Esse episódio poderia ter sido melhor por vários motivos, mas o importante é que deu um fechamento decente ao arco do golpe de estado na Aliança. Eu só confesso que não entendi tão bem o título, ele me pareceu mais adequado ao desfecho do lado do Império. De toda forma, é hora de LOGH no Anime21!

A revelação da manipulação do Império me pareceu mais uma distração que qualquer outra coisa, mas acho que o Yang aproveitou a situação também para revelar a verdade ao povo e instigá-lo, ao menos parte dele, a refletir sobre o golpe de estado e todas as camadas da política desconhecida as massas.

“Desconhecida” na verdade nem é a palavra certa, é mais suposta e quase nunca respaldada, confirmada mesmo. Mas quando o herói nacional fala o povo ouve, ainda que não dure. Além disso, qual a chance de dois golpes de estado rolarem simultaneamente sem relação alguma? Que tolo acreditaria nisso?

O povo, eu sei, mas uma minoria pode se inquietar e se mexer para impedir que algo lamentável assim ocorra de novo. Enfim, o plano do Yang foi simbólico e excelente, como sempre, traçou um paralelo com o libertador que fundou a Aliança, mas o pós-ocorrido não teve a pompa que eu esperava, não que eu curta.

A tolice do Greenhill, aliás, de todos ao lado dele, foi linda de se ver, e ao mesmo tempo vergonhosa. Que você, caro(a) leitor(a), me perdoe a sinceridade, mas eu não acho que teria sangue de barata para não atirar de imediato em alguém que tivesse contado que me usou como ele foi usado, exceto se…

Exceto se ele já tivesse noção disso. Mas se era assim, então por que topou um plano de golpe que caiu de bandeija em seu colo? Por que se deixou usar se em algum nível suspeitava que estava sendo usado de fato? No final nunca saberemos, e isso é o quão rasa é a construção disso em LOGH. É ruim?

É e não é, meu problema mesmo com isso é que a cena toda me pareceu meio boba, apesar do desfecho ter sido até adequado, e esperado. O pai da Frederica tomou um caminho que achava sem volta e assumiu o que achava ser sua “responsabilidade” por isso. Pensou na filha antes de fazer toda a besteira?

Não sei. Isso importa mesmo? Não, ainda mais quando o luto dela é tão mal explorado, não ajudou a desenvolver a personagem como eu gostaria e pior, não aproximou ainda mais ela do Yang como poderia ter feito, apesar disso ser mais eu querendo shippar os dois. Que culpa tenho se eles combinam tanto?

O ponto de vista do Yang sobre as ações golpistas me agradou, é do Yang que eu estou falando, afinal, mas achei mais interessante o que o novo personagem fala justamente sobre o ponto de vista do Yang sobre um tema que parece que será relevante, apesar de eu achar esse culto bem tosco…

Cena com potencial desperdiçado, mas não é como se fosse fazer diferença enfeitá-la mesmo…

A retomada do governo democrático foi sem sal, mas não é como se eles fossem ser recebidos com festa, né, ao menos não assim que embarcassem no planeta capital tendo que prender uma patota, então dou um desconto, mas até ali qual foi o ponto alto do episódio? Não teve. Nem o Yang sendo o Yang foi.

Dele sempre espero planos ótimos, ações coerentes e equilíbrio mental quase inabalável. Da Frederica ou do pai dela não, e acho que isso poderia ter sido melhor explorado, ainda que a deixa da real motivação do traidor da Aliança já tenha sido um bom uso disso. Aquele sujeito não tinha futuro, né…

Mas sejamos honestos, ele importa menos que o chefe do golpe e sua filha, ou menos é o que eu acho que deveria importar. Enfim, a “visão” de Boris Konev e sua perigosa aproximação de Rubinsky e o culto da Terra preparou terreno para algo interessante. Culpa do Kircheis? Não mais que a culpa do Lucas Pratto…

O fato é que o golpe acabou e tudo deve voltar mais ou menos ao normal na Aliança; corrupta quase que certamente, sem liberdade nunca; e é aí que Boris vai entrar de vez na trama. Como o Yang vai reagir a aparição do seu amigo de infância? Não sei, mas eu duvido que ele não suspeite de suas reais intenções.

Por fim, achei o desfecho do golpe militar melhor no Império que na Aliança. Por quê? Porque fazia mais sentido a reação dos golpistas lá, além do modo como a situação foi desenvolvida e as decisões que o Reinhard teve que tomar. Ele foi mais “desafiado”, né. O desfecho aqui nem foi tão questionável assim.

Vitória pelo bem de quem na Aliança? Essa respondo fácil, pelo bem da liberdade! Posso dizer o mesmo quando bilhões morreram para derrubar uma tirania, sendo que havia outra forma de resolver a parada? Não. Nisso o anime vacilou, pena que não foi só no título dessa vez. O episódio foi mais fraco mesmo…

Até a próxima!

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