Eis que vem um episódio delicioso de assistir, repleto de “conclusões” agradáveis para quem buscava evoluir, e com os devidos pagos a quem merecia uma bela lição. Uma vez que a parte técnica tem melhorado substancialmente, é chegada a hora em que a turma do clube precisa descobrir o seu eu no koto. Mas do que se trata esse encontro pessoal? Leiam abaixo!

Todos querem vencer e ao seu modo, cada um dá o máximo de si para aprender com a Akira. Tanto ela quanto eles mesmos já puderam perceber os avanços individuais, desde que começaram a entender a extensão de suas habilidades e como tocar bem de verdade.

O que acontece é que como todo ser humano, os protagonistas têm o desejo de serem tão bons quanto as pessoas que admiram, nenhum deles quer ficar para trás. Isso poderia determinar algum tipo de inveja? Talvez, mas aqui o anime prova que esse fator parte de uma vontade pessoal de serem bons naquilo que amam, se provando e transformando no processo.

Hozuki, Takezou, Kurusu, Kota e Mitsu preenchem o espaço daqueles que querem se achar vencendo suas dúvidas, estigmas e fantasmas, já Chika e Sane lutam para alcançar alguém que admiram – no caso a Hozuki e o próprio Chika, respectivamente.

O mais curioso aqui é que cada personagem tem uma função importante de despertar o outro de alguma forma. Takezou que sempre contestou a sua própria personalidade e ações, se resolve num simples diálogo sem importância com a Kurusu.

A Akira agora é importante porque uma vez liberta do rancor e opressão, ela passa para o Sane aquilo que ele precisava, com palavras de incentivo verdadeiro que limpariam a sua mente de qualquer incerteza quanto ao seu papel no grupo.

Ela também foi a responsável pelo momento mais maravilhoso do episódio, por finalmente confrontar a velha Doujima e colocar ela no seu devido lugar. Essa última permaneceu ambiciosa e dissimulada até onde pode para prejudicar o grupo e a Hozuki – no que achei pouco a vergonha dela.

Achei bem interessante a forma como a professora tratou para com ela, pois essa era outra que não tinha achado o seu caminho, ao contrário, se perdeu na própria ambição e tristeza, passando por cima de tudo e de todos.

O triste é que mesmo com todas as palavras duras que ouviu, não sei se ela de fato mudará, até porque ela não deu sinais de nada, apenas se resignou e ponto. Penso que apesar de satisfatória, a resolução acabou ficando rasa para a personagem. Por outro lado, me agradei de como foi trabalhada a postura da mãe da Hozuki, pois essa mostrou que realmente ainda é uma mãe de verdade.

Quando defende a filha e ao mesmo tempo expõe sua tristeza por “não ter mais direito de se aproximar”, ela mostra que realmente a ama e que esse afastamento agora é uma auto punição e creio que ao mesmo tempo uma forma de proteger a garota – já que no fundo suas feridas não cicatrizaram completamente e ela sabe o mal que pode vir a causar.

Quem cresce fora desse núcleo é o Chika, cuja angústia em ser como a colega talentosa o leva ao extremo nos treinamentos. No caso dele existem duas fases de mudança: uma que a ensina sobre o seu som e a segunda que o guia para o que ele busca.

Takezou entende a razão por trás desse extremismo e decide ajudar o amigo, o ensinando que seu som é sua alma, assim como seu avô lhe dizia. Esse argumento é importante porque reforça mais uma vez a questão de que aquele grupo não toca o que ouve, mas o que sente, e essa emoção é especialmente a maior arma dele.

Encontrando seu caminho, ele recorre a Hozuki para lhe clarear a mente, sabendo assim sobre a história de sua família. Esse ato além de todo o contexto quase romântico é uma forma de seguir em frente para ambos, pois ele agora sabe o que sente, enquanto ela começa a encarar com um novo olhar o seu passado doloroso, não o negando – sendo esse inclusive um conselho do Takinami para que ela evolua seu som.

Quem precisava se encontrou, tomou seu novo rumo e a coisa andou, mas como será que vai ser daqui pra frente? Me parece que a partir do próximo episódio já começam as apresentações do nacional – e espero que cheia de reconciliações – para movimentar esses 5 episódios finais.

Aguardo ansioso pela competição, agradeço a quem leu e até a próxima!

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