As meninas chegaram, melhoraram e se uniram, porém um imprevisto agora na reta final, empurra nelas o maior desafio que encararam desde que chegaram a ilha. Como será que o grupo vai lidar com tal obstáculo?

O grupo já vem vivendo de forma mais tranquila, se adaptando e tornando mais fácil a experiência. Mesmo Shion que tinha sido uma dor de cabeça ao longo dos dias, soube se moldar e criar algum bom senso, agora todas elas realizam atividades com mais segurança – caçando, construindo e explorando a mata.

A amizade que as garotas compartilham também já está muito mais sólida, considerando que nos primeiros momentos, elas não sabiam direito como se portar umas com as outras em qualquer situação.

O episódio consegue ser divertido trabalhando bem essas nuances mais evoluídas de cada uma, somadas as sobras dos seus exageros pessoais, e gostei disso. Acredito que mesmo focadas em sobreviver as intempéries – e se saindo bem até agora -, manter esse pequeno nível de loucura e deboche é bom para o psicológico.

Homare continua surpreendendo com sua coragem e conhecimento vasto, mas o que mais inspira as suas amigas é exatamente o seu altruísmo e pensamento de equipe. Ela sabe que precisa manter a todos bem, não poupando esforço – por isso que todas decidiram ser melhores -, e achei legal a cena que mostra a Shion agindo com mais intensidade justamente para agradar ela e mostrar que realmente mudou.

Infelizmente para a moça, a história agora segue o curso padrão dos animes – jogando uma situação de tensão nos 45 do segundo tempo -, e a hora da sua mudança acaba trazendo um desafio complicado e arriscado. Até entendi que ela estava bem concentrada, mas não compreendi como ficou sem observar o seu entorno, já que qualquer pessoa sabe que no mar a correnteza pode acabar a arrastando.

Acredito que o próximo episódio – apesar de salvá-la rápido – trabalhe mais o psicológico das meninas com essa perda inicial, principalmente o da Homare, que provavelmente se sentirá responsável por não ter prestado atenção e ter deixado a sua companheira ser levada pelas ondas, ciente da sua inexperiência.

Ainda assim, mesmo que as outras ajudem e mostrem todo o significado da amizade entre as quatro, gostaria de ver a nossa querida patricinha vencer com a própria garra, pois daria um sentido muito maior ao que ela própria está buscando em relação a si mesma e seu papel no grupo. Enfim, aguardemos pelo que os ventos animados nos trarão.

*Manual de Sobrevivência da Homare*

 

Dica 1: O bambu é bem versátil e leve, mas pouco resistente ao fogo por conta da sua estrutura interna vazia e relativamente fina. O que acontece no entanto é que esse pequeno problema acaba virando uma solução para as garotas na hora de trabalhar e sem ferramentas de apoio.

Por ser oco, quando é exposto ao calor intenso o bambu cria um bolsão de ar quente, que acaba fazendo com que o colmo exploda e parta a peça, devido a expansão constante desse ar – sendo esse mecanismo um aliado importante para aqueles em situação de emergência.

Dica 2: Os morcegos aparecendo ao final do episódio também são um indicativo importante – por isso o foco neles na cena -, pois a sua movimentação diz muito sobre os arredores e clima. Como os únicos mamíferos que voam, esses animais tem uma esquemática migratória similar a das aves. Algumas de suas espécies são conhecidas por saírem do Hemisfério Norte em direção ao sul durante o inverno, buscando uma temperatura mais amena – e menos fria e seca.

Como o Japão se localiza completamente no norte, e no outro episódio tivemos um segundo indicativo de mudança na temperatura, imagino que os morcegos só reforcem a nova dificuldade do grupo com a estação fria – incluindo os fortes ventos que deram o ar da graça.

Por hoje é só minha gente, agradeço a quem leu e até a próxima sobreviventes!

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