo seria uma fase importante na vida dela.
Importante porque ela não tinha outra perspectiva da vida, a não ser sobreviver à base da violência e do terror psicológico, e idolatrar a “Borboleta Escarlate” era tudo o que precisava para continuar vivendo. A imagem da Tohru lhe deixou mais chocada ainda, principalmente porque a protagonista não se parece nada nada com uma delinquente, e mostrou o seu lado mais desastrado no dia do encontro entre elas.
O nojo aumentou quando Uotani viu a mãe de Tohru. Como a heroína dela virou aquilo? A diferença entre o comportamento de suas famílias era totalmente diferente, e o horror foi tomando conta da delinquente, até que decidiu ir para casa e voltar para o seu pai alcoólatra.
No episódio também mostra dois tipos de delinquentes diferentes: o violento e o que se acha violento, que é o caso do trio de delinquentes idiotas que encheram o saco o episódio inteiro. Acho que elas chegam a ser piores que o fã clube do Yuki, porque a idiotice delas está em um patamar maior. É aquela famosa frase que diz: “Não sei o que dizer, só sentir”.
Muito obrigada por ler este artigo até o fim, e nos vemos no próximo! o/