Se eu tivesse que resumir esse episódio final daria para fazer isso em poucas linhas. O roteiro e a forma como as coisas aconteceram foi aquilo que muitos já conhecem: herói e vilão discutem sobre seus ideais, depois o heróis toma uma surra chegando perto de morrer e após algum tipo de incentivo volta a vida e vence a batalha. Porém num cenário de guerra nem sempre vencer a batalha significa algo, ainda mais quando a guerra está quase perdida. 

Mesmo assim é foi importante descobrir tanta coisa nessa batalha. Seja sobre a situação, sobre o Hank ou até mesmo o Cain, deu para ter uma noção maior de todo o panorama geral. É uma pena que a conclusão não virá nesta temporada e talvez nem tenha uma nova, mas ao menos deu para entender um pouco mais disso tudo que nos foi apresentado. O que resta agora é partir para o mangá (que inclusive tem artigo aqui no blog rs).

Hank tem uma visão muito clara da situação dos Encarnados. Ele sabe que sua criação foi um erro e que a humanidade não precisa de tal poder. Se a própria criadora desses seres percebeu seu erro, imagina as pessoas que tiveram seus entes queridos mortos por esses “monstros” descontrolados. Talvez isso foi uma opinião convicta que Hank teve do começo ao fim, afinal, quem pode contra os encarnados?

Mas obviamente Cain é contra essa ideia e partilha do mesmo pensamento que alguns dos Encarnados já mortos. Eles são deuses, seres que devem governar o mundo além de toda a adoração que devem receber. Porém é claro que isso é apenas uma forma de ver a situação, até porque como mencionei acima, eles já causaram muito estrago para serem aceitos sem mais nem menos. Aliás, eles ainda vão causar mais danos para todos com esse plano maluco de dominação mundial (que é bem realístico inclusive).

E como estamos tratando de uma guerra é sempre bom lembrar que não há um lado certo. Não sabemos muito do presidente “aliado”, mas temos informações suficientes para saber que boa pessoa ela definitivamente não é, assim como alguns de seus subordinados. O comandante encarregado dessa batalha é um ótimo exemplo do quão cruéis são os humanos que tanto se passam de vítimas. É como o Cain bem falou: “eles nos criaram para começo de conversa”. 

Mas a responsabilidade de acobertar esse erro vem sendo grande demais para esses líderes tolos. Seus movimentos são insuficientes e seu modo de tratamento com possíveis aliados é o pior possível (Hank que o diga). Veja bem, eles estão numa guerra e por isso precisam da maior quantidade de pessoas ajudando, além de qualidade que poderia ser suprida com a vinda do Hank (ou pelo menos iria diminuir). Mas aí eu pergunto: como ele vai confiar em pessoas que quase o mataram “sem querer”? Nessa altura do campeonato Hank infelizmente tem poucos aliados.

Por fim, o futuro. Cain foi derrotado mas seu exército continua a avançar em outro lugares, chegando num ponto onde eles se tornaram ainda mais fortes e assim, uma ameaça cada vez mais complicada de ser eliminada. O sul foi conquistado assim como o oeste, restando apenas parte do norte que está seriamente ameaçada com uma iminente batalha contra um exército de encarnados. E se tratando deles, foi interessante descobrir o motivo de tanta consideração para com o Hank. 

O rei das bestas. O “cargo” que Hank recebeu é nada mais nada menos que algo perigoso que coloca sua força em cheque, afinal, se ele perder o controle novamente será muito difícil conter seus movimentos. Mas acima disso, mostra que Cain de certa forma pode acabar precisando dele, afinal, sua força é grande demais para deixar de lado como um simples inimigos. 

Porém a forma como Cain fez as coisas e seus motivos que guiam suas ações são problemáticos e vão contra aquilo que Hank acredita e aplica. No fim, eles estão destinados a se enfrentar (talvez com Elaine no meio disso como uma encarnada?) e talvez morrer onde tudo começou: no campo de batalha.

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