Dá para problematizar um tanto esse episódio focado na Rizu, mas dá para se divertir também, assim como elogiar o amadurecimento da pequena notável. É hora de Bokuben no Anime21!

Com a visita ao campus aberto o Nariyuki e a Sekijo ficaram tentando jogar a Rizu para cima um do outro, mas isso só fez ela se sentir solitária, o que foi bom para mostrar o desenvolvimento da personagem, e aproveitou a situação cômica boba para algo a mais.

Um quer que a Rizu faça uma amiga, a outra quer que ela se dê bem com o garoto do qual gosta, os dois têm uma visão equivocada dela, pois não percebem que ela preza primeiro pela relação de amizade que está construindo com eles que um “algo a mais”.

Isso é ruim? Isso é bom? Isso é cômico, mas achei bem positivo porque não ficou só na comédia, dando espaço para os momentos fofos da Rizu com cada um dos dois e aquele final bacana da primeira parte.

A embriaguez forçada já achei muito boba, acharia melhor se tivessem colocado a culpa no sono, mas a revelação dos sentimentos da Ogata salvou a parte e gostei ainda mais do episódio devido a segunda, que foi um claro complemento (com adições relevantes).

falta só eles darem a atenção que ela quer e merece receber!

A Rizu de maid foi uma graça, né? Até o fim da obra não duvido nada que todas apareçam de maid e sejam usadas para explorar muitos outros fetiches que o autor e/ou os leitores masculinos do mangá têm. Isso é um problema? Não exatamente. Mas se você pensar por outro prisma é sim!

Por que homens gostam tanto de maids? Porque inconscientemente, e muitas vezes até conscientemente, é muito comum o homem gostar da figura da mulher submissa e bela. Como se ela fosse um objeto que existe apenas para agradá-lo.

Traços de machismo geralmente são fixados na criação do homem e isso é algo difícil de ser mudado, mas acredito que o homem deve combater o machismo de forma constante, em si mesmo primeiro para assim ter razão para mudar o ambiente ao seu redor.

Fazer isso leva a pessoa a refletir sobre a figura da maid e seu uso a fim de agradar um público em teoria majoritariamente masculino e fetichista. É o que estou tentando fazer, ainda que superficialmente, mas tenho consciência de que seria hipocrisia se não me colocasse ao menos em parte nesse bolo.

Sou homem, tenho esse fetiche e adorei ver garotas fofas vestidas de maid nesse episódio. Isso é um problema? Não necessariamente, não se tenho a dimensão do “perigo” contido nesse gosto.

Para termimar, espero que não tenha sido tão confuso, que tenha me feito entender. Reflita sobre o que você vê em tela, questione, veja o lado ruim, não só o moe que encanta aos olhos e a comédia boba que faz rir.

Não estou aqui para jogar pedras no anime, apenas resolvi problematizar um pouco algo que acho importante comentar. E não é nem porque a garota aparece vestida de maid, é mais pelo evento no qual a personagem da maid é explorada para agradar uma patota de marmanjos.

Enfim, deixando a problematização de lado, o trabalho em equipe do Nariyuki e da Pixie Maid foi ótimo. Como os dois já se conhecem bem e sempre se dispõem a ajudar ao próximo, não estranhei nada disso.

Aliás, é por esses detalhes que dá para o público sentir que cada vez mais o Nariyuki vai se tornando íntimo, amigo, das garotas, até mesmo da sensei.

Isso é bom? Isso é ótimo! No fim da obra (espero que o anime cubra todo o mangá em uma continuação) são esses detalhes que vão dar sustentação aos sentimentos das garotas por ele, mas também dele por alguma delas.

Isso é muito importante lá para o futuro, mas por ora também é, afinal, faz com que nos importemos com as relações que vão se desenvolvendo em tela, quer alguma hora acabem em romance ou não.

Ogata Rizu de maid.

A cena que deu um belo upgrade ao episódio foi a pós-créditos. Sem ela teria achado o episódio divertido, com ela passei a achar o episódio “útil”.

A exposição dos sentimentos da Rizu sobre o que quer fazer mostra como a personagem está se desenvolvendo, como ela mesma está cada vez mais envolta em sentimentos, é suscetível a esse tal fator subjetivo que antes ela não entendia…

Mas está passando a entender com as experiências que está vivendo; com as amizades que vem fazendo, com a paixão que vem brontando em seu peito, com a convicção que construiu quanto a ideia de se dedicar aquilo em que não é boa.

A sondagem do Nariyuki e a resposta segura da garota rendeu uma cena breve, mas precisa nesse sentido de mostrar ao público que ela não está parada no tempo.

E eu acho que no caso da Rizu, que precisa melhorar em uma área tão delicada, essa afirmação de que ela não pensa em desistir é importante. É um tanto diferente do que seria a Furuhashi aprendendo a fazer um cálculo muito complexo ou a Uruka a falar inglês fluente. Por quê?

Porque se relaciona mais intimamente a pessoa que ela é e não vai ser um conhecimento que ela vai usar mais ou só para a sua profissão. É algo muito importante para a sua vida.

Todas precisam de momentos em que um progresso seja exibido, a Rizu é que precisa de algo ainda mais subjetivo nesse sentido. Rolou dessa vez e por isso o episódio acabou melhor do que começou.

A cena cômica que remete ao fetiche da maid, e por isso é mal-vista pela sociedade, foi uma piada que eu creio ter caído bem sim. Sei que ela não é mal-vista por acaso, mas também vejo que não é nada exagerado usá-la da forma como foi.

Aliás, o anime se aproveitar de um fetiche não é o problema, problema seria banalizar algum aspecto nocivo disso, algo que Bokuben não faz; ao menos não que eu me lembre…

Achei esse episódio muito legal. Divertido. Fofo. Nada enjoativo. E bem feliz em como aproveitou as situações cômicas para trazer algo de relevante a trama. Bokuben nem sempre faz isso, quando faz eu elogio, porque é necessário, né. A história precisa andar…

Finalmente a Uruka deve voltar a ter algum tempo de tela decente. Você estava esperando por isso? Eu com certeza! Não só porque ela é minha personagem favorita, mas também porque das três ela foi a que menos teve destaque até agora. Ou foi só impressão minha? De todo jeito, surfarei na onda da Uruka-chan.

Até a próxima!

Se o Nariyuki fosse otaku ele teria zerado a vida aí mesmo! ❤️

Mais Rizurin de maid nunca é demais

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