Até certo ponto estava achando o episódio apenas okay, normal, mas o que rola nele, principalmente do meio para o fim, me fez lembrar de elogiar algumas qualidades que gosto muito em Dr. Stone e acho importantes para o aproveitamento da série no geral. Sem mais delongas, é hora de Dr. Stone no Anime21!

O Senku vai, ao menos tentar, derrotar o Tsukasa usando um telefone celular, mas para isso, como o diagrama indica, tem algumas coisas que ele precisa fazer e você esperava que a primeira fosse algodão doce? Não lembro disso no mangá, mas há uma boa razão para associar doces a um processo científico.

Dr. Stone busca o público jovem (não à toa o mangá sai na Weekly Shonen Jump), dialoga com aqueles que digerem mais fácil o diálogo expositivo diluído em meio a uma conversa descontraída, até cômica, e liga menos para detalhes lógicos, priorizando seu entretenimento a uma construção mais profunda.

Não que a obra seja rasa, não é isso, mas associar os processos científicos as facilidades do mundo moderno traz um público menos exigente para perto da obra com mais facilidade, mas isso em termos relativos, pois é muito exigente com um divertimento que tanto instigue, quanto acomode. O desse anime.

Até quando é didática a narrativa faz isso de maneira fluida e logo quebra com uma piada, distribuindo de forma gradativa o conhecimento que busca passar. Esse é um ponto que elogio, pois acho que é feito o melhor possível dentro do “molde” no qual uma série do tipo costuma se encaixar. Há um equilibrio nisso.

Enfim, o algodão doce ganha a luz do dia e a Homura come ele e o associa a um típico festival de verão japonês. Isso significa que ela vai trair o Hyoga por algo que deseje muito e ficou para trás com o mundo perdido, o que é mais ou menos o caso do Gen? Não necessariamente, mas é indício de que é possível, né.

Por ora, só o que posso tirar dessa situação é o que a Ruri fala sobre o Senku, que acredita em sua boa vontade para com o próximo, mesmo sendo inimigo. Você acredita nisso? Eu sim, afinal, ele é um cientista e os cientistas não devem fechar vias de diálogo, mas construir pontes em cima de rios profundos.

E claro que não é só por causa da natureza dele enquanto cientista, mas também porque ele é uma pessoa boa capaz de se preocupar com os amigos e acolher até mesmo os inimigos. Nada novo para um protagonista de mangá da demografia shonen, mas feito sem a melosidade excessiva de costume.

Por quê? Porque ele é um cientista! No fim não dá para dissociar uma coisa da outra, né, o que não é um problema. Na verdade, até me ajuda a achar que a série tem sim o “pé no chão”, pois o Senku não está a mercê dos clichês desse tipo de obra, ao mesmo tempo que aproveita o que de bom eles oferecem.

Por fim, o último grande momento desse episódio certamente foi a “invenção” do Chrome, a qual, diferente do que o Senku diz, teve sim base para ocorrer, ao menos em se tratando de um cientista que nem ele. Aliás, foi por causa de mentes como a dele que a ciência avançou para o que ela é hoje.

Há sempre a necessidade de dar o próximo passo, de usar o conhecimento adquirido para produzir algo novo (ao menos novo sob o ponto de vista desse mundo) e isso ser feito da forma que foi no anime evoca esse sentimento de orgulho e inspiração que a ciência vem nos provocando toda sexta-feira.

Além disso, ciência é isso aí mesmo, sede por conhecimento e coragem para botar em prática, então foi bom ver esse tipo de situação, o estágio final para o estabelecimento da era da potência e o início do fim. Faltam só 4 episódios (é sério MAL?), quero ver como vão adaptar o resto desse arco.

Até a próxima!

Errado. Todo o conhecimento necessário o Chrome já tinha consigo!

Comentários