Permanecerem vivas numa ilha aleatória qualquer, está começando a se tornar algo mais palpável para o grupo de elite desse anime, pois depois dos sustos iniciais, as protagonistas estão aos poucos se adequando a necessidade e aprendendo o que podem da melhor forma possível. Se elas se tornarão estrelas e profissionais da sobrevivência só o tempo dirá, mas vamos ver em que pé essa turma está?

Nos outros episódios o que acontecia é que as garotas estavam querendo ajudar, mas suas personalidades imaturas e frescas não as deixavam ao menos tentar devidamente, dificultando a vida da Homare. Em compensação, a dedicação dela em prol do time fez com que ela acabasse as mimando, entrando na realidade daquele ditado: “você dá a mão, a pessoa já quer o braço”.

Asuka que até então fazia algum esforço físico, agora faz corpo mole e explora sem vergonha nenhuma a mestra, Shion e nada dá na mesma – mas ela já melhorou ao menos seu humor em relação a Homare -, cabendo a Mutsu ter o mínimo de decência e partir pro braçal.

Achei interessante que a própria nerd reconheceu sua impotência, mesmo com todo o conhecimento que tinha e decidiu de fato mergulhar na ideia do aprendizado sobre técnicas de sobrevivência, em um esforço que rendeu frutos para todas.

Avançando um pouco no intuito de melhorar a dieta, finalmente Homare consegue ajuda ativa com Mutsu e Asuka – Shion ainda permanece imprestável. Vendo a real necessidade e que agora já estão no ponto do “vai ou racha”, elas decidem participar da caça a comida, protagonizando momentos curiosos como os testes de armadilhas e a crise de consciência ao precisar matar animais com as próprias mãos.

Nesse meio tempo já deu para notar que Homare está ficando mais aberta com as colegas, se comunicando e espalhando um pouco mais e vejo isso como um reflexo da inserção delas em seu mundo, não estão mais na condição de garotas alienadas que a largam de qualquer jeito, se virando e sequer compartilham interesse sobre o que ela ama, sabe e faz.

Acredito que no próximo episódio pode vir a chance da patricinha se redimir com as colegas e tentar algo de verdade, porque o parasitismo e frescura dela já passaram do ponto de ser tão engraçados. No mais o episódio teve uns fanservices aqui e ali, mas nada demais, tudo continua bom como deve ser, continuo me divertindo vendo as protagonistas evoluírem como dá.

 

*O Manual de Sobrevivência da Homare*

 

Dica 1: A protagonista explica sobre um modo de testar as frutas e vegetais que é bem interessante através da pele. Fazendo um corte sobre o vegetal e passando sua superfície sobre alguma região sensível da pele, como a região do pulso, cotovelo e outros, pode ajudar a identificar a toxicidade e contribuir para um menor impacto, já que a reação será bem menor do que com a ingestão – deve se considerar uma média de 15 minutos.

Dica 2: Para fazer fogo Homare utilizou uma garrafa com água como lente, pois bem, o objeto plástico transparente serve como molde e o seu formato circular juntamente com a água nele contida – que tem um índice de refração próximo ao do vidro – acaba se tornando uma lente convergente. Essa ao receber a imagem e os raios do Sol concentrados num único ponto, acumula e projeta energia térmica, assim queimando facilmente outros objetos.

Dica 3: Asuka encontra um sapo e é advertida sobre sua periculosidade, com isso acredito que muitos se perguntem o que fazer então com esse bicho. Os sapos diferentemente das rãs, possuem as chamadas glândulas paratóides, que produzem veneno e impossibilitam assim o seu consumo.

Quando Homare se refere aos olhos, a biologia explica que esses anfíbios possuem uma espécie de sensor ocular que envia vários comandos de reação diferentes ao animal e um desses é o ato de expelir veneno pelas glândulas laterais da cabeça quando ameaçado.
Aparentemente as pernas estão livres do contato direto com o veneno interno e há quem diga que com o devido tratamento químico, se é possível comer a carne inteira do sapo.

Dica 4: Cheirar e analisar fezes não é agradável, porém é útil e Homare prova isso ao imaginar sua provável presa. Estudos mostram que o cheiro e a estética do “cocô” ajuda muito pois tem várias definições e especificidades, por exemplo, a cor escura demais indica que a dieta do animal é carnívora, já outros com tom esverdeado e mole com cheiro característico de “mato”, indica herbívoros que processam e reprocessam o alimento.

No caso da identificação da protagonista com o coelho, isso se deve ao formato de bolinhas, que é característico de animais que digerem a comida em ciclos – como o roedor -, dividindo a para melhorar o processo.

Dica 5: Essa é mais um adendo ao veredito da Homare. Coelhos em si, diferentes de suas parentes lebres – ou mesmo do esquilo – que apreciam o ar livre, preferem locais fechados e tocas, facilitando ainda mais a sua identificação. No caso do “coelho-europeu” ainda existe a questão de ele ser a espécie silvestre mais comum em todo o mundo, ou seja as chances de se encontrar com um é bem alta se comparado aos demais, que tem habitats mais particulares.

Enfim, isso é tudo pessoal, agradeço a quem leu este artigo e até a próxima sobreviventes!

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