Há horas em que o Kanata está andando pelo mundo da loucura, mas ninguém o segura quando está sério. A preocupação do capitão sobre quem é o assassino, é uma prova de que o personagem pode se tornar um grande capitão – isso sem deixar de ser biruta como é.

Kanata não é só um bom capitão por isso. Veja só, quantos personagens ele já salvou? Em situações críticas ele fez o possível para deixar todos em segurança. Disso nós temos vários exemplos, como a cena icônica em que ele salva Áries no 1° episódio, e após isso, Funicia, Yunhua, Ulgar, Luca…bem, muita gente, ou melhor dizendo, todos.

Também não podemos nos esquecer do seu manual de sobrevivência com aquelas regras estranhas. Tais regras, mesmo sendo extremamente ridículas e cômicas, soam como motivações para os personagens. As experiências das viagens com o seu professor o fizeram forte.

Além disso tudo, há ainda a estabilidade que ele dá para a tripulação. A situação em que os personagens se encontram não é brincadeira, mas lá está o Kanata para dar a eles tranquilidade. Ele é o pilar que mantém o psicológico dos protagonistas em bom estado, e é por causa disso que não há tanto desespero por parte desses jovens ao longo dos episódios.

Não bastando isso, ainda temos a revelação do assassino, sendo uma ideia dele todo o plano mostrado nesse episódio. Foi um esquema bem bolado, e já estava quase na cara que não era o Ulgar – já basta o Ray de The Promissed Neverland.

Acho bem válido falar também sobre o início do episódio. Polina estava perplexa com o planeta que havia visto, já que era bem parecido com a Terra. Essa tinha sido a última coisa mostrada no episódio 9, e acabou dando origem a seguinte pergunta: é a Terra ou não?

Na verdade, não. Essa resposta é mostrada com as ligações históricas que Polina e Aries faziam. A tripulante resgatada ficou pasma ao saber que os jovens não sabiam de seu passado, pois o que vinha sendo mais desenvolvido nas escolas, era exatamente o olhar para o futuro e o esquecimento do passado.

Tal fato faz com que pensemos numa coisa: aqueles que transmitem essa corrente querem esquecer do passado – como se estivessem arrependidos. A história é o estudo do lento processo de transformação do mundo, que dá origem aos períodos que conhecemos, então podemos pensar que algo pode ter gerado uma drástica modificação, um algo que não deu certo.

O contraponto chega na falsa 3° Guerra Mundial, no momento em que Aries fala sobre as consequências dessa guerra, com a morte da metade da população e a formação do Governo Mundial. Após isso, houve a abolição das armas e o mundo ficou em paz.

Paz mesmo só em utopia, não é? Um conto de fadas desse tipo nunca aconteceria. Tudo bem, a guerra não aconteceu, mas as consequências sim, e estaria isso ligado a migração planetária? Em 2049 veio a tona a descoberta de um asteróide que atingiria a Terra em 2057, e foi aí que enviaram as naves ARCs – duas delas são a nave de Polina e a nave dos protagonistas – para descobrirem novos mundos habitáveis.

A humanidade conseguiu achar o mundo que é conhecido por Astra, mas atualmente é 2063, e os protagonistas não sabem dessa tal migração. Obviamente são adolescentes, e as idades que têm são definitivas para saberem sobre essa grande viagem. Resta então dizer que falta um “pedaço” do tempo, ou melhor, os adultos estão escondendo algo.

Depois da agradável conversa, foi colocado em prática o plano para descobrir quem era o tal traidor, resultando em uma quebra de expectativa que na verdade acabou não sendo uma, pois como falei anteriormente, estava bem na cara que não era o Ulgar.

Resta agora ouvir a historinha do Charce e conhecer mais sobre Vixia, podendo haver aí um elemento que tenha grande conexão com algum fato que já tenha sido revelado.

Bom, espero você na próxima análise, fui!

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