Sorcerous Stabber Orphen – Um feiticeiro apaixonado por um dragão? – Primeiras impressões
Sorcerous Stabber Orphen (Majutsushi Orphen Hagure Tabi no original) é uma light novel de mais de duas décadas que já teve anime e ganha seu remake agora na temporada de inverno de 2020. Uma história de aventura com muita magia e ação é o que nos aguarda. Vamos as minhas primeiras impressões sobre o anime dessa história um pouco mais velha que eu!
Apesar do visual atualizado e da animação mais característica a época atual, vários detalhes podem levar um telespectador mais experiente a perceber a idade dessa história. A comédia sem pé nem cabeça em vários momentos, a trilha sonora que lembra jogos rpg de fantasia de outrora e até mesmo o ritmo mais cadenciado que não revela tanto no início.
Mas isso sequer é um problema, visto que, mesmo que ainda passe a impressão de que você está vendo algo antigo, Orphen consegue apresentar uma história atraente dentro de suas limitações. Trata-se de um mundo de fantasia com um ou outro elemento visual estranho (como as roupas sociais da policial, por exemplo) a ele, mas nada que atrapalhe a trama, ainda mais quando sua predileção é pela comédia.
Mesmo promovendo mais o riso que qualquer coisa, e com situações que na maior parte do tempo não me convenceram, desde a primeira cena fica clara a carga dramática que o anime tende a ter e isso achei bom. Há um grupo de feiticeiros do qual o protagonista fazia parte, mas uma de suas companheiras deu “azar” e se tornou um dragão. O herói, obviamente, quer salvar essa ex-companheira. Será que ele está apaixonado por ela?
Enquanto isso, seus antigos companheiros desejam subjugá-la, o que me parece mais para evitar o estrago que o dragão provoca que por algum motivo escuso. Então a tendência é que o drama na obra se desenvolva por meio do protagonista e de seu desejo de salvar Azalie. Porque ela se tornou um dragão é que não ficou assim tão claro para mim.
Mas certamente tem a ver com a espada, que ele deve levar na jornada em que seguirá com a loirinha nobre (não à toa ela caiu nas mãos da família da garota e a jovem se interessou pelo protagonista). O ponto é que se ele não conseguir resolver o problema com o dragão logo e a trama realmente tiver esse imbróglio como objetivo uma boa dose de criatividade para manter o enredo atrativo será necessária.
Como imagino que cerca de metade dos episódios serão preenchidos com cenas de comédia boba acho possível, ainda mais se existir um vilão que agiu para criar esse caos por baixo dos panos. Não que o título pelo qual responde Azalie e suas palavras na cena inicial a eximam de culpa no cartório, mas creio faltar mais, porque a princípio o dragão não me pareceu uma figura antagônica que vai se opor de verdade a Orphen.
Enfim, talvez esse anime seja melhor para quem aprecia produções antigas. Para quem não tem necessariamente esse gosto o anime pode atrair pelas situações cômicas e cenas de ação, com sorte pelo drama proposto. Além disso, você sempre pode acabar simpatizando com os personagens, esse foi o meu caso. E não me refiro aos trambiqueiros baixinhos, mas ao Orphen e a heroína que aparece no final.
Porém, o anime não mostrou nada de novo ou instigante. A animação não comprometeu, nem a trilha sonora, ainda menos a direção; mas também não entregou nada marcante que valha o tempo de quem não tem muito. Eu não tenho, mas fui com a cara dos principais personagens e realmente quero saber como o problema com o dragão vai se resolver, então devo continuar a acompanhar essa versão.
E você, o que achou? O jeitão noventista atrapalhou a experiência? Ou você não sentiu nada disso e viu o anime sem pensar em fazer concessões porque o material original data de outra época? Eu não achei nada demais, mas também não achei ruim a ponto de querer dropar, então se você procura uma fantasia com um mundo não tão genérico, mas uma abordagem simplista, como é super normal nesse tipo de anime, Orphen pode agradar você.
Até a próxima!