A quantidade de pedras existentes na terra é tão grande como a quantidade de estrelas, então é como se existisse uma “via láctea no solo”. Isso significa que céu e terra são mais parecidos do que se imagina.

A união de ciências (geologia e astronomia) com uma história suave e bonitinha é agradável e ao mesmo tempo tem um toque refinado por tratar temas científicos, só que de uma forma muito fácil de se entender. Até porque as personagens são colegiais, portanto ainda não possuem conhecimentos acadêmicos.

A ideia do churrasco na beira do rio, não só serviu para matar a vontade da professora e orientadora do grupo de “astrogeologia”, Endo-sensei, de comer um bom “churras”, mas foi uma excelente sacada de promover a interação do clube.

A interação deu certo, pois o time de astronomia pôde conhecer um pouco de geologia, e vice-versa. O membro do clube que teve mais dificuldade de interação foi a Sakurai (Sakura, para os íntimos), pois a mesma demorou a ter simpatia pela a outra atividade de seu clube. Senti até um pouco de má vontade e também frustração em relação a astronomia, mas no fim até que ela gostou.

Outra forma de aprofundar os laços é a criação de apelidos (desde que não sejam maldosos). Numa sociedade completamente hierarquizada como a japonesa, um sufixo faz toda a diferença, imagina um apelido. Com o grupo se tratando de forma mais informal, o ambiente dentro do grupo tende a ficar descontraído, algo que é fundamental para a convivência dentro do clube.

No terceiro episódio, o destaque vai para a Ino (Inose) e sua paixão por mapas. Como não existe um clube de cartografia, a mesma entrou no clube de geologia. A motivação dela é singela e bonita. Não é raro a gente gostar de uma coisa por causa de um amigo (a). Há muita gente, por exemplo, que gosta de animes porque um amigo (a) lhe apresentou antes.

Gostar de cartografia não é somente um hobby ou futuro desejo profissional para Ino, mas um elo de ligação com a amiga de infância que ela, provavelmente, já não tem mais contato.

A esquete da Ino traz uma lição que não importa a história sempre será bonitinha, que é: o maior tesouro é a amizade verdadeira. Ela pode estar longe da amiga que a fez gostar de mapas, mas hoje, Ino tem a quem compartilhar não só sua paixão por mapas, mas sua visão de enxergar o mundo através de seu hobby.

Uma cena muito comum nesse tipo de história é o trabalho de meio-período. Ao e Mira não levam muito jeito para a coisa, mas se viraram. Fora que mostrar personagens moe vestida de maid é um “fanservice” clássico e leve. Suzu e sua admiração excessiva por garotas fofas é engraçado, e até assusta sua própria melhor amiga (Mira).

Por fim, o anime mantém o bait yuri simbolizados nas reações da Suzu perante a irmã da Mira, e na relação Ao e Mira. A Mira não tem culpa de ter idealizado o romance perfeito (ilustrado em forma de mangá) com o garoto que ela conheceu na infância, e só depois descobriu que era uma menina.

Até a próxima!

 

 

 

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